Direto do Canadá, Glen Vandenbiggelaar, criador do site Amiga Lounge e também grande entusiasta de TRS-Color, nos mostra o trato que ele deu neste CoCo 1 antes de entregá-lo ao felizardo ao qual ele o vendeu. Detalhe: o micro estava com um teclado de CoCo 3, mas o comprador pediu para colocar o teclado original. Vejam e aprendam a tratar uma máquina clássica com amor e carinho.
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Em tempo: agora podemos embutir vídeos do Facebook, do Vimeo e de mais um monte de outros sites nos posts! Namastê!
Para os que eram micreiros e/ou usuários de videogame nos anos 80, o Santo Graal era simples: jogar jogos de fliperama, com a qualidade do fliperama, em casa.
Hoje temos o MAME e similares, mas na época esse sonho parecia tão alcançável quanto eleições diretas, o Brasil ser tetra ou o Apartheid acabar.
Babávamos com artigos em revistas que falavam de ColecoVision e mostravam telas do Donkey Kong. A versão do Atari 2600 era de fazer chorar. E quem tinha ColecoVision no Brasil? Com sorte, o amigo rico de um amigo de um amigo.
O sonho… e a realidade
Outras plataformas chegaram mais perto. Particulamente, o MSX teve ports de fliperama que chegavam bem perto da qualidade das versões originais.
Perto, mas faltava a “última milha”. Os sprites tinham menos cores. O gameplay não era exatamente o mesmo. A rolagem do cenário “pulava”. Embora enganasse bem melhor que seus predecessores, talvez tão bem quanto o utópico ColecoVision (com o qual, aliás, as similaridades não são poucas).
A era de Camelot das máquinas de 8 bits passaria, e mais duas décadas ainda passariam. A utopia foi aceita por todos como inatingível. Se queremos os jogos de fliperama, temos que nos contentar com emulação em PCs e Macs.
Agora, só falta enviar a imagem de disquete de volta no tempo para o eu de 1988, e mandá-lo encomendar um CoCo 3 de um amigo que vá viajar. Mas tem que ter 512K de RAM.
Mark Marlette da Cloud-9 achou que podia e resolveu projetar esta plaquetinha. Custa 50 obamas (mais frete) e pode ser comprada aqui… enquanto os estoques durarem.
Vídeo aqui. (Não precisa ter conta no Facebook pra ver, pode clicar.) Observem que a geringonça dá suporte a macros de teclado.
Antes de tudo, queria falar rapidamente sobre a mesa redonda sobre a história dos games no Brasil, na Campus Party, onde tive a honra de participar, ao lado de gente tão ilustre quanto o Jecel Mattos de Assumpção Júnior e Marcus Garrett, e também de pessoas tão capazes como o Mauro Berimbau e o Victor Emmanuel. De todas as “cobras”, eu era a minhoca.
A mesa redonda começou um pouco atrasada (com o Junior Capela mandando SMS para mim falando para começar logo e parar de bater papo), já que aguardávamos a mediação do Moacyr Alves, que fez questão de fazê-lo. O vídeo está aí embaixo, não vou me delongar muito:
Da Campus, seguimos para o prédio do Garrett, onde seria o encontro da lista Videomagia. O encontro começou lá pelas 12 horas e acabou às 19:30. Foi muito divertido ver uma espécie de “RetroRio”, só que em São Paulo. Tivemos de tudo em termos de máquinas, inclusive MSX (2, um meu e outro do Daniel Campos). Segue aqui links para álbuns e vídeos a respeito:
Cortesia de Robson França via Lista CoCo/CP400. NSFW, tirem as crianças da sala, imagens fortes, impróprio para menores, etc etc etc. Clique na imagem para mais imoralidade.
BoisyPitre, o Dr. Facilier da retrocomputação, lá dos pântanos da Louisiana, continua fazendo das suas. Com a palavra, o próprio.
“Em 2003, comecei a trabalhar com a tecnologia AVR da Atmel, usando a placa de referência STK500. Na época, eu e Mark Marlette (N. do T.: a metade não-vudu da Cloud-9) começamos a usar AVRs para vários projetos.
“Corta para os dias de hoje: a febre do Arduino praticamente comoditizou a plataforma Atmel AVR. Arduinos são baratos e fáceis de programar. Além disso, existem vários shields (placas de interface) que você pode conectar e fazer todo tipo de feitiçaria.
“Essas placas foram feitas para projetos de interfaces, e já que o CoCo é um grande micro de 8 bits, por que não juntar os dois? Por isso, criei este blog para documentar meu trabalho de criação do ArduinoCoCo.
Sugiro começar a leitura do primeiro post e ir seguindo a sequência. (Clique em “Blog Archive” na barra vertical preta que aparece em cima à direita.)
Com direito a um belíssimo trabalho de restauração que deixou o micro, antes morto, 100% funcional.
Em tempo: O botão de pausa, que só este clone tem de fábrica, na verdade é um hack que pode ser feito facilmente em qualquer CoCo. O botão liga o pino HLT da CPU ao terra, ativando-o e interrompendo o processamento. O resto do circuito (especialmente o MC6883, que faz o refresh da RAM, e o controlador de vídeo MC6847) continua funcionando normalmente, então você fica com a memória íntegra e a imagem parada sem problema.
Como muitos sabem, a Radio Shack é uma empresa cujo foco é para hobbistas e todos aqueles que tem aquele espírito de “anão do Senhor dos Anéis (1)”, ou seja, faça-você-mesmo. E agora, no final de 2012, a Gerente de Marketing de Produtos (ou seja, a responsável pelo faça-você-mesmo), Lauren Kushnerick, fez um vídeo e publicou no blog:
http://youtu.be/V5j4whVP5wk
A pergunta que ela fez basicamente é: O que vocês querem que a RadioShack produza e que vocês tenham na loja mais próxima de sua casa?
Dispensável dizer que o Juan Castro, saltador profissional de tubarões e amante do CoCo, pediu um kit com FPGA do venerável TRS-80 Color, como a MicroBee fez na Austrália. Outros gostaram da ideia e apoiaram. Vamos ver se eles conseguem!
Aproveitando o ensejo, será que o pessoal fã de Amstrad CPC e Sinclair não falou com a Amstrad, na Inglaterra? Ou a Apple, cheia de faturar com i-produtos, não faria um kit para Apple II? A MSX Licensing Corporation fez isso (e foi o MSX-on-a-chip), mas pelo visto desistiu (malditos japoneses). Quem mais poderia fazer? Comentem aí embaixo!
(1) “Porque assim como Aulë, eles amavam as coisas feitas pelas suas mãos.”
Os catálogos da Radio Shack são sempre um olhar interessante sobre o estado da arte da eletrônica de consumo de sua era. E o Internet Archive tem um grande repositório destes catálogos.
Então vale a pena viajar pelos catálogos de computadores da Radio Shack de, digamos, 1977, 1981, 1983, 1986, 1988 e 1991. Particularmente, este é meu predileto, mais porque tem um pedido de desculpas na página 2.