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DriveWire Lite

Mais um da série “Raspberry Pi + micro clássico + serial = diversão”. Desta vez, depois do Tandy 102 e do C64, é a vez do TRS-80 Color Computer.

Os fãs da plataforma já conhecem há muito tempo o DriveWire, software que permite ao CoCo acessar drives virtuais no PC via porta serial. Você roda a ROM do Drivewire no seu CoCo, e deixa um software servidor rodando no PC, atendendo às requisições de leitura e escrita via serial.

Esse software é feito em Java e tem uma interface gráfica cheia de firulas. O que significa que ele é pesado. Por exemplo, tentar rodá-lo em um Raspberry Pi de 256MB leva a nada além de dor e sofrimento.

Aí resolvi pegar a especificação do protocolo e reimplementá-la (de maneira ainda incompleta) na linguagem C. Num acesso de absoluta falta de criatividade, chamei de DriveWire Lite. O resultado vocês veem aí embaixo.

O programa ocupa míseros 10 KB (Não 10 M, 10 K!) e o impacto dele no processamento é, essencialmente, zero. Tem muita coisa pra melhorar ainda (principalmente quanto à configurabilidade) mas já dá pra se divertir.

Aeros for Pi

Que? Não necessariamente diz respeito a retrocomputação, mas fala de Raspberry Pi e, vamos ser sinceros, a gente gosta pra caramba de falar dele! O projeto AEROS é uma distribuição hibrida de GNU/Linux, mais precisamente Debian, com o AROS. Ela está disponível para plataformas x86 e, claro, ARM, ou seja, nosso bom e (ainda não tão) velho Raspberry PI!

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Rodando jogos de Nintendinho no Linux. Não é emulador. Não é remake.

A gente procura se manter fora do assunto videogames, pois nossa raison d’être são os computadores. Clássicos. (Menos o seu PC, que é velho.) Mas volta e meia acontece algo no universo videogamístico que a gente simplesmente tem que mencionar.

E o que foi feito aqui, repetindo, não é um emulador nem um remake. Foi algo várias ordens de magnitude mais heavy metal. Veja abaixo:

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Retrocomputação com dois dígitos!

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Especialmente destinada aos que acham que retrocomputação é coisa de computador de 8-bits e programação em BASIC! Ela também pode ser de 16-bit ou 32-bit e ser baseada em UNIX (que diga-se de passagem já é quarentão)! Sejam bem vindos ao Obsolyte – “onde o antigo é elyte!

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O Linux se rende aos 8 bits

Linus Torvalds, antes de desenvolver seu próprio kernel, foi usuário e programador Sinclair QL. Durante muito tempo esta foi a única ligação entre Linux e 8 bits.

(Sim, eu sei que o QL é uma máquina de 32 bits, mas o barramento externo do 68008 é de 8 bits, então vamos forçar um pouco. Espero que entendam.)

Até que Dimitry Grinberg, velho conhecido da comunidade PalmOS (que, originalmente, usava Motorola Dragonball), resolveu provar que é possível rodar Linux num computador 8 bits. Pegou um ATmega1284p (microcontrolador de 8 bits, rodando a 20MHz, com 16Kb de SRAM e 128Kb de Flash), juntou módulos SDRAM de 30 pinos, um cartão SD e, para emular a necessidade de CPU e MMU de 32 bits do kernel Linux 2.6, escreveu um emulador ARM para o ATmega.

O resultado disso tudo? Uma máquina de 8 bits que roda Linux. Que funciona. Muito lento, é verdade – com uma CPU emulada a 6,5MHz, demora 2 horas pra chegar ao shell e mais 4 horas para bootar toda a instalação Ubuntu – mas funciona. É o “pior Linux do mundo”, como definiu o Hack a Day, mas também um dos mais simples, senão o mais simples.

Se você estiver disposto, tem um vídeo de 3 horas e meia com todo o processo, mas acho que você vai mesmo querer ver a “versão compactada”, com 11 minutos.

E agora sabemos que, sim, Linux roda em 8 bits 😉