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De 0 a 1MB e adiante

Todo usuário de IBM PC e seus compatíveis (não esses PCs velhos de hoje em dia) sabe de cor e salteado esse mapa da memória aqui:

Mapa da memória do IBM PC. 1MB era o máximo acessável pelo Intel 8086 e seu "primo" 8088; os primeiros 640KB são a memória convencional; em uma máquina com 512KB, a parte entre 512KB e 640KB não era mapeada. Os 384KB entre o fim da memória convencional e o topo da memória acessável era a UMA ("Memória Alta"), com uma parte separada para a memória de vídeo e o final da UMA ocupada pela ROM BIOS.
Um IBM PC com 512KB de memória tem mais ou menos esse mapa de memória

Mas como chegamos neste mapa? Quais as limitações técnicas que impuseram estes limites? E, mais importante, como superar esses limites à medida que as aplicações foram pedindo?

Julio Merino escreveu dois posts, From 0 to 1MB in DOS e Beyond the 1MB barrier in DOS, que responde a todas essas perguntas, com todas as paradas obrigatórias em EMS, XMS, modo protegido do 286, a introdução da paginação e do modo VM86 no 386. Tudo isso para chegar no unreal mode e nos DOS extenders (que se tornaram praticamente obrigatórios nos jogos para MS-DOS a partir do final dos anos 80; para usar o exemplo mais famoso, DOOM carregava o extender DOS/4GW na inicialização). Muita informação. MESMO.

Ken Shirriff arregaça o Intel 80386

O que acontece quando o Ken Shirriff resolve olhar bem por dentro do Intel 80386? Sim, é exatamente isso que você está pensando.

Um Intel 386 com as principais partes do chip destacadas. Feita pelo Ken Shirriff a partir de uma foto de Antoine Bercovici.
Os blocos do 386

Ele já nos mostrou os avanços técnicos que permitiram à Intel fazer o chip, como os registradores foram implementados, como funcionam as células que implementam as funções lógicas, abriu os segredos do barrel shifter, mostrou o circuito do relógio, achou dois circuitos XOR bem interessantes e… bom, não acho que tenha acabado.

Uma coleção de notas x86

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Um pouco de 386BSD

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Normalmente, quando falamos em Unix e Unix-like nos descendentes do IBM 5150, nos lembramos imediatamente de Xenix e Linux.

Tivemos vários outros, como o 386BSD, de 1991; chamado de “primeiro sistema operacional Open Source”, por estar documentado em uma série de posts sobre o esforço de portar Unix para 386.

No entanto, apesar de ter sido desenvolvido em um laptop 386 com 3MB de RAM e 100MB de disco, exigia o uso de uma FPU, item caro no início dos anos 90.

(Ed S no G+)