Arquivo da tag: TRS-80 Color Computer

Avisos do futuro e relatos do passado

Atenção para as datas: dia 13 tem o 5º Encontro TRS-80 e TRS-Color em São Paulo (onde há uma grande chance de você ver algum dos culpados dessa zorra aqui), de 25 a 28 tem RetroEuskal, de 23 a 26 tem KansasFest, dia 7 de setembro tem RetroCoruña e de 8 a 10 de novembro tem Retrobarcelona.

Atenção para os relatos: um relato da RU MSX de junho e fotos da RetroMálaga tiradas pelo pessoal do Retro entre Amigos.

Vídeo do dia: Um CoCo1 bege vai para o salão de beleza

Direto do Canadá, Glen Vandenbiggelaar, criador do site Amiga Lounge e também grande entusiasta de TRS-Color, nos mostra o trato que ele deu neste CoCo 1 antes de entregá-lo ao felizardo ao qual ele o vendeu. Detalhe: o micro estava com um teclado de CoCo 3, mas o comprador pediu para colocar o teclado original. Vejam e aprendam a tratar uma máquina clássica com amor e carinho.

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Em tempo: agora podemos embutir vídeos do Facebook, do Vimeo e de mais um monte de outros sites nos posts! Namastê!

( Facebook )

A Demanda do Santo Graal

Para os que eram micreiros e/ou usuários de videogame nos anos 80, o Santo Graal era simples: jogar jogos de fliperama, com a qualidade do fliperama, em casa.

Hoje temos o MAME e similares, mas na época esse sonho parecia tão alcançável quanto eleições diretas, o Brasil ser tetra ou o Apartheid acabar.

Babávamos com artigos em revistas que falavam de ColecoVision e mostravam telas do Donkey Kong. A versão do Atari 2600 era de fazer chorar. E quem tinha ColecoVision no Brasil? Com sorte, o amigo rico de um amigo de um amigo.

Donkey Kong: ColecoVision e Atari 2600O sonho… e a realidade

Outras plataformas chegaram mais perto. Particulamente, o MSX teve ports de fliperama que chegavam bem perto da qualidade das versões originais.

Perto, mas faltava a “última milha”. Os sprites tinham menos cores. O gameplay não era exatamente o mesmo. A rolagem do cenário “pulava”. Embora enganasse bem melhor que seus predecessores, talvez tão bem quanto o utópico ColecoVision (com o qual, aliás, as similaridades não são poucas).

A era de Camelot das máquinas de 8 bits passaria, e mais duas décadas ainda passariam. A utopia foi aceita por todos como inatingível. Se queremos os jogos de fliperama, temos que nos contentar com emulação em PCs e Macs.

Mas John “Sock Master” Kowalski não desistiu. Em 2007, ele conseguiu a proeza de converter o Donkey Kong original para, acreditem, o TRS-80 CoCo 3. Veja o resultado abaixo.

Agora, só falta enviar a imagem de disquete de volta no tempo para o eu de 1988, e mandá-lo encomendar um CoCo 3 de um amigo que vá viajar. Mas tem que ter 512K de RAM.

Como foi o 2o encontro da Videomagia?

Antes de tudo, queria falar rapidamente sobre a mesa redonda sobre a história dos games no Brasil, na Campus Party, onde tive a honra de participar, ao lado de gente tão ilustre quanto o Jecel Mattos de Assumpção Júnior e Marcus Garrett, e também de pessoas tão capazes como o Mauro Berimbau e o Victor Emmanuel. De todas as “cobras”, eu era a minhoca.

A mesa redonda começou um pouco atrasada (com o Junior Capela mandando SMS para mim falando para começar logo e parar de bater papo), já que aguardávamos a mediação do Moacyr Alves, que fez questão de fazê-lo. O vídeo está aí embaixo, não vou me delongar muito:

Da Campus, seguimos para o prédio do Garrett, onde seria o encontro da lista Videomagia. O encontro começou lá pelas 12 horas e acabou às 19:30. Foi muito divertido ver uma espécie de “RetroRio”, só que em São Paulo. Tivemos de tudo em termos de máquinas, inclusive MSX (2, um meu e outro do Daniel Campos). Segue aqui links para álbuns e vídeos a respeito:

Legendei todas as fotos para que vocês possam entender tudo o que estava lá. Deve ajudar.

PS: Quanto à foto acima… Para bom entendedor, meia palavra basta. 🙂

TRS-80 CoCo + Arduino = Diversão garantida

Boisy Pitre, o Dr. Facilier da retrocomputação, lá dos pântanos da Louisiana, continua fazendo das suas. Com a palavra, o próprio.

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“Em 2003, comecei a trabalhar com a tecnologia AVR da Atmel, usando a placa de referência STK500. Na época, eu e Mark Marlette (N. do T.: a metade não-vudu da Cloud-9) começamos a usar AVRs para vários projetos.

“Corta para os dias de hoje: a febre do Arduino praticamente comoditizou a plataforma Atmel AVR. Arduinos são baratos e fáceis de programar. Além disso, existem vários shields (placas de interface) que você pode conectar e fazer todo tipo de feitiçaria.

“Essas placas foram feitas para projetos de interfaces, e já que o CoCo é um grande micro de 8 bits, por que não juntar os dois? Por isso, criei este blog para documentar meu trabalho de criação do ArduinoCoCo.

Sugiro começar a leitura do primeiro post e ir seguindo a sequência. (Clique em “Blog Archive” na barra vertical preta que aparece em cima à direita.)

O Caçador de CoCos ataca novamente

Parece que nosso amigo Daniel Campos especializou-se em achar clones obscuros do TRS-Color. Vejam a mais nova aquisição do rapaz: um MX-1600 da Dynacom.

Com direito a um belíssimo trabalho de restauração que deixou o micro, antes morto, 100% funcional.

Em tempo: O botão de pausa, que só este clone tem de fábrica, na verdade é um hack que pode ser feito facilmente em qualquer CoCo. O botão liga o pino HLT da CPU ao terra, ativando-o e interrompendo o processamento. O resto do circuito (especialmente o MC6883, que faz o refresh da RAM, e o controlador de vídeo MC6847) continua funcionando normalmente, então você fica com a memória íntegra e a imagem parada sem problema.

… E a Radio Shack pergunta!

Como muitos sabem, a Radio Shack é uma empresa cujo foco é para hobbistas e todos aqueles que tem aquele espírito de “anão do Senhor dos Anéis (1)”, ou seja, faça-você-mesmo. E agora, no final de 2012, a Gerente de Marketing de Produtos (ou seja, a responsável pelo faça-você-mesmo), Lauren Kushnerick, fez um vídeo e publicou no blog:

http://youtu.be/V5j4whVP5wk

A pergunta que ela fez basicamente é: O que vocês querem que a RadioShack produza e que vocês tenham na loja mais próxima de sua casa?

Dispensável dizer que o Juan Castro, saltador profissional de tubarões e amante do CoCo, pediu um kit com FPGA do venerável TRS-80 Color, como a MicroBee fez na Austrália. Outros gostaram da ideia e apoiaram. Vamos ver se eles conseguem!

Aproveitando o ensejo, será que o pessoal fã de Amstrad CPC e Sinclair não falou com a Amstrad, na Inglaterra? Ou a Apple, cheia de faturar com i-produtos, não faria um kit para Apple II? A MSX Licensing Corporation fez isso (e foi o MSX-on-a-chip), mas pelo visto desistiu (malditos japoneses). Quem mais poderia fazer? Comentem aí embaixo!

(1) “Porque assim como Aulë, eles amavam as coisas feitas pelas suas mãos.”

A história pelos catálogos da Radio Shack

Os catálogos da Radio Shack são sempre um olhar interessante sobre o estado da arte da eletrônica de consumo de sua era. E o Internet Archive tem um grande repositório destes catálogos.

Então vale a pena viajar pelos catálogos de computadores da Radio Shack de, digamos, 1977, 1981, 1983, 1986, 1988 e 1991. Particularmente, este é meu predileto, mais porque tem um pedido de desculpas na página 2.