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Episódio 158 – Dossiê IBM, Tomo II – Parte A

Bem-vindos ao podcast Retrópolis! Apresentado pela Municipalidade de Retrópolis.

Esta é a Parte A do Episódio 158.

Sobre o episódio

Lembram que nós ameaçamos a gravação ao vivo deste episódio, remarcamos a gravação ao vivo, relembramos caso você ainda não tivesse sido informado e gravamos este episódio ao vivo?

Então. Este é o episódio sobre a IBM. E, como falamos de IBM, e tivemos um vilão especialmente convidado,  o Marcelo Sávio, o episódio virou dois tomos, para ocupar seu outubro e novembro com a Big Blue.

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Já ouviram falar de Cowgol?

Antes de tudo, a zuera é essa mesmo. Cowgol é uma linguagem de programação, fortemente baseada em Ada, com foco em sistemas pequenos, como o 6502, o Z80, entre outros. A meta da linguagem é que o compilador da linguagem funcione normalmente em um micro com um desses processadores, o que em tempos atuais, é um grande desafio. Descobrimos esse item peculiar quando resolvemos nos aventurar no Hackaday.

Logo, tem algumas características, como:

  • Ser uma linguagem moderna e segura em termos de tipagem, inspirada na linguagem Ada.
    Um backend orientado por tabelas, para tornar a linguagem fácil de portar.
  • Tem remoção de código morto e alocação estática de variáveis, conduzindo a binários pequenos e eficientes.
  • Ser rápido: Segundo o autor, ele compila o compilador no PC dele em 80 milissegundos.
  • Ser pequeno: O executável para 8080 tem 58 Kb (dividido em duas partes), e a versão para 80386 tem 70 Kb.

Os ports para processadores incluem:

  1. Z80 e 8080 (CP/M).
  2. 6502 e 65c02, ou seja: Roda num BBC Micro com o segundo processador, o Tube.
  3. 6303, e na versão específica para o Fuzix.
  4. Bytecode interpretado para o 6502. Fica menor, mas mais lento – pois a linguagem é interpretada.
  5. 80386, ARM Thumb2 e PowerPC (Linux).
  6. 68000 (Atari ST TOS e Linux m68k – se você achar uma máquina que rode esse sistema).
  7. 8086 (DOS).
  8. PDP11 (Unix V7).

É possível gerar binários grandes e horrorosos em C, justamente para facilitar o port do compilador para aquela nova plataforma: Pega o código transformado em C, e aí… “É só compilar!“. Ah, também é possível gerar código em Basic, mas o autor disse que foi só uma piada – mas funciona.

Ficou curioso? A linguagem é simples, lembra vagamente o Basic estruturado, tem documentação (não o bastante, mas tem!), é código aberto (licença BSD de 2 cláusulas) e pode ser algo interessante para mexer num final de semana chuvoso, de tarde. Vai lá e dá uma força pro David Given, e deixemos as vacas voarem.

Arqueologia retrocomputacional: o caso Q1.


Muito foi falado sobre essa descoberta, a ponto que vários sites não especializados (como Adrenaline, Hardware.com.br, Olhar Digital, Revista Galileu, Techtudo, NewAtlas) mencionaram esse acontecimento. Nós demoramos um pouco para escrever a respeito (entre outras coisas porque a vida, aquela bandida, nos esbofeteia e grita nos nossos ouvidos: Vai trabalhar!), mas resolvemos falar um pouco sobre o Q1 Computer e sobre a descoberta.


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Repórter Retro 095

Este é o Repórter Retro 095, produzido pela A.R.N.O. (Agência Retropolitana de Notícias)!

Do que falamos?
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Random Chiptune Mix 26

Antes de sair…

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Repórter Retro 093

Este é o Repórter Retro 093, produzido pela A.R.N.O. (Agência Retropolitana de Notícias)!

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Random Chiptune Mix 33

Antes de sair…

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Descobertas retrocomputacionais na AliExpress.

Todo mundo conhece a AliExpress. Todo mundo sabe que tem de tudo à venda na AliExpress, de capacete para galinha até toboágua inflável. Mas você sabia que há vários itens retrocomputacionais à venda por lá?

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Repórter Retro 091

Este é o Repórter Retro 091, produzido pela A.R.N.O. (Agência Retropolitana de Notícias)!

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Random Chiptune Mix 21

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Repórter Retro 079

Este é o Repórter Retro 079, produzido pela A.R.N.O. (Agência Retropolitana de Notícias)!

(MP3 para ouvir offline)

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Random Chiptune Mix 31

Antes de sair…

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Repórter Retro 077

O Seu Repórter Retro

Bem-vindos à edição 077 do Repórter Retro.

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Música de fundo

Random chiptune mix 13

Ouvindo este episódio offline

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Crônica de uma morte anunciada: o Coprocessador Numérico x87

Assim como quem não quer nada, resolvi começar a ler sobre programação Assembly para processadores Intel do seu PC velho… mas a versão muderna, cheia de zilhões de instruções, registradores a dar com pau, mil maneiras de fazer operações paralelas e o escambau. Por que alguém faria algo tão insano? Ora raios…

Pois bem, ao longo dos mais de 40 anos que a arquitetura sobreviveu, níveis e mais níveis de funcionalidade foram sendo adicionados uns por cima dos outros, mantendo sempre todas as estruturas anteriores presentes:

16 bits modo real16 bits modo protegido32 bitsMMX64 bitsSSEAVX … e contando.

Correndo por fora, existiu, lá nos primórdios, um bicho chamado 8087 – o Coprocessador Matemático. Se seu PC tivesse esse chip, ele adicionava instruções para fazer operações matemáticas com números reais, não apenas inteiros, e também operações como seno, cosseno, logaritmos… a partir do 486, ele passou a ser incorporado ao processador principal, mas todas as velhas instruções como FMUL, FDIV, FCOS etc estavam lá, e usá-las sempre foi a melhor maneira de fazer contas. A alternativa era usar bibliotecas de ponto flutuante, lentas e nem sempre dentro do padrão (é o que os nossos retromicros clássicos usam).

Mas aí que tá… os novos conjuntos de instruções SSEn e AVX, planejados para realizar várias operações ao mesmo tempo num conjunto grande de números, também fazem operações de ponto flutuante. Aí, no capítulo sobre otimização deste livro, leio o seguinte:

Os seguintes critérios devem ser observados ao escrever código em Assembly que realize aritmética de ponto flutuante:
* (…)
* Em código novo, use as funções escalares das arquiteturas SSE ou AVX, em vez da FPU x87.

Pois é, a utilidade do velho chip, amigão dos estudantes de engenharia (e de tantas outras áreas) nos anos 80, chegou ao fim. Mais um dinossauro se dirigindo lentamente ao poço de piche. É provável que daqui a alguns anos, os quatro primeiros itens da cadeia de setas acima sejam abandonados e os novos processadores sejam puramente 64 bits.