Foi lançada pela Individual Computers a nova versão da Indivision, a AGA Mk2 A1200/4000T! As Indivision são placas de correção que instaladas em seu computador Amiga implementa uma nova saída de vídeo que permite a você utilizar qualquer monitor padrão VGA, não necessariamente os que suportam modos de vídeo com frequência de 15kHz.
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[UPDATE] Eventos em fotos
Infelizmente não temos tempo/dinheiro para irmos a todos os encontros onde gostaríamos de estar. Felizmente, desde sempre, existe gente que tira fotos para nos mostrar como o evento transcorreu.
O grupo MSXRio disponibilizou em seu site as fotos do encontro realizado no último dia 14 de abril, no Rio de Janeiro. Você pode ver as fotos clicando aqui.
O pessoal do MSX.org esteve em Nijmengen e tirou toneladas de fotos de lá – os destaques, um GR8BIT em ação (falamos do GR8BIT aqui) e a demonstração do port do AstroDodge, da Revival Studios, originalmente um jogo de Odyssey, para MSX e Colecovision.
Já o pessoal do PDX Commodore Computer Club nos mostra as fotos do evento de março – em que teve até um Sharp X68000 – e de abril.
Downfall para Amiga
Em um dos nossos primeiros posts falamos sobre o desenvolvimento, para uma das edições do Retrochallenge, de um novo jogo para computadores TRS-80 Color, o CoCo. Este jogo é o Fahrfall inspirado também no homebrew Downfall para Atari Jaguar e Atari Falcon030. Aliás o próprio Downfall foi baseado nos Spike Goes Down, para VECTREX, e Men Goes Down, para VCS, de autoria do Alex Herbert.
E agora é a vez do Amiga ter sua versão do Downfall! Ela foi desenvolvida em Blitz BASIC pelo pessoal da Remainder Software, tem como diferencial a possibilidade de ser jogado simultaneamente por dois jogadores (em modo competitivo, um pode atrapalhar o outro) e pode ser baixado, funciona em qualquer amiga clássico com pelo menos1Mb de Chip RAM e pode ser baixado, tanto como imagem de disco ADF (para gravar em disquete ou usar no emulador) quanto em pacotinho LHA (para instalar no HD).
O novo Amiga (da Commodore USA)
E finalmente a Commodore USA, depois de muita promessa, lança um computador com a marca Amiga.
Sim, este aí em cima é um Amiga – ou melhor, o Amiga Mini: Core i7-2700k de 3,5GHz, 16GB de RAM, placa NVidia GeForce GT430 com 1GB de memória, Blu-Ray, Wifi, HD de 1TB e Commodore OS Vision (ué, cadê o AROS?).
A 1995 dólares, o Amiga Mini é o topo de linha da Commodore USA, mas não é o único lançamento; o VIC Mini é uma versão “menor” do Amiga Mini, e o VIC Slim é um computador “dentro” do teclado.
Da imagem para o disco
Se você é usuário de Amiga 500 original com o drive em bom estado, conseguiu um bom lote de disquetes 3,5″ (infelizmente, hoje em dia talvez a parte mais difícil), tem diversos .ADF e quer rodá-los no seu micro, siga este tutorialzinho e seja feliz.
Turbo Chameleon 64
Lembram daquele ditado de que tamanho não é documento? Pois é, ele aplica-se diretamente a este sujeitinho aqui, o Turbo Chameleon 64 (TC64). Apesar de ter o mesmo tamanho de um cartucho de C64 (se você não faz ideia, é quase o mesmo tamanho de um cartucho de Atari VCS 2600) a quantidade de coisas que esta caixinha plástica amarela faz surpreende.
Retrocomputação de ler, ver e ouvir
Duas novas edições da Commodore Free (58 e 59), para você se manter inteirado sobre o mundo dos C64 e Amiga.
Já que estamos falando em C64 e Amiga, que tal… C64 x Amiga? É a proposta do Commodore Wars, uma série de vídeos comparando o mesmo jogo nas duas plataformas.
Para os fãs de fanzines de grupos espanhóis de MSX, todas as CALL MSX (em PDF) e Lehenak (em PPSX) disponíveis para download.
Quem está atrás de um podcast sobre Apple II agora tem o Not Another Apple Podcast, uma colaboração do Blake do Byte Cellar e do David Greenish do The Classic Computing Blog.
Atualizando o kickstart do A600
Confesso que foi um longo namoro no sítio da Vesalia Computer. Eu olhava para o item, ficava pensando se valeria a pena, aí refletia um pouco mais, considerava comprar mais alguma coisa e aproveitar o frete, ou seja, nunca que me decidia! No final, vencido pelo cansaço, acabei realizando a compra. Quinze dias depois, chegou cá em casa o integrado contendo o Kickstart 3.1 (rev 40.68) para a atualização do A600.
E antes que perguntem, ainda mais porque já falei duas vezes no assunto, considere que o AmigaOS, o sistema operacional nativo do Amiga, está dividido em duas partes:
- Uma gravada em ROM e contendo as rotinas básicas de E/S, alguns drivers, pedaços da interface gráfica e, obviamente, a parte que cuida do bootstraping da máquina.
- A outra, que fica armazenada em disco e que é todo o resto, ou seja, o Workbench propriamente dito, algumas bibliotecas, outros drivers (nativos ou de terceiros) etc.
Sem estas duas metades a única coisa que você vai ver seu Amiga fazer é te pedir para colocar o disquete (literalmente!), e dependendo da versão do Workbench que se deseje rodar, uma determinada versão do Kickstart será necessária. E, apesar dos A600 terem sido vendidos com o Kickstart 2.x (rev 37.xxx — e aqui a Commodore fez uma tremenda confusão), uma versão do Kickstart 3.x foi disponibilizada para ele e os demais Amiga com processador 68000.
Pacote
Como já havia dito, quinze dias após a compra um simpático envelope de tamanho A6 (não esperava receber nada muito maior) chegou pelos correios, e dentro dele estava a ROM. Além dele, três folhas contendo as instruções de instalação: para o Amiga 500 (em inglês e alemão), do Amiga 2000 (inglês e alemão) e, finalmente, do Amiga 600 (só em inglês).
Instalação
O procedimento é bem “simples”: desconecte tudo o que você tenha pendurado no computador, abra-o (são três parafusos para soltar a parte superior — onde fica teclado, levante-a um pouco para poder soltar o conector do painel de lateral de led e, tomando cuidado com o flat do teclado, levante-o para acessar a placa mãe) e procure pelo único componente soquetado da placa. Com uma chave de fenda e bastante cuidado você vai soltá-lo e então com o dobro do cuidado encaixe o novo Kickstart.
Detalhe que a ROM original tem 40 pinos e a nova 38, é normal que fique sobrando um espaço de dois pinos do lado esquerdo mas a orientação deve ser mantida (veja na foto). Verifique tudo, depois verifique tudo novamente e aí é só ligar!
Uma surpresa!
Meu cartão ainda está com a versão 2.1 do Workbench mas algo que percebi rapidamente foi um pequeno ganho de performance. As coisas pareciam estar um pouco mais rápidas, e o jeito foi recorrer ao SysInfo. Verifiquei que o sistema realmente ficou razoavelmente mais rápido, cerca de 20% (o 1,32x apontado pela seta é quanto o meu A600 está mais rápido do A600 que o Nic Wilson usou como referência — antes mostrava 1,10x).
Finalizando, por enquanto
Considerando que qualquer ganho de performance é sempre bem vindo, a atualização, por si só, já compensou. E ainda há a possibilidade de rodar uma versão mais nova e com mais funcionalidades do Workbench e alguns outros programas. Pois é, acho que precisarei de um cartão Compact Flash maior também. 🙂
A seguir… Workbench 3.x no A600.
DraCo Cube
Faz algumas semanas apareceu no eBay inglês um sujeito vendendo um estranho computador chamado DraCo Cube que, na descrição do item, dizia se tratar do último e melhor clone de Amiga clássico. Foi justamente aí que não entendi nada pois não só considerava o A4000 como o último modelo lançado pela Commodore como também acreditava que a série nunca tivesse sido clonada. Então resolvi pesquisar um pouco e vejam só!
Após a falência da Commodore, em 1994, a MacroSystem teve um pressentimento de que não deveria esperar pelo aparecimento de uma empresa que resgataria o Amiga e o levaria novamente à glória (e eles estavam corretos). Assim eles cancelaram o desenvolvimento da versão Zorro-III da V-Lab Motion (placa de edição não linear de vídeo) e resolveram fazer um computador que pudesse rodar AmigaOS e, ao mesmo tempo, utilizar sua linha de produtos em edição de vídeo… assim surgiu o DraCo.
E sua configuração:
- Processador Motorola 68060, operando a 50MHz (ou 66MHz);
- Até 128Mb de FastRAM*;
- Modos de vídeo de até 2400×1200×256 cores, 1280×1024×65536 cores e 1152×864 24-bit (Altais)
- 32 canais simultâneos de áudio em 16-bit (Toccata)
- V-Lab Motion
- Uma portas serial RS232, paralela, SCSI (externa e interna), disquete, mouse (serial) e teclado (PC-AT).
- E uma quantidade razoável de slots Zorro-II e Draco-Bus para você expandir o bicho.
(*) E com não tinha o “chipset” do AMIGA, ou seja, os customizados Agnus, Alice, Denise, Lisa, Paula etc, não precisava da ChipRAM — de forma bem rápida, a porção da memória RAM em que a CPU e estes integrados acessam diretamente.
De peças da Commodore mesmo só foram utilizados o Kickstart e as CIA (Complex Interface Adapter, ou MOS6526) para cuidar da parte de E/S. Programas bem escritos rodavam sem maiores problemas nele e, claro, seu preço original era de cerca de USD$ 15.000,00 (no leilão está em torno de £1.500,00). Se algum dos leitores arrematá-lo, não se esqueça de mandar uma foto sua ao lado do equipamento e nos contando se “State of the Art” e “Shadow of the Beast” rodam nele! 🙂
No Amiga Resource , Amiga history guide e Amiga Hardware vocês poderão encontrar maiores informações sobre este membro “diferenciado” da linha Amiga.
KickTOS
Quem acompanha o Retrocomputaria Podcast há algum tempo vai se lembrar dos episódios 11 (sobre CP/M) e também o 12 (sobre Commodore versus Atari). Pois é, isto aqui está relativamente ligado a eles! Não é recente, na verdade já é até bem antigo, de 2008, mas um hacker alemão chamado Andre Pfeiffer resolveu levar paz às duas comunidades ou, o provável, colocar mais lenha na fogueiragasolina no incêndio.
O que ele fez?
Se aproveitando de uma característica do Amiga 1000, a carga do KICKSTART (BIOS, ou firmware se quisermos ser mais “modernosos”) a partir do disquete, ele resolveu adaptar o TOS, o sistema operacional do ATARI ST, para rodar nele!
Para quem preferir, uma versão com melhor qualidade:
http://www.a1k.org/download/area51/OLD/KICKTOS.MPG (32.7Mb)
Até aí nada de mais pois existem vários emuladores de ATARI ST para AMIGA como, por exemplo, o CHAMALEON. Mas no vídeo não está havendo emulação, e sim a execução do TOS de modo nativo no hardware do A1000. Acontece que a área da memória onde o KICKSTART é carregado tem 256Kb e já que o TOS ocupa 192Kb acabam sobrando uns 64Kb para se colocar todas as rotinas específicas para a arquitetura do AMIGA.
E como disse o autor, só queria tê-lo feito há 20 anos!
E onde entra o CP/M na história?
O sistema operacional dos ATARI ST, o TOS, é um sujeito chamado GEMDOS e que é uma versão empacotada de CP/M para 68000 com a interface gráfica GEM, ambos da DIGITAL RESEARCH. E, conforme dito no episódio 11, o CP/M foi originalmente concebido para rodar em vários modelos de computadores com processadores i8080 (ou Z80), que apenas uma parte dele, o BIOS, era responsável pelo acesso ao hardware e que precisava ser escrita para cada equipamento. Nesta arquitetura as aplicações escritas pelo CP/M conseguiriam ser executadas sem necessidade de ser compilada para cada máquina em específico.
E justamente o TOS herdou tudo (de bom e de ruim) destes caras, principalmente a arquitetura que já previa uma certa “abstração de hardware” (consultem nos verbetes da Wikipedia sobre a BIOS do CP/M e a VDI do GEM).