Todos os posts de Juan Castro

Sobre Juan Castro

Juan Castro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis – a única cujo Micro Formador não foi o MSX (e sim o TRS-80). Idealizador, arquiteto e voz do Repórter Retro. Com exceção do nome, que foi ideia do Cesar.

The Future Was 8 Bit recria mais um: Jupiter Ace

O kit Minstrel 4D está em pré-venda e é um clone raiz do primo esquisitão dos Sinclair que fala Forth: o Jupiter Ace.  Implementado com componentes discretos, ou seja, Z80 e outros chips de apoio reais. (Assim como o projeto anterior deles, um clone do Commodore Pet.) Em forma de kit pra você, por meros 299 reixarles e 99 pence, montar e ter as mesmas alegrias que o Ricardo teve com o Omega MSX. (A Secretaria de Saúde de Retrópolis adverte: a declaração anterior pode conter sarcasmo.)


Lembrando que antes desse kit eles também fizeram uma versão mini da mesma máquina.

(Twitter, via Klax MSX)

Mosca Branca do dia: Merlin Tonto

No longínquo e saudoso ano de 2013, notamos a existência deste ser exótico que, acreditávamos, existiu apenas na Austrália. Mas estávamos errados, ele também foi vendido no Reino Unido com o nome de Merlin Tonto.

Meu xará Juan Francisco Torres, do site El Mundo del Spectrum, conseguiu abocanhar um no eBay (com a ajuda de um parça inglês já que o vendedor se recusava a enviar pra Espanha) e nos traz o relato. Clique aqui pra ler (em espanhol) ou nas miniaturas abaixo pra ampliar:

    

E ora vejam vocês, no ligeiramente menos longínquo mas nada saudoso ano de 2016, já noticiávamos o conserto de um desses no segundo ano do Repórter Retro.

(Twitter, via Klax MSX)

RfYG nosso: o Commodore Plus/4 de Schrödinger

Como já dizia o experimento mental da física quântica, só depois de abrir a caixa é que você vai saber se o gato computador está vivo ou morto.

A história é a seguinte: no longínquo ano de 2014, achei à venda no eBay um Commodore Plus/4 lindíssimo, na caixa, com isopores, com manuais, cara de novo… mas com a fonte de alimentação estourada. Lado bom, estava barato. Era um “compre agora” por 40 obamas, o vendedor aceitava ofertas. Ofereci 20. Ele aceitou. Na época, 52 dilmas. (Saudades do dólar, da economia, do pleno emprego, de não haver tantos especuladores, dos Correios funcionando direito etc etc etc… aiai.) Mas então, comprei, chegou, não fui taxado (urrú!) e disse pra mim mesmo: “OK, uma hora dessas eu arrumo uma fonte pra testar.”

A “hora dessas” levou 8 anos pra chegar. Nosso chapa Vitor Chvidchenko (aliás, meu camarada, mil perdões por ter errado teu sobrenome no vídeo abaixo) postou no nosso grupo no FB que o Plus/4 dele tinha pifado e procurava indicações pra consertar.

Infelizmente não pude ajudá-lo nisso, mas aproveitei e pedir para que ele trouxesse a fonte para a MSXRio para que pudéssemos finalmente, depois desse tempo todo, testar a minha máquina. Eu não estava fazendo fé nenhuma. Estava convicto de que não veria sinal nenhum no monitor, ou na melhor das hipóteses uma tela preta ou talvez um monte de caracteres aleatórios.

MAS…


Agora partiu catar uma fonte. Ou montar. (Como não sou bobo nem nada, preservei o conector quadrado bizarro da fonte original.) Aceito indicações de alguém pra enrolar um transformador de força com secundários separados de 9v x 1A e 6v x 1.5A.

Nosso representante no Oscar — digo, na MSXDev

O parça Mario “Clube MSX” Cavalcanti desenvolveu um RPG para MSX chamado My Sacred Place, onde você tem que proteger o jardim do seu vilarejo de monstros predadores chamados Garks. Está inscrito na MSXDev 2022 e você pode baixar ou jogar no emulador online.

Abaixo, algumas telas do jogo:
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Big Uncle of the To See

Nosso chapa David “Usagi Electric” Lovett deu um tempinho na saga épica do minicomputador Centurion para falar de um brinquedinho novo velho clássico que ele conseguiu: um processador de texto — na verdade um computador Z80 dedicado — fabricado pela empresa Wang Laboratories.

Só que Wang, além de ser o sobrenome do cavalheiro de origem chinesa que fundou a empresa, em inglês, é uma gíria conhecida para… bem, pesquise.

O resultado foi uma total incapacidade de manter a compostura neste vídeo. Os comentários também estão cheios de pérolas. (Mas garanto que o vídeo também vale a pena pela tecnologia.)

O bicho não funciona, portanto esperamos que Usagi-sama o ressuscite para que possamos mencioná-lo na seção Rise from Your Grave com a maturidade que nos é peculiar.

Repórter Retro 085

Este é o Repórter Retro 085, produzido pela A.R.N.O. (Agência Retropolitana de Notícias)!

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Sales Discontinued (Ou: desenvolvedores de MSX metem o lôco)

Isso que você vê aí embaixo é um jogo para MSX2, lançado hoje na categoria Freestyle da MSXDev. Ocupa 36 MB. Sim, megabytes. Requer 512 KB de RAM e um cartucho de som com OPL4 (como por exemplo a Shockwave da Tecnobytes). Naturalmente, também exige armazenamento “nível HD” (tipo uma IDE Mapper ou SD Mapper).

Mais uma vez: não, isso não é um Pentium de 1999 com VGA e Sound Blaster. É um Eme Esse Goddamn Xis.

Baixe aqui. Como se não bastasse, o download é gratuito! Na faixa! Zero oitocentos!

(Dica do Rafael “Sophstar” Lima)

8 bits para o Espaço e para a Guerra

Uma das figurinhas mais exóticas que de vez em quando dá as caras nesta nossa cidade é o microprocessador CDP1802 da RCA, codinome COSMAC. Além da arquitetura pouco convencional com múltiplos ponteiros de instrução (!) ele tem uma outra peculiaridade: foi projetado para suportar ambientes extremos, e portanto tem uma longa história de uso tanto em naves espaciais quanto aeronaves militares.

Um membro da comunidade Minimalist Computing no Facebook achou numa sucata umas placas fabricadas pela Bristol Aerospace que vieram, segundo fontes, de um caça militar canadense. Provavelmente um Avro CF-100 ou um McDonnell CF-101 Voodoo — em operação, respectivamente, até 1981 e 1987, portanto no fim da vida podem muito bem ter sido equipados com esse tipo de eletrônica.

Sobre alguns dos chips:

  • RCA 1802 – CPU, o famoso COSMAC
  • RCA 1852 – I/O (tipo a PPI do MSX)
  • RCA 1822 – RAM
  • Harris IM6654 – EPROM (512 bytes)

Neste momento, a supracitada comunidade retro está tentando decifrar o conteúdo das ROMs.

Retrocomputação itinerante nas escolas da Irlanda

O nome da iniciativa é The Code Show, e foi criada por um retrocomputeiro britânico de nome Gary McNab que possui em torno de 300 máquinas retro e decidiu espalhar a Palavra pelas terras da Rainha do Rei.

Este artigo da BBC narra a primeira incursão do The Code Show fora da Inglaterra, em Belfast, Irlanda do Norte. Como sempre (e a gente vê isso acontecer nas RetroRio) a garotada fica maluca.

Não é segredo para quem conhece este retropolitano em particular que eu sonho em montar uma iniciativa semelhante no Brasil. Clones nacionais de TRS-80 e/ou MSX e/ou TRS-Color seriam perfeitos para isso.