Open House do Rio Pinball Clube: Nós fomos!

Nota mental: Coloque de fundo essa música aqui, em loop, para fazer o clima enquanto você lê o post. Ajuda. (Eu prefiro a versão do filme –Juan)

Pinball é algo mais retro e mais antigo do que os microcomputadores que tanto amamos, mas é tão fascinante quanto. Confesso que só comecei a gostar de rebater a bolinha com as palhetas já mais velho, apesar de ser um razoável jogador de RollerBall, nos tempos ainda imberbes da minha infância e adolescência.

Se você quiser saber mais sobre como a coisa funciona, clique aqui e vá lá na Wikipédia. O importante mesmo é dizer que no último dia 9 de novembro (sábado), eu e outro louco que escreve por aqui estivemos no Open House do Rio Pinball Clube.

O espaço do Rio Pinball Clube é de uma casa de 2 andares, no bairro de Ramos (Rio de Janeiro), onde estão montadas e organizadas quase 100 máquinas de pinball (algumas bem poucas repetidas, a variedade é impressionante), e ainda alguns arcades: Ms. Pac-man (que eu descobri que não sou tão mau jogador assim), Os Simpsons (cheio de créditos), uma MAME arcade machine (que as crianças monopolizaram com mão de ferro) e uma máquina mais simples, com “apenas” 60 jogos (onde os fudebas presentes se esbaldaram). Muita música dos anos 1980, clipes na TV, bebida e comida (rapidamente esgotou tudo), e um tanto de calor, amenizado em parte por vários ventiladores de teto e alguns exaustores improvisados. Canhões de luz e aquela penumbra típica de fliperamas ajudavam no “clima”. No segundo andar, nada de luz e som alto, algumas máquinas novas e três máquinas antigas, do tipo eletromecânicas, com 40 a 50 anos de idade. Rolou um campeonato, mas ficou confuso, então nosso time de cabeças-de-bagre acabou não participando.

O que dizer? Que foi um dinheiro de entrada muito bem gasto. Uma tarde divertidíssima, onde matei as saudades de alguns pinballs que eu era realmente bom, e conheci um monte que eu não jogava por não ter dinheiro para gastar em fichas (e ser pão-duro demais para isso). Chegamos a jogar em uma das máquinas eletromecânicas, e rolamos muitas vezes a bolinha. Afinal das contas, não temos mais que por fichas! E o espetáculo, que é ver (quase) tudo funcionando… Impagável.

Vale lembrar que algumas (poucas) máquinas estavam em manutenção, mas como disse o Juan Castro: “Fazer manutenção de um micro clássico, perto do desafio de consertar essas máquinas, é brincadeira de criança“. É um desafio tremendo, e o pessoal do Rio Pinball Clube está de parabéns, pelo evento animado, pelas máquinas restauradas e em ótimo estado, pelo trabalho e pela diversão proporcionada.

Vocês querem ver vídeos e fotos, né? Então aqui vai o link para o meu álbum de fotos e os vídeos do Juan Castro. No meu álbum, a propósito, tem 2 vídeos, explicando sobre o funcionamento da máquina eletromecânica, enquanto o Juan faz uso apropriado das palhetas.

Quando vai ter o próximo? Não sei, mas… No próximo eu vou.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

0 pensou em “Open House do Rio Pinball Clube: Nós fomos!

  1. ** Parabéns pelo post e pela experiência Ricardo. **

    Espero que este sirva de incentivo para que mais pessoas prestigiem o Pinball Clube.

    Aposto que tem quem diga: “Ah mas tem que pagar?!”

    Ao que responderia: Pois é meu caro nefelibata, sim, as máquinas de pinball e outras máquinas clássicas demandam tempo e dinheiro.

    Portanto vale a pena aproveitar a oportunidade de visitar o espaço e contribuir para manter a iniciativa!

    1. Poxa, chamar de nefelibata é pegar pesado com a molecada 🙂

    1. Acredite, faz ANOS que tento convencer a turma de retrocomputação a vir nesses eventos (eles abrem o clube ao público duas ou três vezes por ano) e só agora consegui fazer dois deles aparecerem. Vamos ver se isso inicia o estouro da manada pros próximos.

  2. Curiosamente, a versão de 1978 da máquina “Dragon” tinha uma placar eletrônico e não eletromecânico. Mas descobri que as duas versões da Gottlieb são da mesma época de modo que a cópia da Fipermatic (de Manaus) deve ser um pouco mais nova.

    http://www.ipdb.org/search.pl?any=dragon&sortby=name&search=Search+Database&searchtype=quick

    http://www.youtube.com/watch?v=xEomGGvTaHw

    Quando mencionaram máquinas eletromecânicas eu pensei em algo como

    http://www.youtube.com/watch?v=xm915f0ZRFU

    1. 😯

      EU JOGUEI ESSA MÁQUINA!!!

      Num fliperama em Petrópolis, há muitos anos extinto – o Jokey’s da Rua Paulo Barbosa.

      FACE GARLIC.

      1. Alguém poderia me falar como funciona este tipo de sistema eletromecânica!

        Mas o curioso é que o som está melhor do que muitos video-games 8 bits mais novos.

        HAUAHUHAUHUAHUAHAU

          1. Muito Obrigado pelo link, extremamente interessante.

            É assustador a criatividade e inteligência por trás do equipamento.

            My Respect !

        1. Pesquisei um pouco mais e o ronco do motor é gerado por uma roda dentada de metal acoplada ao motor elétrico que gira tudo. Uma peça com um imã é afetada pelos dentes.

          O som das batidas é gerado por um solenoide que vai ao encontro de uma folha de metal que está próxima de um microfone. Os quatro transistores que amplificam o som do microfone são a única eletrônica em toda a máquina.

  3. O dia que eu for ao Rio de Janeiro, eu poderia ir nesse clube? Mesmo eu não sendo membro, mas sendo um adorador/colecionador/fanático ?

    1. OPA,

      Podemos organizar uma ‘excursão’ pros fudebas paulistas.

      EU VOU !!

      Abraço a todos.

      1. Leandro, em São Paulo tem 2 clubes de pinball, se n me engano. Tem o ABC Pinball Clube (cujo logotipo é muito legal) e um clube em São Paulo mesmo.

        Aliás, o clube do ABC vai ter um Open House agora, dia 30 de novembro. Dêem uma olhada no site: http://pinballbrasil.org.

        (Acho q arrumei um problema p/ alguns aqui… 😀 )