Arquivo diários:14/10/2020

Retrohitz 202 – HVSC: Ben Daglish

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Este é o episódio 202 do Retrohitz.

Neste episódio

O nosso episódio anual do High Voltage SID Collection é especial, porque homenageia Ben Daglish, falecido em 2018 e que já participou de alguns Retrohitz.

Neste episódio, músicas de A a L.

Lista de músicas:

Alternative World Games
Ark Pandora
Artura
Avenger
Basil the Great Mouse Detective
Bens Music Selector 1
Bens Music Selector 2
Biggles
Black Thunder
Blasteroids
Blitzkrieg
Blood Brothers
Blood Valley
Bobby Bearing
Bombo
Bulldog
Butcher Hill
Challenge of the Gobots
Chicken Song s
Chubby Gristle
Cobra
Dark Fusion
DeathScape
DeathWish 3
Defenders of the Earth
Deflektor
Dogfight 2187
Firelord
Flintstones
Footballer of the Year 1
Footballer of the Year 2
Future Knight 1
Future Knight 2
Gary Linekers Hot Shot
Gary Linekers Super Skills
Gauntlet 1
Gauntlet 2
Greg Normans Ultimate Golf
Hades Nebula
Harvey Headbanger
H A T E
He-Man and the Masters of the Universe
Heroes of the Lance
Jack the Nipper 1
Jack the Nipper 2
Kettle
Killer-Ring
Krakout
Last Ninja
L O C O
Lunari

Ouvindo este episódio offline

Baixe o ZIP, descompacte e ouça com seu tocador de música preferido.

Onde este episódio (e todo o Retrocomputaria) está disponível

Os episódios do Retrohitz estão, como todo o conteúdo do Retrocomputaria, em muitos lugares: Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts, Deezer e, usando nosso feed RSS, qualquer programa para escutar podcasts.

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Há o Início e há o Fim. Vamos falar do Início.

Muitas e muitas vezes no podcast e no blog falamos do nosso ponto de corte. É o momento no tempo em que terminou a Computação Clássica e começou a Computação Moderna. É consenso que isso aconteceu no meio dos anos 90, quando as últimas plataformas que davam “biodiversidade” ao cenário da Computação saíram de cena. Por vezes citamos 29 de abril de 1994, dia da falência da Commodore. Mas acho que uma data melhor — mencionamos isso inclusive no último Repórter Retro — é 24 de agosto de 1995, data de lançamento do Windows 95. Por três motivos:

  1. Marca o início da era seguinte com a predominância do padrão PC (velho)
  2. É um número redondo (a importância dessa redondeza explicarei já já)
  3. Agosto é uma época apropriada para marcar o fim de uma coisa boa. 😢

Mas, como disse no título, este post não é sobre fins e sim sobre inícios. Quando a era da computação clássica começou?

Lançamento da Santíssima Trindade? Nãããão, bem antes. Altair 8800? Nananinanão. Antes. O primeiro microprocessador, de 1969? Ótimo chute, mas… não.

Exatamente 55 anos atrás, no dia 14 de outubro de 1965, foi lançada  no mercado dos EUA uma máquina vendida como calculadora de mesa, que podia armazenar e executar sequências de instruções e cálculos. Matéria do dia seguinte no jornal novaiorquino Daily News Record:

OLIVETTI LANÇA NOVAS DIMENSÕES EM COMPUTADORES

NOVA IORQUE — Um computador compacto e de preço econômico, que deverá inaugurar a era do processamento de dados para pequenos e médios negócios, foi lançado nesta quinta-feira.

O novo computador, chamado Programma 100 [sic], foi apresentado pela Olivetti Underwood Corp., marcando a entrada da empresa no mercado de processamento eletrônico de dados. Ele é descrito como preenchendo a lacuna entre grandes computadores convencionais e calculadoras de mesa.

“Lançado ao público”, diga-se, qualquer pessoa que pagasse o preço pedido podia comprar e levar pra casa, ou seja, “pessoal”. “Armazenar e executar sequências de instruções” significa que, por definição, o Olivetti Programma 101 era sim um computador. Portanto, um computador pessoal. O primeiro de todos.

Aqueles que nos acompanham há algum tempo lembrarão que ele já foi mencionado no Repórter Retro quando fez 50 anos.

Percebam que a Era Clássica da Computação durou quase exatos e redondos 30 anos. 1980, um ano cabalístico (VIC-20, Ian Curtis, greves no ABC, TRS-Color, Misha, Bonham, Reagan, Lennon etc…), foi exatamente o ponto médio.

E se você que nos lê nasceu depois de 14 de outubro de 1965, nem que seja só por alguns dias, saiba que — ao contrário deste humilde escriba — você já nasceu na Modernidade. Ninguém pode dizer que você é uma pessoa velha. Agora me dá licença que eu vou jogar damas na praça e ficar reclamando de como as coisas eram diferentes nos bons e velhos tempos. Harrumpf. Cadê minha bengala?