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[UPDATE] Eventos em fotos

Infelizmente não temos tempo/dinheiro para irmos a todos os encontros onde gostaríamos de estar. Felizmente, desde sempre, existe gente que tira fotos para nos mostrar como o evento transcorreu.

O grupo MSXRio disponibilizou em seu site as fotos do encontro realizado no último dia 14 de abril, no Rio de Janeiro. Você pode ver as fotos clicando aqui.

O pessoal do MSX.org esteve em Nijmengen e tirou toneladas de fotos de lá – os destaques, um GR8BIT em ação (falamos do GR8BIT aqui) e a demonstração do port do AstroDodge, da Revival Studios, originalmente um jogo de Odyssey, para MSX e Colecovision.

Já o pessoal do PDX Commodore Computer Club nos mostra as fotos do evento de março – em que teve até um Sharp X68000 – e de abril.

Código fonte do Prince of Persia liberado!

Vocês lembram do achado do pai do Jordan Mechner? Lembram também de que o Jason Scott estava fazendo? Sim, ele estava fazendo pois acabou. Os arquivos com o código fonte original (a versão para Apple IIe) do jogo Prince of Persia foi disponibilizado e, junto no pacote, as rotinas de acesso à disco e da proteção contra cópias da Broderbund. Creio que agora é o momento do Andreas Varga (o Mr.Sid), o responsável pela versão para C64/C128, comparar os códigos e ver no que ele acertou e errou, não?

Downfall para Amiga

Em um dos nossos primeiros posts falamos sobre o desenvolvimento, para uma das edições do Retrochallenge, de um novo jogo para computadores TRS-80 Color, o CoCo. Este jogo é o Fahrfall inspirado também no homebrew Downfall para Atari Jaguar e Atari Falcon030. Aliás o próprio Downfall foi baseado nos Spike Goes Down, para VECTREX, e Men Goes Down, para VCS, de autoria do Alex Herbert.

E agora é a vez do Amiga ter sua versão do Downfall! Ela foi desenvolvida em Blitz BASIC pelo pessoal da Remainder Software, tem como diferencial a possibilidade de ser jogado simultaneamente por dois jogadores (em modo competitivo, um pode atrapalhar o outro) e pode ser baixado, funciona em qualquer amiga clássico com pelo menos1Mb de Chip RAM e pode ser baixado, tanto como imagem de disco ADF (para gravar em disquete ou usar no emulador) quanto em pacotinho LHA (para instalar no HD).

… E Jack Tramiel foi fazer guerra de preços com Steve Jobs.

jack_tramielNeste último domingo, dia 8 de abril de 2012, faleceu Jacek Trzmiel, ou como conhecemo-lo melhor, Jack Tramiel, aos 83 anos. Jack foi o fundador da Commodore International, que deu ao mundo equipamentos como o Commodore 64 e viabilizou a produção de micros como o Amiga, e depois foi presidente da Atari. Jack foi uma figura emblemática no início da computação pessoal, entre o final dos anos 1970 até o início dos anos 1990.

Jack era, entre outras coisas, judeu polonês de nascimento, e sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, na Segunda Guerra Mundial. Figura polêmica, com a sua filosofia “Business is war!“, criou uma guerra de preços em 1983-1984 que quase quebrou toda a indústria de microcomputadores de então, e provocou o crash dos videogames de 1984.

Jack fundou a Commodore, que posteriormente o demitiu como CEO, e ele, cheio de ódio, migrou para a arqui-inimiga Atari, onde… Ah, ouçam o Retrocomputaria #12, partes A, B e C, onde contamos toda a história de Jack Tramiel, da Commodore, da Atari e tantas outras histórias a respeito. Vale a pena se deliciar com as histórias de bastidores levantadas.

Vai-se então talvez o último bárbaro da microinformática, um dos businessman mais irascíveis que já existiram, e que disputava o mercado com uma gana inigualável. E é claro, todos nós amávamos odiá-lo. Num mercado de “tapinhas nas costas” e trocas amáveis de elogios entre concorrentes, um pouco de barraco e gasolina na fogueira faz falta. Sentiremos sua falta, Jack. Os Amigas, Commodore 64 e Atari STs e XL choram hoje a sua perda.

Amiga grego!

Atualmente pensamos em duas coisas quando ouvimos falar da Grécia. Mas, fuçando pela Internet, acabei acidentalmente parando em um blog bem interessante sobre Amiga. Lá há muita coisa, tanto sobre o software quanto sobre o hardware do computador da Commodore. Falando sobre configuração do Workbench e suas ferramentas, até modificações no hardware (das pequeninas até as grandes). Inclusive análises sobre as aceleradoras ACA630 e FURIA S628, ambas para Amiga 600!

Vale a pena fazer uma visita!

Turbo Chameleon 64

Lembram daquele ditado de que tamanho não é documento? Pois é, ele aplica-se diretamente a este sujeitinho aqui, o Turbo Chameleon 64 (TC64). Apesar de ter o mesmo tamanho de um cartucho de C64 (se você não faz ideia, é quase o mesmo tamanho de um cartucho de Atari VCS 2600) a quantidade de coisas que esta caixinha plástica amarela faz surpreende.

Continue lendo Turbo Chameleon 64

Atualizando o kickstart do A600

Confesso que foi um longo namoro no sítio da Vesalia Computer. Eu olhava para o item, ficava pensando se valeria a pena, aí refletia um pouco mais, considerava comprar mais alguma coisa e aproveitar o frete, ou seja, nunca que me decidia! No final, vencido pelo cansaço, acabei realizando a compra. Quinze dias depois, chegou cá em casa o integrado contendo o Kickstart 3.1 (rev 40.68) para a atualização do A600.

E antes que perguntem, ainda mais porque já falei duas vezes no assunto, considere que o AmigaOS, o sistema operacional nativo do Amiga, está dividido em duas partes:

  • Uma gravada em ROM e contendo as rotinas básicas de E/S, alguns drivers, pedaços da interface gráfica e, obviamente, a parte que cuida do bootstraping da máquina.
  • A outra, que fica armazenada em disco e que é todo o resto, ou seja, o Workbench propriamente dito, algumas bibliotecas, outros drivers (nativos ou de terceiros) etc.

Sem estas duas metades a única coisa que você vai ver seu Amiga fazer é te pedir para colocar o disquete (literalmente!), e dependendo da versão do Workbench que se deseje rodar, uma determinada versão do Kickstart será necessária. E, apesar dos A600 terem sido vendidos com o Kickstart 2.x (rev 37.xxx — e aqui a Commodore fez uma tremenda confusão), uma versão do Kickstart 3.x foi disponibilizada para ele e os demais Amiga com processador 68000.

Pacote

Como já havia dito, quinze dias após a compra um simpático envelope de tamanho A6 (não esperava receber nada muito maior) chegou pelos correios, e dentro dele estava a ROM. Além dele, três folhas contendo as instruções de instalação: para o Amiga 500 (em inglês e  alemão), do Amiga 2000 (inglês e alemão) e, finalmente, do Amiga 600 (só em inglês).

Instalação

O procedimento é bem “simples”: desconecte tudo o que você tenha pendurado no computador, abra-o (são três parafusos para soltar a parte superior — onde fica teclado, levante-a um pouco para poder soltar o conector do painel de lateral de led e, tomando cuidado com o flat do teclado, levante-o para acessar a placa mãe) e procure pelo único componente soquetado da placa. Com uma chave de fenda e bastante cuidado você vai soltá-lo e então com o dobro do cuidado encaixe o novo Kickstart.

Detalhe que a ROM original tem 40 pinos e a nova 38, é normal que fique sobrando um espaço de dois pinos do lado esquerdo mas a orientação deve ser mantida (veja na foto). Verifique tudo, depois verifique tudo novamente e aí é só ligar!

Uma surpresa!

Meu cartão ainda está com a versão 2.1 do Workbench mas algo que percebi rapidamente foi um pequeno ganho de performance. As coisas pareciam estar um pouco mais rápidas, e o jeito foi recorrer ao SysInfo. Verifiquei que o sistema realmente ficou razoavelmente mais rápido, cerca de 20% (o 1,32x apontado pela seta é quanto o meu A600 está mais rápido do A600 que o Nic Wilson usou como referência — antes mostrava 1,10x).

Finalizando, por enquanto

Considerando que qualquer ganho de performance é sempre bem vindo, a atualização, por si só, já compensou. E ainda há a possibilidade de rodar uma versão mais nova e com mais funcionalidades do Workbench e alguns outros programas. Pois é, acho que precisarei de um cartão Compact Flash maior também. 🙂

A seguir… Workbench 3.x no A600.

Engenharia reversa no MOS6502

Na parte B do episódio 20 do podcast foi feita referência à versão deste vídeo no Youtube. E, para quem quiser baixá-lo para assistir quantas vezes quiser, em alta definição acesse:

http://media.ccc.de/browse/congress/2010/27c3-4159-en-reverse_engineering_mos_6502.html

Este vídeo é bastante interessante, bem didático e serve muito bem como complemento ao episódio.