Arquivo da tag: Falecimento

É sempre difícil quando alguém querido se vai.


Hoje as comunidades de retrocomputação do Brasil estão de luto, devido ao falecimento do Fábio Belavenuto. Você pode nem conhecê-lo, mas se você é da comunidade MSX e conhece esse cartucho aí em cima, você conhece uma das criações mais famosas dele. O Fábio, junto com o Luciano Sturaro, criou a SD-Mapper, seguramente o cartucho de armazenamento de massa mais usado em MSXs no Brasil – e vez por outra conhecido por alguns como o Everdrive de MSX (ugh).
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Markus Vordermeier aka Hamlet (1970-2024).


Talvez você não saiba quem é esse sujeito aí de cima, de bigode, cavanhaque e cabelo preso num rabo-de-cavalo. Mas se você visitou o MSX Resource Center (MRC – não MIRC, MRC!) nos últimos tempos, você topou com uma postagem, um comentário ou algum material escrito por ele. O Hamlet era um usuário bem ativo no site, tanto que se tornou parte da equipe administrativa. E ele foi vitimado por uma doença grave e que o matou no no dia 17 de abril de 2024, aos 53 anos.

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Takedown.


Kevin Mitnick faleceu.

Ele era o hacker conhecido como Condor, e será para sempre lembrado pelo seu duelo contra o consultor de segurança Tsutomu Shimomura entre 1994 e 1995. Este jogo de gato e rato rendeu a primeira grande aparição na mídia do termo hacker (inclusive aqui no Brasil), tanto que este fato inspirou o lançamento do filme Hackers: Piratas de Computador no mesmo ano. Aliás, um filme que gera sentimentos adversos – ainda lembro da resenha do finado fanzine Barata Elétrica, a respeito do filme. Ao Derneval Rodrigues da Cunha, meu abraço de alguém que colaborou com o zine lá atrás, nos anos 1990.

Mas, voltando ao Kevin… Toda a corrida para pegá-lo rendeu um livro escrito pelo próprio Shimomura (Takedown), mais um filme (Caçada Virtual, que nome ruim!), alguns documentários picaretas (fizeram o Takedown 2 e o 3!)… Ele ficou preso por 5 anos, sendo liberto em 2000. Ainda teve mais 3 anos sem poder usar computadores ou Internet (os juízes deviam achar que ele hackearia com a força da mente, só pode) e foi viver a vida, como co-autor de livros, autor de artigos sobre segurança, palestrante (veio numa finada Campus Party) e presta serviços de consultoria em segurança.

Kevin teve um câncer pancreático, descoberto há mais de um ano, que o vitimou, aos 59 anos. Nossa homenagem a um dos últimos hackers românticos da história.

Este era o cartão de visitas do Kevin Mitnick. Se você destacar tudo, terá um conjunto de ferramentas para abrir fechaduras e cadeados!

 

Luto em Retrópolis.

Hoje a cidade de Retrópolis acordou mais triste. Estamos de luto, pelo falecimento de uma pessoa muito amada por um dos nossos vereadores.

As postagens automáticas sairão conforme o previsto, inclusive as Retrobesteiras. Mas estamos todos tristes pela perda de nosso amigo, e com isso, algumas atividades estarão suspensas até segunda ordem.

A Retrobits talvez não sairá na próxima sexta, e com isso, pedimos a todos a sua compreensão. E creio que podemos falar em nome de toda a nossa comunidade retrocomputacional… Todo o nosso carinho, amor e sentimentos de empatia ao nosso amigo e sua família, que está enlutada nesse momento.

 

Wammes Witkop seguiu para o céu dos pinguins azuis.

E você deve estar se perguntando: Quem é Wammes Witkop? Vamos lá, eu explico. Wammes era uma das eminências pardas da comunidade holandesa de MSX. Ele foi o publisher e o editor das revistas MSX Computer Magazine (MCM) e MSX Computer & Club Magazine (MCCM), que foram publicadas entre 1985 e 1997. Todas estão disponíveis para download aqui, mas é melhor você afiar o seu holandês.
Não o conhecemos, mas no post do MSX Resource Center, relata que as revistas que ele editava era uma das forças da comunidade holandesa MSXzeira nos anos 1990.
Wammes faleceu em 18 de junho de 2022, aos 70 anos de idade. Fica aqui o nosso abraço a todos que estão enlutados com o falecimento desde que foi definido como um “gigante gentil“, com um coração maior do que ele e uma personalidade marcante.

E se foi o “pai” do PRESS PLAY ON TAPE.

Não, gente, Jack Tramiel e Chuck Peddle já não estão mais entre nós. Mas nós chegamos atrasados… E relatamos o falecimento de Lou Ottens, o engenheiro holandês que criou a fita cassete, e que fez a alegria (e causou a ira) de muita gente como a sua primeira mídia de armazenamento de música e de dados. Quem não teve as suas fitas cassete para salvar seus primeiros programas em BASIC, quis pisar no gravador devido ao ajuste (errado) do azimute e reclamou horrores da baixa taxa de transferência?

Se você não passou por isso, sua existência foi mais fácil nessa época. Lamento muito, pois as fitas cassete forjaram profissionais que desenvolveram a paciência de um monge budista e uma fé inabalável na tecnologia de então. O jogo seria carregado e não veríamos a mensagem: ERROR na tela.

Mas era o que tínhamos na época. Assim que pudemos, saímos desse meio para irmos para outro meio de armazenamento, o disquete… Mas nos anos 1990, muitos nos IBM-PCs multimídia, começaram a usar outra mídia de armazenamento de massa que Lou participou no projeto: O CD.

Como você pode imaginar, Lou era engenheiro da Philips e chegou a ser chefe de desenvolvimento de produtos da multinacional de origem holandesa. A fita cassete foi criada por ele lá em 1960, depois da sua insatisfação com as fitas de rolo para ouvir música, e a não existência de outro meio ainda o fez criar a fita cassete: Uma mídia que cabia no bolso da sua jaqueta – que foi o modelo para o tamanho da fita.

Segundo o site Tenho Mais Discos Que Amigos (isso porque eles não são o Roberto Carlos) , foram vendidas mais de 100 milhões de fitas cassete — e este é um número que está aumentando, em pleno 2021, devido à repopularização do formato como alternativa ao consumo digital.

E eu falei do CD, né? Pois é, Lou também fez parte do time que desenvolveu os compact disks, nos anos 1970.

Lou Ottens faleceu aos 94 anos de idade no sábado, dia 6 de março de 2021.

Sorria se você sabe o que essa imagem significa.

Chuck Peddle (1937-2019)

Chuck Peddle, engenheiro eletrônico que projetou um dos microprocessadores seminais da Quarta Era da Computação, faleceu no último dia 15 de dezembro.

Para quem não lembra do que esse simpático senhorzinho aí do lado fez, recomendamos a audição dos episódios 20 (A e B) e 80 (A e B), onde falamos da maior criação desse engenheiro eletrônico nascido no Maine (EUA) e também do primeiro computador de grande sucesso baseado nessa sua criação.

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[UPDATE] Ben Daglish (1966-2018)

Nessa correria nossa do dia a dia, esquecemos de mencionar o falecimento do prolífico compositor Ben Daglish, ocorrido em 1o de outubro último, vítima de um câncer de pulmão. Ben Daglish compunha principalmente para a Gremlin Graphics, mas produziu músicas para inúmeros jogos, para Amstrad CPC, Commodore 64, Amiga e ZX Spectrum. Aqui vão alguns jogos que eu resolvi destacar: Jack The Nipper (1 e 2), Auf Wiedersehen Monty (para C64, junto com Rob Hubbard, mas ele fez pra ZX Spectrum também), Terramex (ei, eu gostava desse jogo no MSX!), Death Wish 3 (eu adorava a música, além do jogo), a música dos créditos do Venon Strikes Back (muito boa)… Entre muitos, muitos, muitos e muitos jogos.

Aqui entre nós, ele participou da composição da trilha sonora do documentário “From Bedrooms to Bilions“, e no Retrohitz 81 tivemos algumas músicas da lavra desse compositor.

Que ele descanse em paz, compondo muitas músicas bacanas onde quer que ele esteja.

PS: Grato ao nosso grande chapa Marujo por ter lembrado de Death Wish 3 e Venom Strikes Back