Como já falado em outras ocasiões, o drive de disquete 1541, do Commodore 64, é comicamente — quase memeticamente — lento porque comunica-se com o computador usando uma interface serial e um protocolo muito do chinfrim. Mas o objetivo aqui não é trollar o João Fidélis, o dono de 1541 mais folcloricamente emblemático da cena retrocomputacional brasileira. Em vez disso, foquemo-nos em uma palavra mágica: serial. Aí invoco a primeira frase de um post recente daqui do blog:
“Raspberry Pi. Internet. Cabos seriais. Micros clássicos. Parece bacana isso tudo junto. E é.”
Chris “FozzTexx” Osborn concorda. Por isso ele implementou o supracitado protocolo serial chinfrim (também chamado de IEC) num Raspberry Pi, colocou um conversor de nível TTL para compatibilizar o bicho com RS-232 e, ipso facto, transmogrificou-o em drive de Commodore! Se não acredita, vejam com seus olhos que a terra há de comer:
Como o protocolo IEC é notoriamente cascudo, a implementação não é ainda 100% completa, então é um trabalho em progresso ainda. O código-fonte da brincadeira está disponível no Github.
Deve ficar ainda melhor com um protocolo menos tosco que o IEC.
Na realidade é a forma como se implementa o protocolo do IEC que vai definir a performance final da brincadeira (você pode ser “de raiz” e ter um outro C1541 ou então aplicar as pequenas modificações do protocolo pra ter algo mais usável)
Mas a velocidade de comunicação é a mesma do 1541 ? Ou seja, mais lento que o cassete de um Color Computer. #rindomuito
É assim, se você implementar o protocolo padrão, do jeito que ele pede as coisas, você terá a velocidade normal (“comum e corrente”) de um 1541; Se você conversar com o drive ignorando certas bizarrices (como enviar/receber duas vezes o mesmo dado) tu ganharás uma performance melhor mas se usar protocolo do JiffyDOS… terás só alegria 😀