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DriveWire Lite

Mais um da série “Raspberry Pi + micro clássico + serial = diversão”. Desta vez, depois do Tandy 102 e do C64, é a vez do TRS-80 Color Computer.

Os fãs da plataforma já conhecem há muito tempo o DriveWire, software que permite ao CoCo acessar drives virtuais no PC via porta serial. Você roda a ROM do Drivewire no seu CoCo, e deixa um software servidor rodando no PC, atendendo às requisições de leitura e escrita via serial.

Esse software é feito em Java e tem uma interface gráfica cheia de firulas. O que significa que ele é pesado. Por exemplo, tentar rodá-lo em um Raspberry Pi de 256MB leva a nada além de dor e sofrimento.

Aí resolvi pegar a especificação do protocolo e reimplementá-la (de maneira ainda incompleta) na linguagem C. Num acesso de absoluta falta de criatividade, chamei de DriveWire Lite. O resultado vocês veem aí embaixo.

O programa ocupa míseros 10 KB (Não 10 M, 10 K!) e o impacto dele no processamento é, essencialmente, zero. Tem muita coisa pra melhorar ainda (principalmente quanto à configurabilidade) mas já dá pra se divertir.

Fazendo um Raspberry Pi virar drive de um Commodore 64

Como já falado em outras ocasiões, o drive de disquete 1541, do Commodore 64, é comicamente — quase memeticamente — lento porque comunica-se com o computador usando uma interface serial e um protocolo muito do chinfrim. Mas o objetivo aqui não é trollar o João Fidélis, o dono de 1541 mais folcloricamente emblemático da cena retrocomputacional brasileira. Em vez disso, foquemo-nos em uma palavra mágica: serial. Aí invoco a primeira frase de um post recente daqui do blog:

“Raspberry Pi. Internet. Cabos seriais. Micros clássicos. Parece bacana isso tudo junto. E é.”

Chris “FozzTexx” Osborn concorda. Por isso ele implementou o supracitado protocolo serial chinfrim (também chamado de IEC) num Raspberry Pi, colocou um conversor de nível TTL para compatibilizar o bicho com RS-232 e, ipso facto, transmogrificou-o em drive de Commodore! Se não acredita, vejam com seus olhos que a terra há de comer:

Como o protocolo IEC é notoriamente cascudo, a implementação não é ainda 100% completa, então é um trabalho em progresso ainda. O código-fonte da brincadeira está disponível no Github.

(Insentricity, via /r/retrobattlestations)

Um sopro de vida num Golem retrocomputacional

No caso, um terminal de vídeo VT100. A “alma” é um single-board computer baseado em ARM — parente próximo do Raspberry Pi, só que mais poderoso. Agora, o monstrinho que você vê abaixo é um computador completo rodando Linux!

O mais legal é que não foi necessário fazer nenhuma modificação no hardware do terminal. O VT100 tem, na sua placa lógica, um conector chamado STP, que permite adicionar qualquer hardware que você quiser entre o terminal e o conector serial dele. Imagino que a idéia, na época, tenha sido transformar opcionalmente o VT100 em um terminal IBM ou Burroughs, que usam protocolos diferentes. Ou terminal de videotexto, quem sabe?

Mas como estamos no ano da graça de 2013, Brendan Powers decidiu botar ali uma BeagleBone Black! Só foi necessário fazer uma plaquinha adaptadora que encaixasse no slot STP do terminal. Clique na foto abaixo para entender toda a mágica.

vt100(Cesar Cardoso via FB)

Peraí. Para tudo. Dois MSX com placa de rede fazendo chat online!

Placa criada por Luis Fernando Luca, e testada por ele e Fábio Belavenuto (co-criador do clone da ULA do TK90X). A placa tem porta Ethernet, leitor de cartão SD e, como se não bastasse, serial RS-232! Clique na imagem abaixo para ler a história do desenvolvimento da dita cuja:

Placa RS232 SD Ethernet MSX

E vejam o Belavenuto e o Luca “chateando” diretamente um com o outro, MSX e MSX trocando pacotes de dados via Internet. (Para os mais entendidos, datagramas UDP.) Destaque para o nível epifânico de gambiarra no Expert do Belavenuto.

http://www.youtube.com/watch?v=e2hZfTDSyjI

(Facebook)