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Liberado o código fonte do Directory Opus!

Lembra que anunciamos sobre a vaquinha para comprar o código fonte do Directory Opus? Então, a empresa estava pedindo USD$ 5.600,00 e, apesar da soma das doações ter alcançado USD$ 4.148,00, o código foi liberado mesmo assim! Será que agora teremos uma versão do “dopus” para Atari TOS? (e antes que alguém pergunte o código fonte está em C, eu já baixei)

Nova versão do SysInfo!

Esta veio pelo Rogério Kauer, diretamente da lista AmigaBR do Yahoo!Grupos! Após um longo e tenebroso inverno de exatos 19 anos (sério!) foi lançada nova versão do SysInfo, o mais notório programas de diagnóstico de hardware e testes de performance do Commodore Amiga (e se bobear para qualquer computador) no mundo! Entre as novas funcionalidades, além dos novos mantenedores do código (devidamente autorizado pelo Nic Wilson), está uma rotina que enxerga mais do que 64Mb de RAM, detecção do MC68060 e de várias placas aceleradoras das mais recentes.

Episódio 25 – Parte B – Dossiê Motorola 68000

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Este é o Retrocomputaria 25.

Neste episódio, fechamos a Santíssima Trindade dos chips de micros clássicos com um dossiê sobre o Motorola 68000. Falamos dos membros da família (68020, 68030, 68040, 68060), dos não-membros da família (68050, 68070), do impacto do PowerPC, dos herdeiros (ColdFire e DragonBall), de quem mais fez 68000, de usos do chip em computadores (Apple, Atari, Commodore Amiga, NeXT, Sharp X68000, calculadoras TI, PDAs da Palm e Handspring, AlphaSmart, SGI, Sun, Sinclair QL) e não apenas (emulador de XT/370, placa para Cobra XPC rodar SOX, TGV, EuroFighter, ônibus espacial, Sega MegaDrive/Genesis, SNK NeoGeo, Atari Jaguar, arcades) e de sistemas operacionais (CP/M, TOS, NetBSD, Linux, OpenBSD, SunOS, A/UX, NeXTStep/OpenStep, Amiga UNIX, Domain/OS, OS-9, Apple System/MacOS, TripOS – depois AmigaOS, PalmOS, Human68k, Sinclair QDOS).

Além disso, leitura de comentários.

E lembrando: dia 11 de agosto é a Retro Rio!

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e Giovanni
  • Duração aproximada: 75 minutos
  • Músicas de fundo: Músicas do Sharp X68000

URLs do podcast:

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#AmigaFeelings no seu PC: um papo com o criador do Icaros

Icaros é uma distribuição do AROS… calma, volta aí, o que é AROS? AROS é um sistema operacional que é um clone do AmigaOS 3.1, e roda em PCs x86 e em máquinas PowerPC. Icaros, nas palavras do seu criador Paolo Besser, é para o AROS “o que o Ubuntu é para o Linux”. Rohan Pearce, da TechWorld Austrália, bate um papo informal com o Sr. Besser aqui.

Bonitinho o bicho é. Deu vontade de reservar uma partição no meu velho e chato PC e começar a brincar.

Este artigo é uma contribuição do nosso amigo Juan Castro.

Atualizando o kickstart do A600

Confesso que foi um longo namoro no sítio da Vesalia Computer. Eu olhava para o item, ficava pensando se valeria a pena, aí refletia um pouco mais, considerava comprar mais alguma coisa e aproveitar o frete, ou seja, nunca que me decidia! No final, vencido pelo cansaço, acabei realizando a compra. Quinze dias depois, chegou cá em casa o integrado contendo o Kickstart 3.1 (rev 40.68) para a atualização do A600.

E antes que perguntem, ainda mais porque já falei duas vezes no assunto, considere que o AmigaOS, o sistema operacional nativo do Amiga, está dividido em duas partes:

  • Uma gravada em ROM e contendo as rotinas básicas de E/S, alguns drivers, pedaços da interface gráfica e, obviamente, a parte que cuida do bootstraping da máquina.
  • A outra, que fica armazenada em disco e que é todo o resto, ou seja, o Workbench propriamente dito, algumas bibliotecas, outros drivers (nativos ou de terceiros) etc.

Sem estas duas metades a única coisa que você vai ver seu Amiga fazer é te pedir para colocar o disquete (literalmente!), e dependendo da versão do Workbench que se deseje rodar, uma determinada versão do Kickstart será necessária. E, apesar dos A600 terem sido vendidos com o Kickstart 2.x (rev 37.xxx — e aqui a Commodore fez uma tremenda confusão), uma versão do Kickstart 3.x foi disponibilizada para ele e os demais Amiga com processador 68000.

Pacote

Como já havia dito, quinze dias após a compra um simpático envelope de tamanho A6 (não esperava receber nada muito maior) chegou pelos correios, e dentro dele estava a ROM. Além dele, três folhas contendo as instruções de instalação: para o Amiga 500 (em inglês e  alemão), do Amiga 2000 (inglês e alemão) e, finalmente, do Amiga 600 (só em inglês).

Instalação

O procedimento é bem “simples”: desconecte tudo o que você tenha pendurado no computador, abra-o (são três parafusos para soltar a parte superior — onde fica teclado, levante-a um pouco para poder soltar o conector do painel de lateral de led e, tomando cuidado com o flat do teclado, levante-o para acessar a placa mãe) e procure pelo único componente soquetado da placa. Com uma chave de fenda e bastante cuidado você vai soltá-lo e então com o dobro do cuidado encaixe o novo Kickstart.

Detalhe que a ROM original tem 40 pinos e a nova 38, é normal que fique sobrando um espaço de dois pinos do lado esquerdo mas a orientação deve ser mantida (veja na foto). Verifique tudo, depois verifique tudo novamente e aí é só ligar!

Uma surpresa!

Meu cartão ainda está com a versão 2.1 do Workbench mas algo que percebi rapidamente foi um pequeno ganho de performance. As coisas pareciam estar um pouco mais rápidas, e o jeito foi recorrer ao SysInfo. Verifiquei que o sistema realmente ficou razoavelmente mais rápido, cerca de 20% (o 1,32x apontado pela seta é quanto o meu A600 está mais rápido do A600 que o Nic Wilson usou como referência — antes mostrava 1,10x).

Finalizando, por enquanto

Considerando que qualquer ganho de performance é sempre bem vindo, a atualização, por si só, já compensou. E ainda há a possibilidade de rodar uma versão mais nova e com mais funcionalidades do Workbench e alguns outros programas. Pois é, acho que precisarei de um cartão Compact Flash maior também. 🙂

A seguir… Workbench 3.x no A600.

DraCo Cube

Faz algumas semanas apareceu no eBay inglês um sujeito vendendo um estranho computador chamado DraCo Cube que, na descrição do item, dizia se tratar do último e melhor clone de Amiga clássico. Foi justamente aí que não entendi nada pois não só considerava o A4000 como o último modelo lançado pela Commodore como também acreditava que a série nunca tivesse sido clonada. Então resolvi pesquisar um pouco e vejam só!

Após a falência da Commodore, em 1994, a MacroSystem teve um pressentimento de que não deveria esperar pelo aparecimento de uma empresa que resgataria o Amiga e o levaria novamente à glória (e eles estavam corretos). Assim eles cancelaram o desenvolvimento da versão Zorro-III da V-Lab Motion (placa de edição não linear de vídeo) e resolveram fazer um computador que pudesse rodar AmigaOS e, ao mesmo tempo, utilizar sua linha de produtos em edição de vídeo… assim surgiu o DraCo.

E sua configuração:

  • Processador Motorola 68060, operando a 50MHz (ou 66MHz);
  • Até 128Mb de FastRAM*;
  • Modos de vídeo de até 2400×1200×256 cores, 1280×1024×65536 cores e 1152×864 24-bit (Altais)
  • 32 canais simultâneos de áudio em 16-bit (Toccata)
  • V-Lab Motion
  • Uma portas serial RS232, paralela, SCSI (externa e interna), disquete, mouse (serial) e teclado (PC-AT).
  • E uma quantidade razoável de slots Zorro-II e Draco-Bus para você expandir o bicho.

(*) E com não tinha o “chipset” do AMIGA, ou seja, os customizados Agnus, Alice, Denise, Lisa, Paula etc, não precisava da ChipRAM — de forma bem rápida, a porção da memória RAM em que  a CPU e estes integrados acessam diretamente.

De peças da Commodore mesmo só foram utilizados o Kickstart e as CIA (Complex Interface Adapter, ou MOS6526) para cuidar da parte de E/S. Programas bem escritos rodavam sem maiores problemas nele e, claro, seu preço original era de cerca de USD$ 15.000,00 (no leilão está em torno de £1.500,00).  Se algum dos leitores arrematá-lo, não se esqueça de mandar uma foto sua ao lado do equipamento e nos contando se “State of the Art” e “Shadow of the Beast” rodam nele! 🙂

No Amiga Resource , Amiga history guide e Amiga Hardware vocês  poderão encontrar maiores informações sobre este membro “diferenciado” da linha Amiga.

KickTOS

Quem acompanha o Retrocomputaria Podcast há algum tempo vai se lembrar dos episódios 11 (sobre CP/M) e também o 12 (sobre Commodore versus Atari). Pois é, isto aqui está relativamente ligado a eles! Não é recente, na verdade já é até bem antigo, de 2008, mas um hacker alemão chamado Andre Pfeiffer resolveu levar paz às duas comunidades ou, o provável, colocar mais lenha na fogueiragasolina no incêndio.

O que ele fez?

Se aproveitando de uma característica do Amiga 1000, a carga do KICKSTART (BIOS, ou firmware se quisermos ser mais “modernosos”) a partir do disquete, ele resolveu adaptar o TOS, o sistema operacional do ATARI ST, para rodar nele!

Para quem preferir, uma versão com melhor qualidade:
http://www.a1k.org/download/area51/OLD/KICKTOS.MPG (32.7Mb)

Até aí nada de mais pois existem vários emuladores de ATARI ST para AMIGA como, por exemplo, o CHAMALEON. Mas no vídeo não está havendo emulação, e sim a execução do TOS de modo nativo no hardware do A1000. Acontece que a área da memória onde o KICKSTART é carregado tem 256Kb e já que o TOS ocupa 192Kb acabam sobrando uns 64Kb para se colocar todas as rotinas específicas para a arquitetura do AMIGA.

E como disse o autor, só queria tê-lo feito há 20 anos!

E onde entra o CP/M na história?

O sistema operacional dos ATARI ST, o TOS, é um sujeito chamado GEMDOS e que é uma versão empacotada de CP/M para 68000 com a interface gráfica GEM, ambos da DIGITAL RESEARCH. E, conforme dito no episódio 11, o CP/M foi originalmente concebido para rodar em vários modelos de computadores com processadores i8080 (ou Z80), que apenas uma parte dele, o BIOS,  era responsável pelo acesso ao hardware e que precisava ser escrita para cada equipamento. Nesta arquitetura as aplicações escritas pelo CP/M conseguiriam ser executadas sem necessidade de ser compilada para cada máquina em específico.

E justamente o TOS herdou tudo (de bom e de ruim) destes caras, principalmente a arquitetura que já previa uma certa “abstração de hardware” (consultem nos verbetes da Wikipedia sobre a BIOS do CP/M e a VDI do GEM).

Resultado do Amiga Games Awards 2011

A revista online Obligement divulgou o resultado da votação popular para a escolha dos melhores jogos da plataforma AMIGA em 2011. Quem votou deu sua indicação de quais foram os melhores jogos desenvolvidos para rodar em AmigaOS 68k, AmigaOS 4.x, MorphOS e AROS. E, ao contrário das edições anteriores, jogos incompletos, interpretados ou citados nas outras edições não foram incluídos.

Para matar a curiosidade, a lista dos primeiros colocados nas categorias:

Uma lista completa e acesso para as edições anteriores você encontra em: http://obligement.free.fr/hitparade/award2011.php

Vaquinha para comprar o Directory Opus!

O Directory Opus é, sem dúvida, o mais amado gerenciador de arquivos utilizado pelos usuários de AmigaOS! E confesso que só fui compreender todo esse amor quando resolvi organizar os arquivos no meu Amiga usando só os recursos do Workbench. Fiquei tão frustrado quanto alguém que tivesse tentado montar um castelo de cartas no meio de um vendaval, a culpa é da metáfora do Workbench que simplesmente não funciona quando o objetivo é ficar jogando arquivos de um lugar para o outro!

O objetivo é arrecadar a quantia de USD$ 5.600,00 para adquirir da GPSoftware o código fonte do Directory Opus Magellan II versão 5.82-AmigaOS, a úiltima versão para Amiga, e licenciá-lo na AROS Public License (baseada na Mozilla Public License 1.1). A compra incluirá o direito de uso do software em plataformas “Amigoides”(hardware real ou emulado), mais especificamente os sistemas operacionais AROS (todas as plataformas), AmigaOS e MorphOS. E, alcançando o objetivo e realizada a transferência dos fontes, os mesmos serão disponibilizados em um repositório SVN (subversion).

Para maiores informações e, claro, contribuir; acesse: http://www.power2people.org/projects/profile/64