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Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

Já ouviram falar de Cowgol?

Antes de tudo, a zuera é essa mesmo. Cowgol é uma linguagem de programação, fortemente baseada em Ada, com foco em sistemas pequenos, como o 6502, o Z80, entre outros. A meta da linguagem é que o compilador da linguagem funcione normalmente em um micro com um desses processadores, o que em tempos atuais, é um grande desafio. Descobrimos esse item peculiar quando resolvemos nos aventurar no Hackaday.

Logo, tem algumas características, como:

  • Ser uma linguagem moderna e segura em termos de tipagem, inspirada na linguagem Ada.
    Um backend orientado por tabelas, para tornar a linguagem fácil de portar.
  • Tem remoção de código morto e alocação estática de variáveis, conduzindo a binários pequenos e eficientes.
  • Ser rápido: Segundo o autor, ele compila o compilador no PC dele em 80 milissegundos.
  • Ser pequeno: O executável para 8080 tem 58 Kb (dividido em duas partes), e a versão para 80386 tem 70 Kb.

Os ports para processadores incluem:

  1. Z80 e 8080 (CP/M).
  2. 6502 e 65c02, ou seja: Roda num BBC Micro com o segundo processador, o Tube.
  3. 6303, e na versão específica para o Fuzix.
  4. Bytecode interpretado para o 6502. Fica menor, mas mais lento – pois a linguagem é interpretada.
  5. 80386, ARM Thumb2 e PowerPC (Linux).
  6. 68000 (Atari ST TOS e Linux m68k – se você achar uma máquina que rode esse sistema).
  7. 8086 (DOS).
  8. PDP11 (Unix V7).

É possível gerar binários grandes e horrorosos em C, justamente para facilitar o port do compilador para aquela nova plataforma: Pega o código transformado em C, e aí… “É só compilar!“. Ah, também é possível gerar código em Basic, mas o autor disse que foi só uma piada – mas funciona.

Ficou curioso? A linguagem é simples, lembra vagamente o Basic estruturado, tem documentação (não o bastante, mas tem!), é código aberto (licença BSD de 2 cláusulas) e pode ser algo interessante para mexer num final de semana chuvoso, de tarde. Vai lá e dá uma força pro David Given, e deixemos as vacas voarem.

Pra não dizer que não falamos de Unix…

Bem, vocês sabem que a Cidade dos Clássicos tem o Unix e suas variações como um dos seus sistemas operacionais favoritos, e que eles sustentam o funcionamento de toda a nossa infraestrutura. Falamos dos 50 anos desse sistema operacional no episódio 142.

No Abort Retry Fail, temos um artigo (que é de 2023), falando da história do XENIX, o Unix feito pela Microsoft. E se você não sabe, em novembro de 1980 a Microsoft assinou com a Western Electric para desenvolver um sistema Unix baseado no trabalho pioneiro, vindo dos laboratórios da Bell. Aliás, a ideia era que o XENIX tivesse versões para PDP-11, Intel 8086, Zilog Z8000 e Motorola 68000. O artigo é longo e detalhado, e recheado de curiosidades. Por exemplo, sabia que fizeram interfaces gráficas pro XENIX? Não, não foi a Microsoft que fez. Vale a leitura.

 

MSXRio 2024, de volta à Nave!

Pessoal, tivemos a MSXRio 2024 1a edição, depois veio a RetroRio 2024… Agora vem a 2a MSXRio 2024! A 46a edição da MSXRio vem aí, em 26 de outubro, sábado, a partir das 9:30 horas, na Nave do Conhecimento Engenho de Dentro, na rua Arquias Cordeiro, 1516, Engenho de Dentro. O encontro ocorrerá até as 16:30 horas.

A entrada continua como sempre gratuita, 0800, “di grátis”, paga nada pra entrar. Logo, não esqueça de fazer a sua inscrição, nesse link aqui do Sympla, e veja aí embaixo mais informações a respeito do evento.

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Domingo dos Vídeos: VCF Midwest 2024.


Vamos direto ao que interessa: Vídeos sobre a VCF Midwest 2024, que ocorreu agora, nos dias 7 e 8 de setembro de 2024, no Schaumburg Convention Center, em Chicago. Esta é a 19a edição do evento.

Este encontro tem algumas particularidades, como:

No mais, vários expositores conhecidos, como Action Retro (um dos meus canais preferidos na atualidade), Adrian Black, Ben Heck, a equipe de desenvolvimento da Fujinet, Mac84, Ron’s Computer Videos, The 8-Bit Guy e outros.

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Mais um MSX feito do zero…

… Mas pelo menos não é um MSX3. No australiano blog Kernelcrash, o autor contou num post de junho de 2021 (faz tempo, pandemia, sabe como são as coisas) como ele, dando continuidade a essa sanha montadeira de micros e videogames. Deve ser um desejo reprimido pelo cheiro do estanho, só pode…

Bem, ele começou com o Dick Smith Funvision, depois montou um Colecovision numa breadboard… E aí ele resolveu montar um MSX. Contemple abaixo a visão da máquina que ele montou, na breadboard.

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Domingo dos vídeos: O mito do MHz do Apple IIGS.

Userlandia é um blog, podcast e canal do YouTube mantido por Dan Vincent, que foca nas as facetas da computação e da tecnologia. Tecnologia retrô, política de tecnologia moderna, história da computação e o lado mais leve da computação são apenas alguns dos assuntos abordados.
Eu já vi alguns vídeos do canal, principalmente o material a respeito das VCFs, e considero de ótima qualidade. Em particular, acho muito bom o vídeo dele sobre a VCF MW 2022, que por acaso é o primeiro vídeo do canal.

E ele tem um longo vídeo falando sobre o mito do Megahertz do Apple IIGS. Eu confesso que guardo certa simpatia pelo IIGS, algo que deixei claro no episódio 131. O artigo é muito interessante e detalhado, fala inclusive de coisas que mencionamos no episódio (Apple IIx), mas como hoje é domingo… Deixo vocês com um vídeo de quase uma hora dele falando a respeito do Apple IIGS e do seu processador, o 65816.

PS: Antes que alguém se empolgue… Não, não vou romper meus votos MSXzeiros. Ao menos não agora.

Domingo dos vídeos: A história de Gradius.


Gradius é um dos nossos shmups favoritos, algo que deixamos bem claro nos episódios 147 e 148, que vocês ouviram aqui, com a participação do Rafael Lima, o maior especialista em shmups que nós conhecemos. E, nesse domingo dos vídeos, deixamos vocês com um documentário que fala sobre a história desse jogo tão emblemático… E que pelo visto, encerrou sua saga pelas mãos da Treasure, no lindo Gradius V.

E antes que eu me esqueça… Destroy the core!

Além do céu azul…


Agora você também pode seguir a gente lá no céu azul. Na verdade já tínhamos aberto essa Região Administrativa (assim como no Tiktok), mas não estávamos fazendo uso. Como aquela outra rede social cujo nome não mencionamos naufragou num mar de chorume, ressentimentos e lixo… Vamos expandir nossas áreas de atuação rumo à dominação mundial.

Se você quiser nos seguir por lá… Somos o @retropolis.bsky.social. Ajude-nos a divulgar a palavra da retrocomputação!

FAT32 para o alto e além.

Essa eu não sabia. Todos nós conhecemos o sistema de arquivos FAT (File Allocation Table), um daqueles vetustos recursos cujo uso atual deveria configurar crime de guerra pela convenção de Genebra, devido à sua idade e aos problemas decorrentes do seu uso inicial. Por ocasião que redijo essas mal fadadas linhas, o FAT tem 47 anos de idade (criado em 1977) para ser usado no Standalone Disk BASIC-80 (achou que era o CP/M? Achou errado, otário). Logo, ele foi feito para usar com disquetes nos anos 1970. E olhe lá.

Mas você sabe (ou deveria saber) que o FAT hoje em dia pertence à Microsoft, e a versão mais popular na atualidade é o FAT32, que tem limites de 4 Gb para tamanho de arquivos e 32 Gb para o tamanho das partições… Até agora.

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Duas notas rápidas sobre o Atari ST.

Atari ST foi nosso assunto no longínquo episódio 54, mas voltamos por aqui com duas notas rápidas:

  • No Atarimania, tem um utilitário bem simples, que você pode usá-lo para chavear entre as frequências de 50Hz e 60Hz. É o 50/60Hz (nome muito criativo), mas pode ser útil para quem passa aquele perrengue de micro europeu e micro americano.
  • No Retro Game Coders, um mini-curso para quem quiser programar em BASIC para o ST, usando o STOS BASIC.

Mãos à obra!