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Mosca branca do dia: Primo

Calma. Não é aquela figura arquetípica das ceias de Natal da família que fez concurso e ganha 50 mil reais por mês e é obrigatoriamente mencionado junto com as perguntas sobre as namoradinhas. Trata-se do MicroKey Primo, um computador doméstico baseado em Z80 (ou, para ser mais exato, U880, clone de Z80 da Alemanha Oriental), fabricado na Hungria a partir de 1984.

O plano era ele ser usado em escolas, mas quem acabou sendo adotado foi um clone de TRS-80 Model I (suspeitamente similar àquele da EACA) chamado HT-1080Z. Desconhecia completamente a história, e ia morrer sem saber não fosse um comentário de um camarada chamado Istvan Szucs num tópico da comunidade Retro Microcomputers do Facebook.

Documentação… se você sabe húngaro. Abaixo, fotos dos vários modelos. Jeitosinhos, né?
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Um computador militar nascido de uma fenda temporal

Pure Energy é uma empresa britânica especializada em alugar equipamentos antigos para cenários de cinema e TV. Por isso, eles estão frequentemente correndo atrás das mesmas coisas que os nossos mui honoráveis munícipes estão. Pois uns dias atrás eles conseguiram isto aqui.

 

Vamos listar o que se sabe dele:
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Mosca Branca do dia: MicroOffice RoadRunner

“Mãe, posso ter uma tela?”

“A gente tem tela em casa.”

Não foi deste jeito que o MicroOffice RoadRunner foi projetado… mas poderia ter sido. Apesar do formato “laptop” do gabinete, este bicho está mais para um concorrente do TRS-80 Model 100, lançado alguns meses antes. Com direito a editor de texto, planilha, Microsoft BASIC e modem para enviar os arquivos gerados, assim como o primo mais famoso. (Mas se eu fosse um jornalista em 1984 certamente preferiria o Model 100.)

Um dos nossos canais preferidos, o Tech Time Traveller, conseguiu um exemplar e nos mostra todos os detalhes. Os slots de cartucho funcionam como “drives de disco” do sistema operacional em ROM, que é um derivado do CP/M.

E nota mental: evitem FedEx.

Atari Falcon 030 Microbox… Parece familiar?


Segundo o Atari Museum holandês, o Atari Falcon040 foi um dos muitos protótipos que a então empresa de Jack Tramiel desenvolveu no final da sua vida útil, baseado no processador Motorola 68040. Este era um processador com pipelines e unidade de ponto flutuante integrada. E este Falcon era feito num gabinete do estilo Microbox, sendo pequeno e podendo optar por ficar em pé ou deitado. Drive de disquetes, entrada de som, etc… Mas que não foi lançado.

Mas ele não parece familiar?

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Mosca Branca do dia: Novell Nexus I

Computador fabricado de 1980 a 1982. Processador Z80, roda CP/M. Feito para uso em escritórios e pequenas empresas, similar a muitos e muitos feitos na mesma época. Belo design, mas nada de impressionante. Não fez muito sucesso. Só que… o nome é familiar.


Sim, é aquela Novell. A criadora do famoso sistema operacional que apresentou ao mundo o conceito de Redes. Aposto que você não sabia que eles já fabricaram computadores. Nem que o logo dela já foi azul.

Tudo isso e muito mais no artigo publicado ontem no blog Abort, Retry, Fail.

Mais detalhes nesta discussão no site Vintage Computer Federation. E mais fotos, incluindo detalhes do interior, aqui.

Mosca Branca do dia: Sphere 1

Ben Zotto está escrevendo um livro sobre um computador do qual você nunca ouviu falar: o Sphere 1, de 1975. Talvez o primeiro “tudo em um” disponível ao público em geral, usava o processador Motorola 6800 e tinha 4KB de RAM.

Mr. Zotto tem um site a respeito da trapizonga no qual você pode usar um emulador online — com direito a jogo da cobrinha!

Mais detalhes no vídeo:

Mosca Branca do dia: Merlin Tonto

No longínquo e saudoso ano de 2013, notamos a existência deste ser exótico que, acreditávamos, existiu apenas na Austrália. Mas estávamos errados, ele também foi vendido no Reino Unido com o nome de Merlin Tonto.

Meu xará Juan Francisco Torres, do site El Mundo del Spectrum, conseguiu abocanhar um no eBay (com a ajuda de um parça inglês já que o vendedor se recusava a enviar pra Espanha) e nos traz o relato. Clique aqui pra ler (em espanhol) ou nas miniaturas abaixo pra ampliar:

    

E ora vejam vocês, no ligeiramente menos longínquo mas nada saudoso ano de 2016, já noticiávamos o conserto de um desses no segundo ano do Repórter Retro.

(Twitter, via Klax MSX)

Mosca Branca do dia: Sony SMC-70GP

Máquina baseada em Z80, rodando CP/M e, notavelmente, o primeiro computador pessoal a usar disquetes de 3″½! O Samuele, que conseguiu esta máquina, está atrás justamente dos disquetes, já que veio a máquina completinha, com manuais (aparentemente alguém até se deu ao trabalho de traduzir partes pro italiano e imprimir numa matricial), mas… sem software.

Esta versão GP do SMC-70 (leia mais aqui) é específica para edição de vídeo — tem hardware adicional para genlock/superimpose. Amiga antes do Amiga?

Esperamos ardentemente que uma cópia dos softwares (para a versão PAL, os da versão NTSC já existem online) ache o caminho pra casa do Sam lá na Itália. Fotos:
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Mosca Branca do dia: Dynalogic Hyperion

O curador do site vintagecomputing.ca resolveu sambar na cara da sociedade, botar pra rodar uma versão customizada (e completinha com os manuais) do Lotus 1-2-3 no seu Dynalogic Hyperion lindão lindão zero bala e postar no Twitter.

Ahn? Dáina o que hiper o que?

Micro baseado em Intel 8086 — e não 8088, ou seja, 16 bits raiz. Saiu em 1983, dois meses antes do Compaq Portable. Só que… não era 100% compatível a nível de hardware com o IBM PC (daí a necessidade de versões customizadas dos softwares mais populares). E a qualidade dos drives de 5″¼ deixava a desejar. Ficou menos de dois anos no mercado.

Em algum lugar  no Multiverso, a Era dos Clones começou no Canadá em vez do Texas.

Mais informações sobre o micrinho (para certas definições de “inho”, já que pesava mais de 8 kg) você pode encontrar aqui:

https://www.old-computers.com/museum/computer.asp?st=1&c=339

https://en.wikipedia.org/wiki/Hyperion_(computer)

E o MicroAce volta à vida (bandida)

Sabe o MicroAce sobre o qual falamos ontem?

Pois então, o Augusto Baffa botou ele pra funcionar! Coisas que precisaram ser mexidas:

  • Limpeza do teclado;
  • Amplificação do sinal de vídeo;
  • Troca de cristal e de capacitor do clock;
  • Troca do Z80;
  • Troca de dois chips lógicos 74xx;
  • Regulador de voltagem.

Aí o bichinho funcionando, com direito a mensagem de erro alterada. (Num ZX80 seria “6/-2”)

Opa, peraí, não vai embora não, tem cena pós-créditos!