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Atualizando o kickstart do A600

Confesso que foi um longo namoro no sítio da Vesalia Computer. Eu olhava para o item, ficava pensando se valeria a pena, aí refletia um pouco mais, considerava comprar mais alguma coisa e aproveitar o frete, ou seja, nunca que me decidia! No final, vencido pelo cansaço, acabei realizando a compra. Quinze dias depois, chegou cá em casa o integrado contendo o Kickstart 3.1 (rev 40.68) para a atualização do A600.

E antes que perguntem, ainda mais porque já falei duas vezes no assunto, considere que o AmigaOS, o sistema operacional nativo do Amiga, está dividido em duas partes:

  • Uma gravada em ROM e contendo as rotinas básicas de E/S, alguns drivers, pedaços da interface gráfica e, obviamente, a parte que cuida do bootstraping da máquina.
  • A outra, que fica armazenada em disco e que é todo o resto, ou seja, o Workbench propriamente dito, algumas bibliotecas, outros drivers (nativos ou de terceiros) etc.

Sem estas duas metades a única coisa que você vai ver seu Amiga fazer é te pedir para colocar o disquete (literalmente!), e dependendo da versão do Workbench que se deseje rodar, uma determinada versão do Kickstart será necessária. E, apesar dos A600 terem sido vendidos com o Kickstart 2.x (rev 37.xxx — e aqui a Commodore fez uma tremenda confusão), uma versão do Kickstart 3.x foi disponibilizada para ele e os demais Amiga com processador 68000.

Pacote

Como já havia dito, quinze dias após a compra um simpático envelope de tamanho A6 (não esperava receber nada muito maior) chegou pelos correios, e dentro dele estava a ROM. Além dele, três folhas contendo as instruções de instalação: para o Amiga 500 (em inglês e  alemão), do Amiga 2000 (inglês e alemão) e, finalmente, do Amiga 600 (só em inglês).

Instalação

O procedimento é bem “simples”: desconecte tudo o que você tenha pendurado no computador, abra-o (são três parafusos para soltar a parte superior — onde fica teclado, levante-a um pouco para poder soltar o conector do painel de lateral de led e, tomando cuidado com o flat do teclado, levante-o para acessar a placa mãe) e procure pelo único componente soquetado da placa. Com uma chave de fenda e bastante cuidado você vai soltá-lo e então com o dobro do cuidado encaixe o novo Kickstart.

Detalhe que a ROM original tem 40 pinos e a nova 38, é normal que fique sobrando um espaço de dois pinos do lado esquerdo mas a orientação deve ser mantida (veja na foto). Verifique tudo, depois verifique tudo novamente e aí é só ligar!

Uma surpresa!

Meu cartão ainda está com a versão 2.1 do Workbench mas algo que percebi rapidamente foi um pequeno ganho de performance. As coisas pareciam estar um pouco mais rápidas, e o jeito foi recorrer ao SysInfo. Verifiquei que o sistema realmente ficou razoavelmente mais rápido, cerca de 20% (o 1,32x apontado pela seta é quanto o meu A600 está mais rápido do A600 que o Nic Wilson usou como referência — antes mostrava 1,10x).

Finalizando, por enquanto

Considerando que qualquer ganho de performance é sempre bem vindo, a atualização, por si só, já compensou. E ainda há a possibilidade de rodar uma versão mais nova e com mais funcionalidades do Workbench e alguns outros programas. Pois é, acho que precisarei de um cartão Compact Flash maior também. 🙂

A seguir… Workbench 3.x no A600.

Engenharia reversa no MOS6502

Na parte B do episódio 20 do podcast foi feita referência à versão deste vídeo no Youtube. E, para quem quiser baixá-lo para assistir quantas vezes quiser, em alta definição acesse:

http://media.ccc.de/browse/congress/2010/27c3-4159-en-reverse_engineering_mos_6502.html

Este vídeo é bastante interessante, bem didático e serve muito bem como complemento ao episódio.

DraCo Cube

Faz algumas semanas apareceu no eBay inglês um sujeito vendendo um estranho computador chamado DraCo Cube que, na descrição do item, dizia se tratar do último e melhor clone de Amiga clássico. Foi justamente aí que não entendi nada pois não só considerava o A4000 como o último modelo lançado pela Commodore como também acreditava que a série nunca tivesse sido clonada. Então resolvi pesquisar um pouco e vejam só!

Após a falência da Commodore, em 1994, a MacroSystem teve um pressentimento de que não deveria esperar pelo aparecimento de uma empresa que resgataria o Amiga e o levaria novamente à glória (e eles estavam corretos). Assim eles cancelaram o desenvolvimento da versão Zorro-III da V-Lab Motion (placa de edição não linear de vídeo) e resolveram fazer um computador que pudesse rodar AmigaOS e, ao mesmo tempo, utilizar sua linha de produtos em edição de vídeo… assim surgiu o DraCo.

E sua configuração:

  • Processador Motorola 68060, operando a 50MHz (ou 66MHz);
  • Até 128Mb de FastRAM*;
  • Modos de vídeo de até 2400×1200×256 cores, 1280×1024×65536 cores e 1152×864 24-bit (Altais)
  • 32 canais simultâneos de áudio em 16-bit (Toccata)
  • V-Lab Motion
  • Uma portas serial RS232, paralela, SCSI (externa e interna), disquete, mouse (serial) e teclado (PC-AT).
  • E uma quantidade razoável de slots Zorro-II e Draco-Bus para você expandir o bicho.

(*) E com não tinha o “chipset” do AMIGA, ou seja, os customizados Agnus, Alice, Denise, Lisa, Paula etc, não precisava da ChipRAM — de forma bem rápida, a porção da memória RAM em que  a CPU e estes integrados acessam diretamente.

De peças da Commodore mesmo só foram utilizados o Kickstart e as CIA (Complex Interface Adapter, ou MOS6526) para cuidar da parte de E/S. Programas bem escritos rodavam sem maiores problemas nele e, claro, seu preço original era de cerca de USD$ 15.000,00 (no leilão está em torno de £1.500,00).  Se algum dos leitores arrematá-lo, não se esqueça de mandar uma foto sua ao lado do equipamento e nos contando se “State of the Art” e “Shadow of the Beast” rodam nele! 🙂

No Amiga Resource , Amiga history guide e Amiga Hardware vocês  poderão encontrar maiores informações sobre este membro “diferenciado” da linha Amiga.

KickTOS

Quem acompanha o Retrocomputaria Podcast há algum tempo vai se lembrar dos episódios 11 (sobre CP/M) e também o 12 (sobre Commodore versus Atari). Pois é, isto aqui está relativamente ligado a eles! Não é recente, na verdade já é até bem antigo, de 2008, mas um hacker alemão chamado Andre Pfeiffer resolveu levar paz às duas comunidades ou, o provável, colocar mais lenha na fogueiragasolina no incêndio.

O que ele fez?

Se aproveitando de uma característica do Amiga 1000, a carga do KICKSTART (BIOS, ou firmware se quisermos ser mais “modernosos”) a partir do disquete, ele resolveu adaptar o TOS, o sistema operacional do ATARI ST, para rodar nele!

Para quem preferir, uma versão com melhor qualidade:
http://www.a1k.org/download/area51/OLD/KICKTOS.MPG (32.7Mb)

Até aí nada de mais pois existem vários emuladores de ATARI ST para AMIGA como, por exemplo, o CHAMALEON. Mas no vídeo não está havendo emulação, e sim a execução do TOS de modo nativo no hardware do A1000. Acontece que a área da memória onde o KICKSTART é carregado tem 256Kb e já que o TOS ocupa 192Kb acabam sobrando uns 64Kb para se colocar todas as rotinas específicas para a arquitetura do AMIGA.

E como disse o autor, só queria tê-lo feito há 20 anos!

E onde entra o CP/M na história?

O sistema operacional dos ATARI ST, o TOS, é um sujeito chamado GEMDOS e que é uma versão empacotada de CP/M para 68000 com a interface gráfica GEM, ambos da DIGITAL RESEARCH. E, conforme dito no episódio 11, o CP/M foi originalmente concebido para rodar em vários modelos de computadores com processadores i8080 (ou Z80), que apenas uma parte dele, o BIOS,  era responsável pelo acesso ao hardware e que precisava ser escrita para cada equipamento. Nesta arquitetura as aplicações escritas pelo CP/M conseguiriam ser executadas sem necessidade de ser compilada para cada máquina em específico.

E justamente o TOS herdou tudo (de bom e de ruim) destes caras, principalmente a arquitetura que já previa uma certa “abstração de hardware” (consultem nos verbetes da Wikipedia sobre a BIOS do CP/M e a VDI do GEM).

Episódio 20 – Parte B – Dossiê 6502

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Este é o Retrocomputaria 20, e, na inauguração do Estúdio S2 (quer dizer, não estava 100% pronto mas gravamos assim mesmo, então às vezes a voz some etc e tal), fazemos um dossiê sobre o 6502, um dos mais usados, conhecidos e famosos chips de 8 bits.

Falamos de derivados do 6502 (6507, 6510 – que volta e meia o Cesar chamava de 65010 – 8500, 8501, 8502, 6520, 6522, WDC 65C02, 65816, 65C816, CSG4510), fabricantes de clones do chip, micros/videogames/robôs alcoólatras/exterminadores do futuro que usaram a CPU, do que aconteceu com o 6502 com a falência da Commodore, de como você pode comprar o 6502 ainda hoje – ou então usar um FPGA mesmo.

Também no episódio, seção de emails.

Ah sim: o Retrocomputaria Plus está no ar!

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo
  • Duração aproximada: 51 minutos
  • Músicas de fundo: Músicas variadas de computadores com CPU 6502

URLs do podcast:

Siga-nos no Twitter: @retrocomputaria. Envie-nos um email também, caso você prefira. Ou então comente aí embaixo. Nós iremos ler, acreditem!

Episódio 20 – Parte A – Dossiê 6502

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Este é o Retrocomputaria 20, e, na inauguração do Estúdio S2 (quer dizer, não estava 100% pronto mas gravamos assim mesmo, então às vezes a voz some etc e tal), fazemos um dossiê sobre o 6502, um dos mais usados, conhecidos e famosos chips de 8 bits.

Contamos a história do surgimento do 6502, passando pelo Motorola 6502, a ida de Chuck Peddle para a MOS Technology, o 6501 e a compra da MOS Technology pela Commodore e fazemos um passeio pelas entranhas do chip.

Também no episódio, seção de notícias.

Se você estiver na Campus Party, nos encontre lá.

Ah sim: o Retrocomputaria Plus está no ar!

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo
  • Convidados: Vinícius Tozati (episódio) e Márcio Lima (notícias)
  • Duração aproximada: 53 minutos
  • Músicas de fundo: Músicas variadas de computadores com CPU 6502

URLs do podcast:

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Episódio 12 – Fight Night Commodore vs Atari Round 3

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Estacione seu carro, chegue no ginásio, sente na sua cadeira e fique atento porque este episódio do Retrocomputaria é uma Fight Night – e não é uma luta qualquer, é uma luta entre Commodore e Atari, a grande rivalidade dos micros clássicos! Neste terceiro round, falamos do impacto do lançamento do Amiga, dos finais melancólicos de Atari e Commodore, um pouco mais do estilo Jack Tramiel aplicado às propagandas das suas empresas e das rivalidades entre os grupos de usuários de Commodore e de Atari.
No final do terceiro round lemos emails e comentários.

Ficha técnica:
Jurados^HParticipantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo
Duracao aproximada: 45 minutos
Musicas de fundo: musicas de Commodore 64

URLs do podcast:

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Episódio 12 – Fight Night Commodore vs Atari Round 2

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Estacione seu carro, chegue no ginásio, sente na sua cadeira e fique atento porque este episódio do Retrocomputaria é uma Fight Night – e não é uma luta qualquer, é uma luta entre Commodore e Atari, a grande rivalidade dos micros clássicos! Neste segundo round, falamos do embarque do Tramiel e do desembarque de Jay Miner da Atari, da Hi-Toro, da Amiga Inc. e seus tortuosos caminhos envolvendo Atari e Commodore, do lançamento do Commodore Amiga e da reação da Atari (já sob Tramiel) com o Atari ST, dos primeiros movimentos e da guerra aberta entre Atari e Commodore.
No intervalo entre o segundo e o terceiro round, tem mais uma seção de notícias.

Ficha técnica:
Jurados^HParticipantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo
Duracao aproximada: 46 minutos
Musicas de fundo: musicas de Commodore 64

URLs do podcast:

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Episódio 12 – Fight Night Commodore vs Atari Round 1

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Estacione seu carro, chegue no ginásio, sente na sua cadeira e fique atento porque este episódio do Retrocomputaria é uma Fight Night – e não é uma luta qualquer, é uma luta entre Commodore e Atari, a grande rivalidade dos micros clássicos! Neste primeiro round, falamos da biografia de Jack Tramiel, dos caminhos técnicos dos dois competidores nos 8 bits, da visão geral do mercado da época e de Tramiel trocar a Commodore pela Atari.
No intervalo entre o primeiro e o segundo round, tem a seção de notícias.

Ficha técnica:
Jurados^HParticipantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo
Duracao aproximada: 43 minutos
Musicas de fundo: musicas de Commodore 64

URLs do podcast:

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Episódio 7 – Parte B – Portáteis

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Este é o episódio 7 do Retrocomputaria Podcast. Este episódio é totalmente dedicado aos portáteis dos anos 80 e 90 – sim, primeiro definimos o que é um ‘micro portátil’ 🙂 – e nesta segunda parte falamos do Atari Portfolio, dos micros ‘de bolso’ da Sharp e da Casio e dos ‘transportáveis’, como os Osbourne, Kaypro e Commodore SX64. Fechando o episódio, leitura de emails e comentários.
Esperamos seus comentários sobre o episódio, e esperamos que gostem!

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo.
  • Duração aproximada: 60 m
  • Músicas de fundo:
  • MIDIs de jogos de Atari ST, Apple IIgs e FMTowns
  • URLs citadas no podcast:
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