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Retrocomputação de ler, ver e ouvir

Duas novas edições da Commodore Free (58 e 59), para você se manter inteirado sobre o mundo dos C64 e Amiga.

Já que estamos falando em C64 e Amiga, que tal… C64 x Amiga? É a proposta do Commodore Wars, uma série de vídeos comparando o mesmo jogo nas duas plataformas.

Para os fãs de fanzines de grupos espanhóis de MSX, todas as CALL MSX (em PDF) e Lehenak (em PPSX) disponíveis para download.

Quem está atrás de um podcast sobre Apple II agora tem o Not Another Apple Podcast, uma colaboração do Blake do Byte Cellar e do David Greenish do The Classic Computing Blog.

Engenharia reversa no MOS6502

Na parte B do episódio 20 do podcast foi feita referência à versão deste vídeo no Youtube. E, para quem quiser baixá-lo para assistir quantas vezes quiser, em alta definição acesse:

http://media.ccc.de/browse/congress/2010/27c3-4159-en-reverse_engineering_mos_6502.html

Este vídeo é bastante interessante, bem didático e serve muito bem como complemento ao episódio.

Se ainda funciona, deixa quieto!

O pessoal da PC World produziu uma matéria bastante interessante sobre sistemas que poderiam ser considerados antigos e para lá de obsoletos mas que permanecem em pleno uso nos dias de hoje. O título “If It Ain’t Broke, Don’t Fix It: Ancient Computers in Use Today” que poderia ser traduzido livremente como: “Se ainda funciona, deixa quieto : Computadores antigos utilizados hoje”. E boa leitura!

Atenção especial para a Sparkler Filters que faz sua contabilidade na base do cartão perfurado usando um bom e velhoclássico IBM 402 e para a excursão da IBM indo lá ver o bicho de perto.

Brutal Deluxe Software

No, hoje, já remoto e longínquo episódio 2 do Retrocomputaria (continente europeu), falamos sobra a quase ausência de computadores nativos na França e sobre o quanto o Minitel pode ser considerado como o culpado de tudo. E realmente o cenário francês, principalmente nos computadores de 8-bit, foi bastante pequeno. E, quando comparado com seus vizinhos espanhóis (ZX Spectrum), alemães (C64) e holandeses (MSX) fica menor ainda. E, sim, não esqueci que a INFOGRAMES é francesa!

Mas acontece que o Apple II, e posteriormente o Macintosh, foi bastante popular na França. E é em algum canto de Paris que está localizada a Brutal Deluxe Software, um pequeno grupo de programadores especializados em Apple II e Apple IIGS que estão por aí produzindo software desde 1992 (sim gente, 20 anos!).

E o sítio deles tem bastante coisa! Desde de produções próprias como o editor de telas T40, para Apple II, até a versão de Lemmings para Apple IIGS ou a tradução do System 6.0.1 para o francês (ou seja, Système 6.0.1). Código fonte do VisiCALC e do ProDOS, documentação técnica e dois projetos deles de catálogo do software francês para Apple II e de recuperação do software originalmente disponível em fita cassete.

Para quem tem um Apple II, ou quer apenas conhecer o trabalho deste grupo e do de seus conterrâneos (patrícios?) vale a pena a visita!

… E um Apple II Plus da Bell and Howell apareceu no eBay.

Essa saiu no Tuaw, e também no TargetHD. Vocês já viram um Apple II Plus produzido pela Bell and Howell? Não? Nem eu. Mas tem um aqui do lado, e tem um à venda no eBay.O vendedor  christique1 está leiloando um Apple II Plus que foi feito especificamente para o mercado educacional, e feito sob encomenda para a Bell & Howell. Para quem não sabe, essa empresa trabalha desde 1907 com a manufatura de câmeras e projetores para cinema. O que mais salta aos nossos olhos é que esse Apple IIe é preto, ao contrário dos gabinetes “cor-de-plástico-ABS” da empresa da maçã. Internamente, esse micro é um Apple II Plus. Sem fonte e sem testes, mas ainda assim, uma raridade para colecionadores: Cerca de 10.000 deles foram produzidos, e em todas essas andanças nesse universo retrocomputacional, é a primeira vez que vejo um Apple II Plus made in USA e preto. O vendedor descreve como em bom estado de conservação, apenas alguns arranhões de uso. O teclado está coberto e está em ótimo estado.

O leilão fechou em 455 obamas (no câmbio da data desse post, módicas 782,48 dilmas). Se você quiser um, não se desespere: Tem outro à venda, exatamente igual. E esse está funcionando. Está em US$ 157,50 e subindo… No pacote, 2 drives de disquete, joystick, monitor e muitos livros. Não, não entregam para o Brasil, infelizmente.

GET LAMP, o documentário

Antes do atirador em primeira pessoa, houve o pensador em segunda pessoa… É assim que você é apresentado ao “GET LAMP“, o documentário sobre os text adventures, dirigido pelo arquivista e historiador da computação Jason Scott. Aliás, este é o segundo documentário dele no tema: O primeiro foi “BBS: The Documentary” (dividido em 8 episódios e cobrindo cerca de 25 anos de histórias sobre as bulletin board systems, as BBS).

Text Adventures?

As Text Adventures, ou IF (Interactive Fiction) como hoje são conhecidas, são um gênero de jogo eletrônico em que toda a interação com o usuário faz-se a partir de sentenças de texto, tanto a descrição do que está ocorrendo como a ação que o jogador deverá tomar. Para exemplificar melhor, o trecho de um jogo do gênero para Apple II chamada Leadlight:

> IN THE LINVILLE STUDENT LIBRARY
It is night. You are in the Linville
student library. The hum of idle
computers and photocopiers permeates the
ordered maze of books. The stacks are to
the south, the toilet is to the west and
the foyer is to the east.
You see the corpse of Charlotte.
You see a library desk.
You see an iPod
WHAT NOW?_

Como assim iPod? Acho que esqueci de dizer que Leadlight é de 2011

Em uma época em que a capacidade gráfica, sonora e de processamento dos primeiros computadores pessoais era bastante limitada eles tornaram-se o principal gênero de jogos consumidos por seus usuários.

GET LAMP

Ele é composto por dois DVDs, o primeiro contendo o documentário propriamente dito e o outro com os trechos não incluídos das entrevistas (por exemplo as partes contendo spoilers sobre um ou outro jogo – há inclusive o imperdível “o spoiler para todos os jogos já criados!“) e uma série de outros arquivos. E por outros arquivos entenda: as músicas utilizadas no documentário, as fotografias, a arte da embalagem, versões digitalizadas de propagandas, os jogos (sim!) e muito mais – aliás, confesso que ainda não consegui analisar todo o conteúdo do segundo disco.

Ao colocar o primeiro DVD no aparelho você descobre que junto com o GET LAMP (disponível para ser reproduzido nas versões “interativa” e “não interativa”) estão ainda dois mini documentários: O primeiro é uma visita guiada realizada pelo Jason Scott na caverna Mammoth, localizada no estado do Kentucky/EUA, que é o maior sistema de cavernas do mundo e a inspiração para criação do primeiro text adventure. O segundo é sobre a INFOCOM, a mais bem sucedida empresa do ramo e a criadora da série Zork.

Com relação ao documentário, prepare-se para muita história: Você será apresentado aos mais diversos personagens, como exploradores de cavernas, professores, acadêmicos, colecionadores, desenvolvedores e, claro, jogadores (de longa data) deste gênero de jogos (e de outros também). A narrativa começa com o surgimento do gênero nos anos 1970, sua ascensão e eventual declínio comercial no final da década de 1980. Depois, ele trata do legado, estilo, forma de concepção, seu uso como ferramenta educacional e até mesmo de inclusão (qual jogo pode ser jogado por um cego?). Finalmente, ele encerra-se com o ressurgimento e redescoberta, com a popularização da Internet a partir da década de 1990. No final, os entrevistados respondem sobre o futuro das IF.

O documentário está disponibilizado sobre a Creative Commons-Attribution-Sharealike-NonCommercial, ou seja, ele é de livre distribuição. Porém se você quiser adquiri-lo, ele custa US$ 40,00 + US$ 9,00 (frete internacional) e pode ser comprado diretamente em http://www.getlamp.com (aceita-se PayPal).

Confesso que realmente vale a pena, tanto pelo conteúdo, como pelo acabamento de todo o material e até mesmo pela moedinha de colecionador incluída no pacote! E para terminar, claro, o trailer do documentário:

É pura retrocomputação!

Nota: Jason Scott está com dois outros projetos na cabeça, e busca financiamento para executá-los. Que tal você também ajudá-lo?

DMS Drummer

Michael J. Mahon é um tiozinho simpático que, conforme ele mesmo cita na sua página pessoal, por muitos anos projetou servidores para a HP mas pela diversão o Apple II é seu computador favorito. Um de seus projetos mais interessantes é o AppleCrate II um cluster composto de 17 placas de Apple //e interligadas no qual ele começou a brincar com redes, computação paralela e sintetização de som! Um exemplo deste trabalho foi executar a música When I’m 64 em gloriosos(sic) 16 canais de som! Seth Sternberger, o Naughtyboy, é músico e junto com Michelle, a ComputeHer, formam o 8-Bit Weapon. Ele também concebeu e ajudou no desenvolvimento do jogo de ação Silo64 para Commodore 64. Juntos este dois sujeitos desenvolveram o DMS Drummer.

O DMS Drummer é um sequenciador de bateria para Apple //e, //c. IIc+ e IIGS baseado em wavetable. De forma bem resumida (eu disse resumida!) na síntese de som por wavetable fragmentos de ondas sonoras são armazenadas e alteradas, em tempo de execução, para se conseguir imitar o som de um instrumento específico e ele já inclui oito sons de bateria: “bass“, “snare“, “rim shot“, “hand clap“, “tom“, “hat open“, “hat closed” e “lazer”. Que podem ser organizados em até 16 padrões e estes arranjados em até 256 combinações. E cada um dos sons pode ser ajustado para um tom específico e, claro, sua composição salva em disco para reproduções futuras.

O programa pode ser adquirido diretamente “no loja” do 8 Bit Weapon e custa USD$14,95 na versão gravada em disquete de 5,25″ (sério!) ou USD$9,95 em uma imagem de disco (aí você mesmo transfere para seu Apple — mas aí é uma outra postagem). Mas está disponível uma versão de demonstração do programa para quem quiser experimentar e ver como é, ela é limitada em 8 padrões e não possui opção para salvar o trabalho. E falando justamente em trabalho, no começo deste ano o músico State Shirt arrumou um //c, se perguntou que tipo de música conseguiria obter dele, resolveu testar o DMS Drummer e o resultado pode ser visto, e ouvido, aqui:

E para finalizar, eu testei o DMS Drummer, a interface é bem simples e todas as funcionalidades estão acessíveis rapidamente pelo teclado. Mas, como música não é meu forte, o máximo que consegui produzir foi alguma barulheira estranha e sem sentido! Algo bem diferente do que alguém que sabe o que está fazendo conseguiria. É um programa bastante interessante e que surpreende pela qualidade do som, ainda mais quando lembramos que o Apple II de 8-bit, ao contrário dos contemporâneos Atari (POKEY), C64 (SID) e MSX (AY-3-8910), não tem seus próprios integrados “de fazer barulho”.

PS: Já citamos o AppleCrateII pelo menos duas vezes no podcast, então… Vá lá conferir!

Guia d’O Quinto Elemento para os Apple ][

Conforme citado, e prometido, na parte C do Episódio 19 do Retrocomputaria aqui está o Guia d’O Quinto Elemento para os Apple ][ (na falta de um nome melhor) em versão estendida. Ele foi montado a partir de informações da Wikipedia, de outras pescadas aqui e ali e de algumas coisas de cabeça mesmo. Meu objetivo não foi o de detalha as especificações técnicas de cada modelo mas, sempre que for necessário, incluir algo. Vale lembrar que os Apple II não tiveram mudanças radicais no hardware, todos usam o 6502, tem modos texto de 40×24 e gráfico de 280×192 e rodam (quase) todos os sistemas operacionais, aplicações e jogos. As diferenças entre eles são sutis.

Algumas observações:

(i) Os computadores Apple I, II e III constituem equipamentos totalmente diferentes entre si. São projetos de hardware distintos, apesar de guardarem, além do nome, certas características em comum.

(ii) Não vou falar do Apple IIGS agora, apesar dele ter toda a parafernália para que qualquer programa acredite que ele seja um Apple IIe.

E agora o que interessa e boa leitura!

Apple ][

É o computador original! Foi lançado em 1977 e já vinha naquela aparência que identifica de imediato um Apple II. Assim como seu antecessor, o Apple I, tinha com um 6502 rodando a 1,023MHz, 4Kb de RAM e o Integer BASIC, escrito pelo próprio Wozniac, embutido.

Apple ][ Plus

A primeira revisão do II, de 1979, inicialmente com 16Kb de RAM mas podendo chegar até 64Kb; o processador e frequência de operação continuaram os mesmos e a mudança mais considerável foi a substituição do Integer BASIC pelo Applesoft BASIC (o mesmo Microsoft BASIC para 6502 mas levemente travestido para se parecer com o Interger). Também teve versões adaptadas para a venda nos mercados europeu/australiano (O “Europlus” operando a 50Hz) e japonês (o “J-Plus” com fonogramas japoneses na tabela de caracteres). O II+ foi justamente o modelo mais copiado clonado de todos, só aqui no Brasil dá para citar o MC-4000 Exato da CCE, APII da Unitron, Apple II Plus da Milmar (sério!), Elppa II Plus da Victor do Brasil (oirés!) mas a lista é bem maior (quase 30!).

Apple //e

Com o fracasso do Apple III (o qual Woz dedica 4 páginas da sua autobiografia para… Falar mal), os engenheiros da Apple pegaram as boas coisas do projeto, tanto hardware quanto software, e implementaram no II+. Surgiu assim o Apple IIe (de enhanced, aprimorado) em 1983. Passou a vir de fábrica com 64Kb de RAM, expansíveis para até 1Mb, e suporte a caracteres minúsculos(!). A RAM era expandida através de um SLOT auxiliar (na placa mãe fica do lado oposto dos demais) e ao fazê-lo você habilitava a expansão horizontal da resolução conseguindo 80 colunas em modo texto e 560 no gráfico. Com a customização de alguns circuitos a cópia ficou mais difícil, não impossível. No Brasil tanto a MICRODIGITAL (TK3000 IIe e TK3000 IIe compact) como e CCE (MC-4000 EXATO IIe — é tão raro que poucos acreditam que existiu) fabricaram modelos.

Apple //c

Em 1984, junto com o Macintosh, a Apple lançou o Apple IIc (de compacto). Basicamente ele consiste em uma versão customizada do IIe com com duas portas seriais (para modem e impressora), uma unidade de disquetes de 5,25″ de 140Kb e 128Kb de RAM (modo de 80 colunas já habilitado) encaixotados em um gabinete único e compacto (pouco maior que um notebook atual só que obviamente sem a tela). O processador foi substituído pelo 65C02 (CMOS) fabricado pela WDC mas a frequência de operação foi mantida.

Apple Enhanced //e

Em 1985 a Apple fez uma atualização no IIe com o propósito de deixá-lo mais compatível com o IIc com atualizações na ROM (hoje diríamos que o firmware foi atualizado) e também passou a utilizar nele o 65C02. Aliás, perceberam que o nome dele quer dizer Enhanced II enhanced? Talvez a equipe de marketing da Apple estivesse tão ocupada tentando vender os Macintosh que não se importaram em deixar os engenheiros dar um nome ao produto (e fazer piada de engenheiro ao mesmo tempo).

Platinum //e

Em 1986 a Apple fez uma atualização “cosmética” no gabinete, adotando o tom cinza claro característico do visual “Branca de Neve” (o Snow White foi um estilo de desenho dos produtos da Apple, muito característico nos Macintosh mas que também influenciou os desenhos do IIc e do IIGS), tornou padrão os 128Kb de RAM e acrescentou (finalmente, diriam alguns) um teclado numérico auxiliar (outros diriam que copiaram na careta o TK3000 IIe). Este modelo foi comercializado até novembro de 1993.

Apple IIc Plus

Em 1988 foi lançado o último modelo de Apple II, o IIc Plus. Nele a unidade de disquetes de 5,25″ foi substituída por uma de 3,5″ de 800Kb e esteticamente ficou mais “cara de Macintosh” com o uso de conectores mini-DIN para as portas seriais, da troca da tecla da “maçã cheia” pela Option e, claro, um gabinete na cor cinza claro. Além da fonte de alimentação totalmente embutida (o ponto mais criticado do IIc e seu “tijolo” de alimentação) e aquilo que realmente o diferencia dos demais modelos, um 65C02 rodando a 4MHz! Não necessariamente uma novidade entre os Apple II, outras empresas vendiam a solução e o que a Apple fez foi licenciar de um deles, no caso a ZipChip.

——

E para finalizar, dois curiosos dispositivos foram ainda produzidos utilizando a tecnologia do Apple II. O primeiro, de 1991, foi o Apple IIe Card. Era uma placa que transformava seu Macintosh, com slot PDS, em um Apple IIe (os usuários mais radicais diriam que ela fazia um upgrade!). O objetivo era simples: fazer a substituição dos milhares de Apple II nas escolas estadunidenses. E o outro não foi bem um produto dela, ela apenas licenciou a tecnologia para que uma empresa produzisse em 2004 uma espécie de laptop infantil.

E por enquanto é só, até o próximo “post”!

Episódio 5 – Parte B – Brasil

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Este é o episódio 5 do Retrocomputaria Podcast. Nessa parte, falamos rapidamente dos CP/M brasileiros, do papel das revistas de eletrônica, especulações sobre a origem das terminologias dos micros da Prológica (CP) e da Microdigital (TK), os micros que não tiveram clones no Brasil e clones de ZX-81 (com destaque para o Ringo e o Dismac D-8000, o primeiro micro brasileiro vendido no varejo), Apple II (com destaque para o TK3000IIe), Spectrum (e a indústria em torno do Speccy no Brasil) e TRS-80 (com destaque para o CP500 e suas diversas variações).
Esperamos seus comentários sobre o episódio, e esperamos que gostem!

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar e o Anônimo.
  • Duração aproximada: 40 m
  • Músicas de fundo:
    • Subway Sonicbeat, com:
      • CD “Temple of Steel” (2008).
      • EP “Belo Horizonte” (2009).

OBS: Ambos do selo Chippanze.

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