Tom Moertel tinha uma missão: programar um jogo para o TRS-80 Color Computer 3. Esse micro, apesar de ter gráficos muito bons para a época, não tinha um processador de vídeo para facilitar a vida do programador, então nada de sprites, scroll por hardware, ou outras mordomias típicas dos privilegiados. O négocio era mover bytes no buffer de tela e dar-se por satisfeito.
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Mais um da série “Raspberry Pi + micro clássico + serial = diversão”. Desta vez, depois do Tandy 102 e do C64, é a vez do TRS-80 Color Computer.
Os fãs da plataforma já conhecem há muito tempo o DriveWire, software que permite ao CoCo acessar drives virtuais no PC via porta serial. Você roda a ROM do Drivewire no seu CoCo, e deixa um software servidor rodando no PC, atendendo às requisições de leitura e escrita via serial.
Esse software é feito em Java e tem uma interface gráfica cheia de firulas. O que significa que ele é pesado. Por exemplo, tentar rodá-lo em um Raspberry Pi de 256MB leva a nada além de dor e sofrimento.
Aí resolvi pegar a especificação do protocolo e reimplementá-la (de maneira ainda incompleta) na linguagem C. Num acesso de absoluta falta de criatividade, chamei de DriveWire Lite. O resultado vocês veem aí embaixo.
O programa ocupa míseros 10 KB (Não 10 M, 10 K!) e o impacto dele no processamento é, essencialmente, zero. Tem muita coisa pra melhorar ainda (principalmente quanto à configurabilidade) mas já dá pra se divertir.
Com direito a rompimento de hímen lacre! Dica do Marcus Garrett nas listas da vida. O colecionador em questão (Richard Atkinson) aproveita para também contar-nos como ele e o pai salvaram um CoCo 1 prateado (britânico) da morte certa.
http://www.youtube.com/watch?v=OFvYPHVXOwo
Comentário do Daniel Campos:
“Ele acabou tirando uma dúvida minha sobre o chip custom de 28 pinos que aparece no video. Esse chip também existe no meu CoCo2 Peritel e até agora não sabia qual era a função do mesmo. Bom saber que é o CI que faz a conversão do sinal NTSC do 6847 para PAL. Já que pelo visto, não existe versão PAL do 6847.”
Só uma correção ao que é dito no final do artigo: no PAL-M é possível sim fazer Color Artifacting (com resultados um tanto diferentes — vide os céus verdes dos jogos rodados nos micros tupiniquins, e também o vídeo abaixo), mas entende-se que um americano não lembre que tal coisa existe.
Aproveitando o ensejo, Boisy abriu para o público o grupo do Facebook aonde o livro e seu assunto estão sendo discutidos, e no qual até agora só entrava quem tinha nome na porta. (Sorry, periferia.) Lá foram postadas várias fotos e vídeos históricos sobre o CoCo, principalmente de eventos da época. Neste momento, estou impondo-me a obrigação de catar uma boa parte desse material e postá-lo para o benefício daqueles que não facebookeiam. Aceito ajuda.
Desta vez de TRS-Color. Cartuchos, fitas e disquetes. O dono é Bill Loguidice, autor do livro Vintage Games e (juntamente com Boisy Pitre) do livro a ser lançado em breve sobre o CoCo. Clique para ampliar.