Pessoal, aqui vão algumas fotos do unboxing (desembalagem) de um Canon V-20, um MSX 1 que adquiri junto a um amigo de Jaú, o WIlson Viana. Divirtam-se com todo o processo de abertura da caixa e a máquina.
Além disso, temos uma segundo álbum de fotos, com os MSXs que andaram aparecendo lá em casa. Tem um Sanyo, um Philips, um Panasonic, um Goldstar e o Canon supracitado. A origem deles? Holanda. Maiores detalhes? Num próximo post, onde vocês terão mais detalhes, e ainda verão um VÍDEO do unboxing. Nerd pr0n total!
Não é a coisa mais incomum do mundo encontrar protótipos e computadores raros no eBay, mas por algum motivo estes últimos dias estão animadíssimos.
Rodaram no site de leilão uma carcaça de Acorn “Phoebe” (aquele que deveria ser o RiscPC2, mas foi cancelado antes de ser oficialmente lançado, quando a Acorn saiu do mercado), um Atari Falcon 030 com a rara Soundlifter, um Apple WALT (uma espécie de telefone super-inteligente, em colaboração com a BellSouth, com touchscreen, stylus, e uma GUI Hypercard; foi anunciado junto com o Newton, em 1993, mas nunca foi lançado) e um MSX fabricado pela Dragon na Espanha (outro que chegou a ser anunciado mas nunca foi lançado)
Duas novas edições da Commodore Free (58 e 59), para você se manter inteirado sobre o mundo dos C64 e Amiga.
Já que estamos falando em C64 e Amiga, que tal… C64 x Amiga? É a proposta do Commodore Wars, uma série de vídeos comparando o mesmo jogo nas duas plataformas.
Para os fãs de fanzines de grupos espanhóis de MSX, todas as CALL MSX (em PDF) e Lehenak (em PPSX) disponíveis para download.
Um músico e artista gráfico japonês, Kou151, tem um certo fascínio por retrogaming. E, na seção musical do seu site, você encontra vários MP3 disponíveis para download inspirados em… MSX. Temos arranjos baseados em jogos japoneses como YS II – The Final Chapter, Xak – The Art of Visual Stage e Shalom (Knightmare III). Fica também a curiosidade de ouvir esse MP3, que é um arranjo da música Final Battle Ancient YS Vanished Omen, composta no tracker MuSiCa. O arranjo usa SCC e OPLL, e não tem no MSX, somente nas versões Windows e do FM 77 AV. Em breve, num Retrohitz perto de você. 🙂
O NTT CAPTAIN é um microcomputador padrão MSX, fabricado sob encomenda para a companhia telefônica estatal japonesa, a NTT. CAPTAIN (em inglês, capitão) na verdade é a sigla Character And Pattern Telephone Access Information Network. A tradução livre é “Rede de Informação em Caracteres e Acesso Telefônico”. Nós conhecíamos no Brasil algo similar, que era o nosso Videotexto. Serviços semelhantes eram o RTPtexto português, ou o Minitel francês. Na prática, um sistema de BBS estatal.
Logo, a NTT encomendou à Mitsubishi que fizessem um MSX2 que funcionassem como dispositivos CAPTAIN. Esses micros foram chamados de Captain Multi Station (CMS) por volta de 1986, e custavam o equivalente a R$ 2025,00 (câmbio de hoje), vários aparelhos foram vendidos e entraram em circulação.
Há quem diga que o governo japonês ainda mantém o projeto CAPTAIN no ar, embora tenha certamente sido deixado de lado por conta da Internet. Segundo o MSXzeiro Alex Wulms, o chip FM-PAC era capaz de gerar os “tons CAPTAIN” para o telefone, o que reforça a ideia da escolha do MSX como padrão adotado para ser a base de um dispositivo CAPTAIN.
Por dentro
Tirando o Daniel Ravazzi, não conheço mais ninguém que tenha um NTT CAPTAIN Station à mão. Sim, o Ravazzi tem e levou a Jaú, onde tive o prazer de mexer com um. Falo melhor das minhas (parcas) impressões no final.
Por dentro o NTT CAPTAIN Station é um MSX2 com 192 Kb de RAM, com PSG. sem drives de disquete ou portas de cassete, Kanji ROM, modem embutido, teclado destacável e opcional, saídas RF, RCA e RGB, 2 slots para cartucho, 2 portas de joystick e controle remoto. Vamos às considerações:
192 Kb de RAM? Bizarro, visto que MSXs tinham sempre múltiplos de 64 Kb, em geral (64/128/256/512 Kb), e não 2,5 vezes, como 192 Kb.
Cadê o FM-PAC? Bem, deve estar por lá, mas aí, só abrindo. Se topar com um integrado, como um MSX-Engine, aí lascou.
Sem drives de disquete ou portas de cassete… Só com interface externa de drive, ou IDE mesmo.
A Kanji ROM é fundamental, tem que estar por lá. Mas não é acessível por um CALL KANJI.
O modem não é acessível sendo MSX (CALL COMINI não funciona).
Teclado destacável… Coisa rara de se ver entre micros japoneses.
O controle remoto é algo que nenhum outro MSX teve.
Carcaça metálica, como os Philips NMS-8250, o que ocasiona maior peso. Sim, o dito cujo é pesado, 5,4 kg.
Minhas impressões são bem parcas, nada além de ter achado aquele o maior controle remoto que eu já vi na vida, e o teclado ser bem macio e agradável para a digitação.
Michael J. Mahon é um tiozinho simpático que, conforme ele mesmo cita na sua página pessoal, por muitos anos projetou servidores para a HP mas pela diversão o Apple II é seu computador favorito. Um de seus projetos mais interessantes é o AppleCrate II um cluster composto de 17 placas de Apple //e interligadas no qual ele começou a brincar com redes, computação paralela e sintetização de som! Um exemplo deste trabalho foi executar a música When I’m 64 em gloriosos(sic) 16 canais de som! Seth Sternberger, o Naughtyboy, é músico e junto com Michelle, a ComputeHer, formam o 8-Bit Weapon. Ele também concebeu e ajudou no desenvolvimento do jogo de ação Silo64 para Commodore 64. Juntos este dois sujeitos desenvolveram o DMS Drummer.
O DMS Drummer é um sequenciador de bateria para Apple //e, //c. IIc+ e IIGS baseado em wavetable. De forma bem resumida (eu disse resumida!) na síntese de som por wavetable fragmentos de ondas sonoras são armazenadas e alteradas, em tempo de execução, para se conseguir imitar o som de um instrumento específico e ele já inclui oito sons de bateria: “bass“, “snare“, “rim shot“, “hand clap“, “tom“, “hat open“, “hat closed” e “lazer”. Que podem ser organizados em até 16 padrões e estes arranjados em até 256 combinações. E cada um dos sons pode ser ajustado para um tom específico e, claro, sua composição salva em disco para reproduções futuras.
O programa pode ser adquirido diretamente “no loja” do 8 Bit Weapon e custa USD$14,95 na versão gravada em disquete de 5,25″ (sério!) ou USD$9,95 em uma imagem de disco (aí você mesmo transfere para seu Apple — mas aí é uma outra postagem). Mas está disponível uma versão de demonstração do programa para quem quiser experimentar e ver como é, ela é limitada em 8 padrões e não possui opção para salvar o trabalho. E falando justamente em trabalho, no começo deste ano o músico State Shirt arrumou um //c, se perguntou que tipo de música conseguiria obter dele, resolveu testar o DMS Drummer e o resultado pode ser visto, e ouvido, aqui:
E para finalizar, eu testei o DMS Drummer, a interface é bem simples e todas as funcionalidades estão acessíveis rapidamente pelo teclado. Mas, como música não é meu forte, o máximo que consegui produzir foi alguma barulheira estranha e sem sentido! Algo bem diferente do que alguém que sabe o que está fazendo conseguiria. É um programa bastante interessante e que surpreende pela qualidade do som, ainda mais quando lembramos que o Apple II de 8-bit, ao contrário dos contemporâneos Atari (POKEY), C64 (SID) e MSX (AY-3-8910), não tem seus próprios integrados “de fazer barulho”.
PS: Já citamos o AppleCrateII pelo menos duas vezes no podcast, então… Vá lá conferir!
Depois do Projeto Omega, do MMSX, do Projeto Júpiter, do CIEL 3++, o MSX-on-a-chip montado no Brasil e de tantos outros projetos, conhecidos e desconhecidos… Eis que surge mais um projeto para criar uma nova arquitetura, 100% compatível com o padrão MSX, mas ampliando as características desse micro japonês. E este é o Project Orbit, feito pelo WORP3 (também conhecido como Tjeerd Veenstra), o mesmo responsável pelo MIDI-PAC. citado em episódios anteriores.
Vamos à ficha técnica:
CPU compatível a nível binário com o Z80 e o R800, com arquitetura 32 bits e uso de metodologia pipeline.
No mínimo 2 Gbytes de memória RAM, e largura do barramento de 32 bits.
Chip de vídeo (VDP) de alto desempenho, poderoso o bastante para gerar imagens em formato HDTV (1920×1080). Ele terá sua própria memória de vídeo e um subconjunto para garantir compatibilidade com o V9958.
Processador de áudio on-board.
O gabinete é do tipo slim, 19 polegadas, e o dito cujo pode ser preso por suportes.
Lendo os comentários, vemos que a princípio, apenas saídas MIDI (MIDI-out) na placa protótipo e 4 portas USB (suporte a USB-MIDI está planejado).
Até agora, o que temos de concreto (?!) é o design do gabinete, que vocês vêem aí em cima. O projeto foi oficialmente apresentado no encontro de Nijmegen, Holanda, e em breve um site dedicado ao projeto estará disponível.
Opinião do editor: Mais um projeto que vai virar vapor. As especificações estão vagas demais. O que penso é que, se a arquitetura é compatível, mas é mais poderosa, deverá ser um ARM com um chip para emulação a nível de hardware. Mas os chips de áudio e vídeo estão vagos demais, e o gabinete, que é o que temos de mais concreto (novamente – ?!) é apenas simpático. Parece até um boato espalhado via email, só falta ter uma página desmistificando-o no QuatroCantos. A favor tem a pessoa que está por trás (e que provou ser competente, com o MIDI-PAC), e o benefício da dúvida. E só. Sinceramente, não sei porque não investir no MSX-on-a-chip, no seu código FPGA, e seguir nessa direção, conforme falamos no episódio 8. Agora… Duvidamos que esse projeto venha à luz, porque se vier… Iremos comprar. Afinal, é MSX.