Desde que foi anunciada, a exposição Game On: História, Cultura e Futuro do Video Game se transformou em uma prioridade máxima. Objetivo alcançado num ensolarado sábado à tarde de fevereiro, o que torna o lugar da exposição – o CCBB Brasília – ainda melhor, apesar de todo o inclemente sol brasiliense de verão, que aproveitou a trégua da estação chuvosa e veio com tudo.
A exposição ocupa a Galeria II e o pavilhão de vidro e se propõe a contar a história dos jogos eletrônicos e do mundo em torno deles.
A Galeria II está organizada de maneira bem cronológica: começa no Spacewar!, passa pelos arcades, passeia pelos computadores e videogames dos anos 80 (onde, claro, fiquei a maior parte do tempo) e termina mostrando diversos gêneros de jogos. Já a organização do Pavilhão de Vidro não pareceu tão bem resolvida, com setores escondidos (p.ex. a série SimCity/The Sims) e decisões que não entendi, por exemplo, colocar a cúpula com os videogames portáteis junto da parte dedicada ao Pokémon; uma pena, a ideia de colocar um quadrado com quatro jogadores jogando Halo 3 foi ótima.
E, do lado de fora, um jogo da velha.
Quanto à curadoria em si, diversos gêneros de jogos faltaram ou ficaram sub-representados – a falta mais gritante é dos jogos de lutas (só vi Virtua Fighter e alguns de NeoGeo, mas não vi nada de Street Fighter nem de Mortal Kombat), mas achei que faltaram simulações e jogos espaciais.
Nota dez para a interatividade – era possível jogar praticamente tudo, embora às vezes faltasse alguém da organização para resetar os jogos. Nota onze para o estado dos aparelhos – TODOS estavam impecáveis, até mesmo os mais antigos, como as cabines de arcade.
Para resumir: ir ao Game On é um programa obrigatório para quem gosta de retrocomputação e retrogaming. Não apenas pela oportunidade de vermos a preocupação histórica com a preservação da nossa memória, de vermos equipamentos de época, mas também de mostrar às novas gerações de onde vieram e para onde vão os jogos de computadores. Se você estiver em Brasília, corra que vai até 26 de fevereiro, se estiver em São Paulo ou Rio, torça para a exposição ir ao CCBB da sua cidade.
As fotos deste post, junto com muitas outras, estão no meu Flickr.
Bia Cardoso colaborou com esta resenha.
Caraca, tem MSX na exposição! E é um XDJ, um 2+ da Sony. Já tem meu respeito. Tenho que ir, se vier ao Rio.
A organização do evento é britânica, talvez explique a razão de ter MSX por lá.
Tomara que venha pro ccbb do rio!