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Lar das séries de posts e das reportagens do Retrópolis

Resenha: “Halt and Catch Fire” S01E01

Este post é, na medida do possível, livre de spoilers

Filmes e seriados sobre tecnologia e o mundinho em volta se tornaram bem populares (não que fossem feitos antes) desde, talvez, A Rede Social, seguido pelas cinebiografias de Steve Jobs, a visão de Mike Judge sobre Silicon Valley e… a entrada da AMC, das cultuadas Breaking Bad, Mad Men e The Walking Dead, na cena.

Halt and Catch Fire estreou dia 1º, mas o capítulo de estreia, “I/O”, foi liberado online antes – vocês sabem, para criar buzz, hype e essas coisas todas.

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Resumindo muito o script, a série se passa no Texas de 1983, onde o vendedor egresso da IBM Joe McMillan (Lee Pace, de Pushing Daisies) e o brilhante engenheiro Gordon Clark (Scoot McNairy, de Argo) se juntam para fazer o primeiro clone do PC, evocando os tag teams mais conhecidos da história da computação (Hewlett/Packard, Jobs/Woz, Allen/Gates), e que não existiu nos dois fabricantes de PC mais representativos da primeira geração (Compaq e Dell). Os temperos da AMC são dados pela engenheira recém-formada Cameron Howe (Mackenzie Davies) e o que se espera de uma série da AMC (tem uma cena de sexo antes dos 6 minutos).

A parte técnica está muito bem feita, começando pelo próprio início do episódio, explicando a expressão Halt and Catch Fire; o ápice da parte técnica acontece quando Clark explica a McMillan que a maioria dos computadores usavam peças disponíveis no mercado e a única coisa realmente proprietária da IBM no PC era a ROM BIOS, ao que se segue uma longa cena de desoldagem e debug.

A parte da ambientação nos anos 80 também começou muito bem; carros, cabelos, pinballs, Star Wars, brinquedos e computadores da época.

A parte do drama gera uma expectativa forte para o futuro: neste primeiro episódio a ação centra em torno da alma conturbada de Gordon Clark, sua crise com a esposa Donna (Kelly Bishé), que foi parceira dele num projeto fracassado de computadores nos anos 70, e de como McMillan “acende o fogo”.

É só o primeiro de dez episódios, e existe muito espaço pro drama deixar a parte técnica para trás. Mas este primeiro episódio de Halt and Catch Fire promete muito: uma série sobre tecnologia e computadores que não seja engraçada nem uma paródia.

Mais informações no IMDB e na Wikipedia.

Teve RetroMadrid e eu estive lá!

De forma bem resumida e apenas para quem não sabe do que se está falando, a RetroMadrid é um evento de retrocomputação que acontece na capital espanhola desde o ano 2008 e descende direta da MadriSX, que aconteceu por lá desde 1995. Não é apenas um dos principais eventos da Espanha como também do continente europeu. E, como já planejava minhas férias no país ao lado quando a organização fechou as datas, dei um pulo até lá e conferir ao vivo e a cores!

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Resenha: “IT’S BEHIND YOU: the making of a computer game”

R-Type ZX Spectrum Your ship specs

Faz algum tempo que anunciamos o lançamento do livro físico e da disponibilidade da versão digital (originalmente em PDF e agora também MOBI) do “IT’S BEHIND YOU: the making of a computer game” de Bob Pope. E, por incrível que pareça, esta será uma resenha que talvez não terá muita cara de resenha…

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Diário nada secreto do jovem tradutor – parte 1

Há algum tempo me peguei analisando versões de jogos estadunidenses clássicos e que foram convertidos para o MSX (mais precisamente para MSX2), lançados no Japão — obviamente que localizados para o idioma japonês — e que eram obscuros para mim, pobre usuário ocidental de um computador da terra do sol nascente. E neste grupo estavam franquias conhecidas como a criação de Richard Garriott (o Lord British), a série Ultima — no MSX: I, II, III e IV.

E destes jogos lembro de ficar especialmente interessado no Balance of Power, criação de Chris Crawford, publicado pela Mindscape e convertido pela ASCII Corporation (já ouviram falar?) para MSX2. Tão interessado resolvi querer jogá-lo no MSX! Mas como fazê-lo se nada sei de japonês? Tentativa e erro? E será que ele poderia ser traduzido? Mas como?

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Resenha: “CoCo: The Colorful History of Tandy’s Underdog Computer”

coco

Todos esperavam que a resenha deste livro fosse feita pelo Juan Castro, um dos principais “escatológicos” do grupo (vale lembrar que ele não é o único), mas como há um certo conflito de interesses (ele colaborou com material e é citado no livro), resolvi pegar esta tarefa para mim…

…mas talvez o Cesar também se empolgue em escrever sua própria resenha com suas próprias impressões.

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Outra opinião: O Golpe do Micro Doméstico

Este artigo é uma tradução de The 8-bit Home Computer Bait and Switch, publicado no blog Nerdly Pleasures e postado aqui com permissão do autor.

No início dos anos 80, consoles de videogame e micros domésticos competiam entre si pelo bolso do consumidor. Os micros, particularmente os da Commodore, eram propagandeados como algo que serve para muito mais do que jogos (coisa que eles também faziam direitinho). O papai poderia gerenciar as finanças domésticas, a mamãe poderia ter um banco de receitas, e as crianças poderiam aprender com programas educacionais e digitar os trabalhos do colégio em um processador de texto. Assim os computadores domésticos eram apresentados ao consumidor nas prateleiras das lojas. A princípio, os mais amigáveis em termos de preço e capacidades eram o Atari 400 e (com alguma boa vontade) o 800, os Commodores VIC-20 e 64, o TI-99/4A e o TRS-80 Color Computer. Os da Apple, muito caros, eram populares entre hobistas, educadores e pequenos empresários. Os da IBM (ainda mais caros) eram comprados quase que exclusivamente por usuários corporativos e empresas de desenvolvimento de software.

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Resenha: “Open: How Compaq Ended IBM’s PC Domination and Helped Invent Modern Computing”

Nos tempos atuais a Compaq é apenas uma marca de computadores de baixo custo da HP. Em outros tempos, a Compaq liderou a criação de dois mercados (clones de PC e, depois, Wintel). E é um pouco dessa história que Open: How Compaq Ended IBM’s PC Domination and Helped Invent Modern Computing, escrito por Rod Canion (co-fundador e primeiro CEO), conta.

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Open House do Rio Pinball Clube: Nós fomos!

Nota mental: Coloque de fundo essa música aqui, em loop, para fazer o clima enquanto você lê o post. Ajuda. (Eu prefiro a versão do filme –Juan)

Pinball é algo mais retro e mais antigo do que os microcomputadores que tanto amamos, mas é tão fascinante quanto. Confesso que só comecei a gostar de rebater a bolinha com as palhetas já mais velho, apesar de ser um razoável jogador de RollerBall, nos tempos ainda imberbes da minha infância e adolescência.

Se você quiser saber mais sobre como a coisa funciona, clique aqui e vá lá na Wikipédia. O importante mesmo é dizer que no último dia 9 de novembro (sábado), eu e outro louco que escreve por aqui estivemos no Open House do Rio Pinball Clube.

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