Não, gente, Jack Tramiel e Chuck Peddle já não estão mais entre nós. Mas nós chegamos atrasados… E relatamos o falecimento de Lou Ottens, o engenheiro holandês que criou a fita cassete, e que fez a alegria (e causou a ira) de muita gente como a sua primeira mídia de armazenamento de música e de dados. Quem não teve as suas fitas cassete para salvar seus primeiros programas em BASIC, quis pisar no gravador devido ao ajuste (errado) do azimute e reclamou horrores da baixa taxa de transferência?
Se você não passou por isso, sua existência foi mais fácil nessa época. Lamento muito, pois as fitas cassete forjaram profissionais que desenvolveram a paciência de um monge budista e uma fé inabalável na tecnologia de então. O jogo seria carregado e não veríamos a mensagem: ERROR na tela.
Mas era o que tínhamos na época. Assim que pudemos, saímos desse meio para irmos para outro meio de armazenamento, o disquete… Mas nos anos 1990, muitos nos IBM-PCs multimídia, começaram a usar outra mídia de armazenamento de massa que Lou participou no projeto: O CD.
Como você pode imaginar, Lou era engenheiro da Philips e chegou a ser chefe de desenvolvimento de produtos da multinacional de origem holandesa. A fita cassete foi criada por ele lá em 1960, depois da sua insatisfação com as fitas de rolo para ouvir música, e a não existência de outro meio ainda o fez criar a fita cassete: Uma mídia que cabia no bolso da sua jaqueta – que foi o modelo para o tamanho da fita.
Segundo o site Tenho Mais Discos Que Amigos (isso porque eles não são o Roberto Carlos) , foram vendidas mais de 100 milhões de fitas cassete — e este é um número que está aumentando, em pleno 2021, devido à repopularização do formato como alternativa ao consumo digital.
E eu falei do CD, né? Pois é, Lou também fez parte do time que desenvolveu os compact disks, nos anos 1970.
Lou Ottens faleceu aos 94 anos de idade no sábado, dia 6 de março de 2021.
Nos anos 80, um drive de disquete custava os dois olhos da cara, um fígado, um coração e dois rins. Para a maioria dos usuários domésticos, as fitas cassete eram o meio mais barato e disponível para armazenamento, não havia escolha. Interessante lembrar que aqui em São Paulo, no final dos anos 80 e início dos 90, havia uma emissora de FM que transmitia programas para serem gravados em fita cassete.
Hum-hum. O Alexandre Fejes podia ser entrevistado sobre o “clip informática” já que chegou a ser articulista da MSX-Micro ?
Ainda tenho fitas Fe II com soft e joguinhos. Recordo que a Fita de impressora era bem pior de lidar.