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Mosca Branca do dia: WorkBoy

Inspirado ao ouvir, no último Repórter Retro, a menção ao estrambótico cartucho que faz o Game Boy navegar na Internet, nosso parça Emiliano Fraga nos enviou este vídeo de dezembro de 2020 que por algum motivo passou batido pela gente.

Liam Robertson, do canal DidYouKnowGames?, descobriu (e botou pra funcionar!) um acessório que transforma(ria) o Game Boy num PDA, quase um computador pessoal, e que deveria ser lançado no início de 1993 mas foi arquivado. No máximo 2 exemplares deste bicho ainda existem. Talvez este seja o único.

Ative as legendas e conheça mais um tesouro desenterrado da Retrocomputação:

Notícia-bomba: a variante Omikron existe desde 1987

Variante da linguagem BASIC para Atari ST, que fique claro.


Circulando nos grupos de zap da vida — dei uma conferida e existiu mesmo, mas possivelmente só saiu edição em alemão. (Antes de ter sido licenciado pela Atari para o modelo Mega.) Por favor, relevem a tentativa desesperada deste humilde escriba de extrair um pouco de humor negro desse horror todo. Continuem se cuidando, usando máscara, não entrando em muvucas sem necessidade, e se vacinem. Por favor. Por favor.

A mesma página da Wikipédia alemã, traduzida pelo gúgou.

A Computação Brasileira, ameaçando começar mas batendo na trave

As coisas que você descobre passeando ao acaso em repositórios de publicações antigas. No número 82 da Revista Saber Eletrônica, de junho de 1979, esbarro com este artigo:


Eu poderia ficar aqui discorrendo sem fim sobre as implicações sociológico-histórico-culturais da ilustração, mas vou me conter e só falar um pouco da máquina e do fabricante.
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Mosca Branca do dia: TK-85 (calma, eu explico)

Não é aquele carne-de-vaca, fácil de achar, que você está pensando. A NEC lançou um computador do mesmo nome no Japão em 1980. É uma placa de aprendizado, ao estilo dos mais famosos KIM-1 e COSMAC ELF. Apareceu à venda no Yahoo Auctions e o lance atual (termina em 3 dias, 24/7) é de 10 mil ienes (aproximadamente 500 genocídios). E tá bonito o bicho.


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Mosca Branca do dia: MPT/100 microNOVA

Aí tou vendo as postagens no grupo Retrocomputing do fêissi e alguém posta este anúncio. Mais anos 70, impossível.


Eu diria que este anúncio é muito cringe, já que os anos 70 eram cringe.
Mas chamar as coisas de cringe é muito cringe, então não vou chamar de cringe.

Fiquei curioso, não sabia que a Data General tinha transformado o mini deles em microcomputador. Fui ler a respeito. Mais uma de muitas tentativas fracassadas de fabricantes de computadores de grande/médio porte se aventurarem nos primórdios da microinformática. O microprocessador se chamava mn602*, foi clonado por algumas empresas, incluindo a Fairchild, e… teve processinho envolvido. Esse pessoal realmente não sabe brincar.

Fuçando mais um pouco acho um site britânico dedicado à arquitetura NOVA e o camarada tem um MPT/100 original, inteiro! Só que ele não completou o Rise From Your Grave, tá parado há dois anos e meio. As fotos a seguir são só uma pequena amostra, na página do inglês tem um montão a mais e algumas informações históricas interessantes.
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Mosca Branca do dia: TIKI 100

E os canais retro só fazem se multiplicar. Com vocês, o Arctic Retro, diretamente do Círculo Polar pra nos mostrar que da Noruega vieram outras coisas nos anos 80 além disto. Especificamente, este computador baseado em Z80, rodando um clone de CP/M com mensagens em norueguês* e… um clone de Space Invaders.

(*) O idioma norueguês tem duas formas escritas oficiais, uma “culta” e outra “popular”. As mensagens desse SO são na forma “culta”, o Bokmål. A forma “popular” se chama Nynorsk. Você… (toc… toc… toc…) sabia? (toc… toc… toc…)

Mosca Branca do dia: A/UX

Muitos sabem que uma das consequências do retorno triunfal de Steve Jobs à Apple (além da série de Macs “bala Soft” 3 anos antes) foi que o MacOS, o sistema operacional dos Macintosh, passou a ser baseado em UNIX. Uma transição radical que, por sinal, fez 20 anos agora há pouco.

O que poucos sabem é que, 13 anos antes, houve outra tentativa, mal-sucedida, de emplacar UNIX nos Macs. O canal Action Retro conta a história abaixo. Com vocês, o A/UX.

Chuva de Sinclair em Casa de Castro

Eu juro procês, eu não corro mais atrás dessas coisas, mas elas vivem caindo no meu colo.

Meu chapa da Engenharia Eugenio Marins teve a sorte de ter um pai ultra-hiper-mega-blaster-NERD nível HARD EXTREMO, que fazia experiências e fuçava com tudo que você pode imaginar, química, marcenaria, metalurgia, mecânica e… claro, retrocomputação. (Na época chamada simplesmente “computação”.)

Ele já tinha me passado uns Hotbits e TKs da tumba de Tutancâmon casa do pai, já falecido. Um deles eu usei pra sortear um exemplar do meu livro.

Nestes dias ele achou mais coisa, e nós dois convocamos o Ricardo Pinheiro para se juntar à expedição arqueológica. O resultado está aí embaixo. Ainda tinha mais alguns livros de MSX dos quais o Ricardo mui alegremente se apropriou.

Autoria do penteado Simply Gray: (1) vento; (2) o cabelo não ter crescido o suficiente pra ser pego pelo elástico.

Resumindo:

  • Um ZX80, lançado em 29 de janeiro de 1980 (eram dias cabalísticos, esses) e o primeiro microcomputador popular vendido em massa abaixo de £100.
  • Um clone obscuríssimo do ZX80 que rendeu processinho.
  • Dois terminais seriais de um Schumec (cada um pesa 8 kg, sem monitor e sem gabinete!) igual àquele no qual aprendemos programação no IME e no qual isto aqui (mencionado no Repórter Retro 067) aconteceu.
    • Sim, um colega meu programou um software de corrida de cavalos no BASIC do CP/M e a gente apostava dinheiro.
  • Vários livros e manuais.
  • Uma plaquinha wire-wrap com barramento (provavelmente) S100 no qual Marins Sênior fazia experiências.

Lembrando que algumas semanas atrás um cliente (valeu Dr. Leonardo!) me doou um AS-1000, outro clone de ZX81, este brasileiro. Acho que o Universo está tentando me dizer que devo dar outra chance a essa arquitetura de computadores. Agora tenho que achar meu sintonizador de RF pra testar essa bagaça toda.