Arquivo da categoria: Mundo Retro

Tudo o que acontece no mundo retro, porque velho é o seu PC!

MSXRio 2024 na semana que vem… O que teremos exposto?

Daqui a uma semana teremos mais uma edição da MSXRio, a segunda de 2024 e a 46a edição desse que é um dos encontros retrocomputacionais mais antigos em atividade no mundo (desde 1997). Mas… O que será exposto lá? O que, da fauna e flora MSXzeira poderá ser vista? Vamos então a uma breve lista do que os onze (11) expositores trarão para serem vistos:

  1. Em termos de Brasil, teremos Hotbit HB-8000, da Sharp, só que um MSX 1 que foi transformado para MSX 2+, com a placa SM-X HB, do Victor Trucco.
  2. Um bacanudo FS-A1GT, um MSX Turbo-R feito pela Panasonic (Japão).
  3. Um MX-10, um MSX 1 feito pela Casio que parece que é de brinquedo… Mas não é.
  4. Um FS-A1 vermelho, da Panasonic (Japão), transformado para MSX 2+.
  5. Um raríssimo Canon V-25, que é um MSX 2 feito pela Canon! Bem raro mesmo. Este micro veio de fábrica com apenas 64 Kb de VRAM, mas foi modificado, e agora tem 128 Kb de VRAM, como manda o figurino.
  6. Um NMS-8280, um MSX 2 da Philips com superimpose. genlock, uma bela cor e um peso daqueles…
  7. Ainda teremos outros micros, como Canon V-8 (MSX 1), Zemmix Neo (MSX 2+ em FPGA), projetos como o Baffa-2

E isso não é tudo. Até lá, poderemos ter mais máquinas interessantes para serem vistas e conhecidas.

O encontro será no dia 26 de outubro, sábado, a partir das 9:30 horas, na Nave do Conhecimento Engenho de Dentro, na rua Arquias Cordeiro, 1516, Engenho de Dentro. O encontro ocorrerá das 09:30 até as 16:30 horas, e o horário não será prorrogado.

A entrada é gratuita, só pedimos que você faça sua inscrição nesse link aqui do Sympla. Abaixo colocamos mais informações a respeito do evento.

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Não, sério, na boa, 2024 tem que acabar logo. Agora o Laércio?

Professor e orientador deste humilde escriba (através do qual fui introduzindo ao mundo maravilhoso do Assembly e da Eletrônica Digital) e de muitos outros que se tornaram excelentes profissionais da Informática graças a ele. Autor consagrado de livros fundamentais sobre hardware e software. Vilão Especialmente Convidado dos episódios 41 (parte A e parte B) e 44 (parte A, parte B e parte C). Laércio Vasconcelos acaba de nos deixar.

Jovem demais. 64 anos.

É sempre difícil quando alguém querido se vai.


Hoje as comunidades de retrocomputação do Brasil estão de luto, devido ao falecimento do Fábio Belavenuto. Você pode nem conhecê-lo, mas se você é da comunidade MSX e conhece esse cartucho aí em cima, você conhece uma das criações mais famosas dele. O Fábio, junto com o Luciano Sturaro, criou a SD-Mapper, seguramente o cartucho de armazenamento de massa mais usado em MSXs no Brasil – e vez por outra conhecido por alguns como o Everdrive de MSX (ugh).
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“É o caminhão do garbage collector passando na sua rua!”

Falamos do Web Rendering Proxy em outra execução do garbage collector; legal, bacana, mas na prática não é assim muito usável não, especialmente se você quer navegar na rede mundial de computadores com seu workstation Unix. Para resolver isso, o Tenox foi para outra solução, o VNCFOX: um container com Firefox e um servidor TightVNC. Os interessados podem ler um pouco mais aqui.

VNCFOX rodando no HP-UX 9
VNCFOX rodando no HP-UX 9

Por falar em Tenox e workstation Unix, depois de liberar o SimCity para Unix das amarras da proteção contra cópia, ele portou o DUX SimCity para AIX.

No Old VCR, uma expedição às entranhas do Convergent Workslate, onde tudo – tudo MESMO – são células, linhas e colunas de planilhas.

O Convergent WorkSlate. Para ele, tudo é planilha e planilha é tudo.
O Convergent WorkSlate. Para ele, tudo é planilha e planilha é tudo.

Você pode fazer o Linux bootar em quase 5 dias num Intel 4004, mas também pode compilar o Linux 0.11 no Windows NT… pre-release de dezembro de 1991.

Precisando de um substituto para o TMS9918A/29A do seu micro clássico? Que tal um Raspberry Pi Pico?

Quer uma sugestão de uma máquina relativamente nova para rodar seu MS-DOS 6.22? Fica a sugestão: um ThinkPad X13 Gen 1 com Intel i5 de 10º geração.

DOS 6.22 rodando num ThinkPad X13 Gen 1 (Intel)
Lindo, né?

Para terminar, um vídeo para fazer seu Toshiba Libretto feliz trocando o carregador pelo USB-C (porque é mais fácil achar carregador USB-C por aí).

Aproveitando que falamos ontem de IBM…

Se você já ouviu o episódio 157, parabéns! Espero que tenha gostado da conversa, e já vai sabendo que o Marcelo Sávio voltará em episódios futuros. Mas não viemos aqui para comentar o episódio, mas trazer duas notas rápidas que irão enriquecer seu conhecimento sobre a Grande Azul.

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Foi só eu falar de QR codes no Repórter Retro…

…que o Veritasium (já mencionado por estas bandas) me resolve postar este vídeo. Tudo, absolutamente tudo que você poderia querer saber sobre a história dos QR codes, começando pelo tataravô deles, o código Morse.

Dá pra botar uma ROM de MSX num único QR code (dos grandes)! E a matemática por trás deles é fascinante…
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O estranho mundo do NEC PC-98


É sabido até do Reino Mineral que nós temos um certo gosto pelo estranho, pelo bizarro e pelo inesperado. Como disse certo vilão especialmente convidado, justamente aquilo de mais esquisito é o que nos atrai.

Em particular, um dos vereadores dessa nossa cidade legislativa é entusiasta de micros japoneses, não só o MSX. O João Cláudio Fidélis tem interesse em tudo que é micro vindo da Terra do Sol Nascente, e aos poucos tem focado sua coleção em máquinas vindas desse lado do planeta.

Falamos muito do MSX por aqui (mas nunca o suficiente), um tanto sobre X68000, falamos indiretamente sobre o FM-Towns e outras máquinas da Fujitsu… Mas a NEC é uma promessa ainda não cumprida. Ainda mais o PC-98.

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RPG e jogos de luta para MSX 2!

Já falamos do Singular Stone por aqui, e vocês já devem saber que o desenvolvedor liberou o jogo de forma gratuita. Ele é um RPG de ação para MSX 2, lançado em 2020, e está todo em inglês, O jogo é muito bem feito, inclusive vale a pena ter uma cópia original – e eu tenho, vocês devem lembrar dessa história, quando eu contei a saga das encomendas atrasadas. Aliás, o mesmo autor, Murakata Tohji, está desenvolvendo um novo jogo, e o trailer dele foi apresentado no Malaga MSX Meeting 2024. A ideia é que este jogo seja um sucessor espiritual de Yie-Ar Kung Fu 1 e 2, célebres jogos de luta para MSX 1.

Ah, você não estava sabendo? Então toma aí as informações a respeito:

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Já ouviram falar de Cowgol?

Antes de tudo, a zuera é essa mesmo. Cowgol é uma linguagem de programação, fortemente baseada em Ada, com foco em sistemas pequenos, como o 6502, o Z80, entre outros. A meta da linguagem é que o compilador da linguagem funcione normalmente em um micro com um desses processadores, o que em tempos atuais, é um grande desafio. Descobrimos esse item peculiar quando resolvemos nos aventurar no Hackaday.

Logo, tem algumas características, como:

  • Ser uma linguagem moderna e segura em termos de tipagem, inspirada na linguagem Ada.
    Um backend orientado por tabelas, para tornar a linguagem fácil de portar.
  • Tem remoção de código morto e alocação estática de variáveis, conduzindo a binários pequenos e eficientes.
  • Ser rápido: Segundo o autor, ele compila o compilador no PC dele em 80 milissegundos.
  • Ser pequeno: O executável para 8080 tem 58 Kb (dividido em duas partes), e a versão para 80386 tem 70 Kb.

Os ports para processadores incluem:

  1. Z80 e 8080 (CP/M).
  2. 6502 e 65c02, ou seja: Roda num BBC Micro com o segundo processador, o Tube.
  3. 6303, e na versão específica para o Fuzix.
  4. Bytecode interpretado para o 6502. Fica menor, mas mais lento – pois a linguagem é interpretada.
  5. 80386, ARM Thumb2 e PowerPC (Linux).
  6. 68000 (Atari ST TOS e Linux m68k – se você achar uma máquina que rode esse sistema).
  7. 8086 (DOS).
  8. PDP11 (Unix V7).

É possível gerar binários grandes e horrorosos em C, justamente para facilitar o port do compilador para aquela nova plataforma: Pega o código transformado em C, e aí… “É só compilar!“. Ah, também é possível gerar código em Basic, mas o autor disse que foi só uma piada – mas funciona.

Ficou curioso? A linguagem é simples, lembra vagamente o Basic estruturado, tem documentação (não o bastante, mas tem!), é código aberto (licença BSD de 2 cláusulas) e pode ser algo interessante para mexer num final de semana chuvoso, de tarde. Vai lá e dá uma força pro David Given, e deixemos as vacas voarem.