RfYG nosso: Sony HB-201 (MSX 1)

Dando uma breve pausa na saga do Omega MSX Computer (já estou escrevendo a parte 4), trago um breve relato e imagens (muitas imagens) sobre mais uma manutenção brazuca, feita em um MSX meu, no caso esse cara bonitão aí de cima. Este é um HB-201, um MSX 1 da Sony.

Senta que lá vem a história.
Senta que lá vem a história.

Tudo começou quando, depois de um ano parado num depósito do Buyee, no Japão, o meu novo National FS-4500 chegou. A vinda dele é um triste e doloroso relato (principalmente pro meu orçamento), mas pouparei vocês desse drama… Mas deixarei apenas uma dica: Se você comprar algo com algum proxy no exterior, certifique-se de que eles tem o serviço de reempacotamento. Se não tiver, procure outro proxy (já que chamar de atravessador fica feio). E faça uso desse serviço. Isto quer dizer que trocarei de proxy, e estou pensando em experimentar esse aqui.

Mas isto aqui não é um post sobre compras no exterior (e isto me faz lembrar que ainda não fechei aquela série que eu comecei há quase 10 anos!), mas sobre um Rise from Your Grave. Então, o National chegou, e eu tinha agora dois National FS-4500: Este novo e um antigo, que já marcou presená em uma RetroRio, a de 2019. Só que um certo fudeba manifestou interesse em adquirir um desses National. Resolvi testar ambos, escolhi um deles para ficar comigo. O outro foi para seu novo proprietário. Só que, lá chegando, o micro não ligou. Raios. Duas vezes raios. Três vezes raios! Bem, e agora? Agora… Vamos ver alguém que possa dar manutenção nesse micro.

Ao mesmo tempo, estava eu às voltas com este Sony HB-201, que ilustra o post lá em cima. Comprei ele de um amigo (aliás, o mesmo que comprou o National FS-4500, mundinho pequeno e mal frequentado), e ele estava completo, funcionando… Só que tinha uma coisa irritante: Aquele firmware que a Sony coloca na inicialização, estava entrando sempre. Parecia que o micro não detectava os cartuchos de armazenamento de massa (USB-Mapper, IDE-Mapper ou SD-Mapper), e entrava direto. Limpei os slots, testei com uns cartuchos de jogos, até funcionaram… Mas eu quero é usar cartão SD ou pendrive com meus micros. Tentei abrir o micro, mas falhei miseravelmente, justamente por ter ENCAIXES. E eu odeio encaixes. Me dêem 10 parafusos, mas não me dê um encaixe. Sempre é aquele medo de quebrar, forçar demais… Yamaha e Casio, vocês mereciam surras de gato morto por usarem encaixes nos seus MSX.

E aí, conversa vai, conversa vem… O Fabio Santos (que já fez o RFyG do CP-500, partes 1 e 2 aqui), queria copiar a barra de espaços do HB-201 para fazer a reprodução em uma impressora 3D. O HB-201 dele (eu acho que é o modelo branco, ou como falam na MSX Wiki, cinza pálido) estava sem essa tecla. Resolvemos então juntar a fome com a vontade de comer: Mando os dois micros pra ele. Ele resolve o problema do National, dá um trato no Sony (como por exemplo, desativando o bendito firmware) e copia as peças que forem necessárias para serem clonadas e a gente se acerta. Ambos os lados concordaram, e lá fui eu fazer um grande pacote (9 kg!) para enviar dois MSXs juntos pelos Correios, via PAC.

Ao contrário da opinião de muitos, a caixa chegou inteira, sã e salva para o Fabio, em seis dias. O National… O problema era mau contato no receptáculo do fusível. Repara, conserta, solda, testa… E testa, e testa… Parece que está tudo certo. Ele está retornando nesse momento para casa, para alegria do novo proprietário (que saberá disso quando ler esse post, hehehe).

E o Sony? Bem, ele estava bem sujo, como vocês podem comprovar nessas fotos aqui embaixo:

Mais fotos estão no álbum do Google Fotos, cujo link está aqui. A maior dificuldade que eu tive, confesso, foi abrir o micro. Agora… Bastante poeira! Parecia até que jogaram terra pra dentro do micro… Muito sujo.

 
Mas funcionando. O firmware foi devidamente desativado (não faço nem questão de poder ativá-lo com uma chave liga-desliga, mantém essa desgraça desativada mesmo), e o estado do micro montado é esse aqui embaixo:

Tá bonito, né? A barra de espaços está bem amarelada, talvez um retrobright melhore. Tentei antes dar um trato nele, passar cera automotiva para minimizar os arranhões, mas sem muito sucesso – não, não vou passar uma politriz no micro, tá doido. Mas existe um produto (é vendido em lojas de produtos automotivos) que realça o preto do gabinete. Preciso lembrar o nome… Já pensei em personalizá-lo com alguma pintura, tipo umas chamas do lado, ou uma textura no gabinete… Eu não sou tão purista quanto alguns, logo gosto de mods também.

Esse Sony tem um design bonito e umas soluções simples para o uso cotidiano:

  1. Uma alça retrátil de transporte na frente;
  2. Um receptáculo para guardar o fio enrolado;
  3. Um pequeno manete para colocar entre as setas direcionais.

Bem apropriado para crianças que queriam levar seu micro para a casa dos colegas para fazer algo… Como jogar, claro. Ele me lembra o Hitachi MB-H1, mas a solução de design é bem mais elegante. Afinal das contas, it’s a Sony.

Bem, o micro ainda não voltou, está lá com o Fabio para as devidas cópias. Mas aguardo seu retorno e assim que chegar, atualizo o álbum de fotos (esse aqui) com mais fotos a respeito dele.

E já que eu falei em spacebar (barra de espaço), não tem muito a ver mas decidi compartilhar com vocês esta imagem aí de baixo, então vejam por sua própria conta e risco:

😀

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

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