Todos os posts de Giovanni Nunes

Sobre Giovanni Nunes

Giovanni Nunes (anteriormente conhecido como “O Quinto Elemento”) é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis, responsável pela identidade visual de todas as facetas do nosso Império Midiático.

Punix OS, um UNIX para sua TI-92

Em 1995 a Texas Instruments lançou a série de calculadoras gráficas TI-92, além de sua tela LCD de 240×128 pontos, uma resolução de computador clássico, elas possuem, também, processadores de micros clássicos, no caso o bom e velho Motorola 68000 (nas frequências de 10MHz e 12MHz). Já tiveram ideias?

Pois é foi o que deve ter acontecido com o Christopher e assim ele resolveu desenvolver, ou melhor, vem desenvolvendo o Punix OS. Ele é um sistema operacional unix-like para as calculadoras gráficas da Texas Instruments baseadas no processador 68000, por enquanto apenas as TI-92+. Algumas das especificações:

  • Multitarefa preemptiva;
  • Conexão com um computador, ou outra calculadora, através da porta de E/S e
  • Reprodução de áudio pela porta de E/S (opa, essa eu quero ver).

E para quem quiser saber mais, além do blog com informações sobre o desenvolvimento pode também acessar a página do projeto no sourceforge.

Veja os disquetes do Prince of Persia

E Jason Scott* disponibilizou o ensaio fotográfico que ele ele produziu utilizando aqueles tais disquetes achados na bagunça pelo pai do Jordan Mechner. Uma excelente oportunidade para ver como era feito, ou não, o controle de versão entre os desenvolvedores no final da década de 1980.

(*) Jason Scott? Sim! Ele foi convocado por Jordan Mechner para tornar acessível o conteúdo dos disquetes! Por que? Jason Scott trabalha na Internet Archive!

Amiga grego!

Atualmente pensamos em duas coisas quando ouvimos falar da Grécia. Mas, fuçando pela Internet, acabei acidentalmente parando em um blog bem interessante sobre Amiga. Lá há muita coisa, tanto sobre o software quanto sobre o hardware do computador da Commodore. Falando sobre configuração do Workbench e suas ferramentas, até modificações no hardware (das pequeninas até as grandes). Inclusive análises sobre as aceleradoras ACA630 e FURIA S628, ambas para Amiga 600!

Vale a pena fazer uma visita!

Material sobre o ATARI VCS 2600

Sim, por mais que nós no Retrocomputaria evitemos muitas vezes falar de videogames, há um console em particular no qual é sempre bom falar dele: o ATARI VCS 2600. Aqui estão dois materiais muito interessantes sobre ele, o primeiro é o “The Atari 2600 Video Computer System: The Ultimate Talk” que foi apresentado na 28ª edição da Chaos Communication Congress. E o outro é a palestra “Programação para Atari 2600” do Carlos Duarte do Nascimento, o Chester, e apresentado na Dev in Sampa 2011.

Continuação de Wasteland

“Em 1998 ocorreu uma guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética. Estamos na metade do século XXI e partes do planeta se transformaram em territórios abandonados onde a sobrevivência é o principal objetivo. Você está no controle de uma equipe de “patrulheiros do deserto”, aquilo que restou do exército dos estadunidense, na missão de investigar uma série de fatos estranhos que estão acontecendo no deserto…”

Este é o enredo de Wasteland um jogo de RPG pós apocalíptico desenvolvido por Alan Pavlish, Brian Fargo, Michael A. Stackpole e Ken St. Andre para a Interplay Productions e publicado pela Electronic Arts (sim, a EA já fez outras coisas além de FIFA Soccer) em 1988. Uma resenha sobre o jogo foi feita por Carrington Vanston no episódio 12 do seu podcast de Apple II, o 1MHz.

Acontece que Brian Fargo sempre teve vontade de produzir uma sequência para o jogo (não, Fallout não é a continuação de Wasteland!), em 2003 ele comprou os direitos do jogo das mãos da Konami (João, tem como explicar como foi que os direitos foram parar em Kobe?) e em 2007 ele começou o projeto de captação de recursos para a produção do jogo que ele resumiu de forma bem humorada neste vídeo:

E no começo deste ano ele resolveu recorrer ao Kickstarter para conseguir os USD$ 900.000,00 necessários, que foram obtidos em cerca de 43 horas! E, como ficará aberto por mais alguns dias, ainda é possível contribuir para o desenvolvimento do jogo em troca, claro, de algumas recompensas (desde o download do jogo até [super]edições de colecionador cheia de coisas). E alcançando USD$ 1.500.000,00 a promessa é do lançamento de uma versão totalmente multiplataforma com versões para PC, Macintosh e Linux!

Turbo Chameleon 64

Lembram daquele ditado de que tamanho não é documento? Pois é, ele aplica-se diretamente a este sujeitinho aqui, o Turbo Chameleon 64 (TC64). Apesar de ter o mesmo tamanho de um cartucho de C64 (se você não faz ideia, é quase o mesmo tamanho de um cartucho de Atari VCS 2600) a quantidade de coisas que esta caixinha plástica amarela faz surpreende.

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E quando John Romero era adolescente…

…ele escreveu para Jordan Mechner uma carta totalmente fanboy para cumprimentá-lo sobre o Karateka e outras coisas. A carta original está obviamente em inglês mas tanto pelo aspecto histórico como também como comemoração ao anúncio do próprio Mechner sobre a nova versão do seu primeiro jogo, tivemos o trabalho de traduzi-la (claro, se alguma coisa estiver errada, avise que nós ajeitamos). Divirtam-se!

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Atari Coldfire Project (“FireBee”)

Justamente quando você acredita que está atualizado com o universo retrocomputacional uma inocente pesquisa no Google e acaba com esta ilusão. Foi assim que descobri o FireBee, fruto direto do Atari Coldfire Project (ACP), um projeto iniciado em 2002 e que ainda está em desenvolvimento. Conta com a participação de 37 pessoas na produção de um clone de Atari 16-bit baseado no processador Coldfire da MotorolaFreescale e disponível ao público pelo menor preço possível (portanto utilizando a maior quantidade possível de implementações e subprojetos abertos e/ou livres).

De acordo com a página do projeto e do pessoal do Medusa Computers Systems a especificação do bicho é a seguinte:

  • Processador Coldfire MCF5474@266MHz e 400MIPS — ou seja… 39940000% mais rápido que o MC68000@8MHz original (está bom?);
  • 512Mb de memória RAM;
  • 128Mb só para a parte de vídeo;
  • 512Kb de SRAM disponíveis para o DSP;
  • Compatível com TOS, MiNT, RTOS Pearl e Linux 68k;
  • Interfaces legadas do Atari 16-bit: IDE (TT/Falcon), disquete (ST/TT), SCSI (TT), ACSI (ST), ROM port, porta de impressora, porta serial (ST/TT), MIDI, som mono (ST), teclado e mouse.
  • Novas interfaces : saída de vídeo DVI, fast-ethernet, USB 2.0 (5 portas), porta para cartões CF e SD, som estéreo (no padrão AC’97), PS/2 e game-port, PCI
  • Possibilidade de operar com alimentado por bateria (cerca de 1 hora de autonomia)

E tudo em uma plaquinha com tamanho de 90mm x 260mm x 20mm (vejam a foto, o tamanho de uma placa de vídeo). Já encontra-se em pré-venda, algumas especificações podem ainda ser alteradas e o preço é de €599,00 (+frete).

E a Microsoft matou o Apple IIe?

O pessoal do Apple II History resolveu levantar a polêmica sobre a culpa, indireta talvez, da Microsoft na morte do Apple IIe. O artigo é bastante interessante, correlacionando a repentina retirada, no final de 1993, do Apple IIe da sua lista de produtos o provável término da licença de uso do MicrosoftApplesoft BASIC e a possível viabilidade econômica e interesse da Apple de renová-la por mais 8 anos.