Arquivo da tag: Apple IIc

Pacote de novidades para Apple II

Para alegrar seu domingo uma série de novidades para Apple II… Para começar saiu uma nova versão do ADTPro, a 1.2.2, o programa que permite a você transferir imagens de disco do seu computador (que rode Java) para seu Apple II, Apple II Plus, Apple IIe, Apple IIc (plus), Apple IIGS e, claro, Apple III através das portas do cassete, serial e ethernet. E esta versão tem uma novidade: suporte a imagens compactadas pelo ShrinkIt.

Já que foi citada a máquina virtual da SunOracle, foi disponibilizada uma nova versão do JACE, o Java Apple Computer Emulator. A ideia no desenvolvimento do JACE é a construção de um emulador que tenta reproduzir logicamente a toda a eletrônica de um Apple //e e, assim, imitando o modo de funcionamento da máquina original.

Voltando ao hardware real, durante a KansasFest foi apresentada por Alex Lukazi um teste de conceito de um adaptador bluetooth para computadores Apple II (montada a partir daquela placa de MP3).

E, para fechar agora, durante a KansasFest de 2011 o Steven Weyhrich, do Apple II History, recebeu das mãos de Stavros Karatsoridis uma edição do livro da Applesoft, o “Blue Book”, de 1977. Ele digitalizou e agora o deixou disponível.

Vídeo do final de semana: Apple IIc e IIGS no Computer Chronicles

Este episódio de 1988 do Computer Chronicles foi achado meio que por acaso, apareceu no meio dos vídeos sugeridos e, obviamente, não pude deixar de assisti-lo. Nele Stewart Cheifet e Gary Kildall (sim, o tiozinho do CP/M) apresentam os, então, novos lançamentos da Apple: o Apple IIc+ (a versão turbinada e com drive de disquetes 3,5″ do Apple IIc lançado 4 anos antes) e a versão 4.0 do GS/OS o sistema operacional que substituiu o ProDOS no Apple IIGS.

E tem muito mais, tem um Apple I dentro de uma “maleta 007”, John Sculley (então CEO da Apple), Macintosh IIx lendo disquetes de PC (uau!), Apple  IIGS acessando uma unidade leitora de CD-ROM, Paintworks Plus e a Anne Bachtold (que deve ter sido a inventora do mousepad — Por que? Assistam o vídeo!).

Montando seu equipamento durante a Kansas Fest

Para começar, o Vince Briel (da Briel Computers) anunciou os workshops de montagem de hardware que ele dará este ano na K-Fest. Você faz a inscrição comprando o/os kit/kits específico/especfícos e no dia você comparece com seu ferro de solda e outras ferramentas e o “tio” Vince vai te mostrar como é que faz. Ao todo serão cinco workshops e os respectivos kits são: Replica-1 (réplica do Apple 1), a Apple IIGS 4Meg RAM (expansão de 4Mb de RAM para o Apple IIGS , Apple II MP3 (a placa que toca arquivos MP3), Micro-KIM (a réplica do KIM-1 da MOS/Commodore) e Altair 8800micro (réplica do Altair 8800).

(A2Central)

Pré-venda do novo guia de usuários para o Apple II

O livro  “The New Apple II User’s Guide” (O novo guia do usuário para o Apple II, em uma tradução literal) foi comentado aqui no mês de abril e desde lá algumas mudanças aconteceram ao que foi dito anteriormente.

A primeira é que o livro, disponível a partir do dia 18 de junho, será vendido pela Barnes & Noble ao invés da Amazon, e a outra (a mais importante) é a mudança do preço de capa que caiu de USD$28,00 para USD$25,00!

E se você aproveitar a pré-venda ganha um bom desconto e pagando USD$16,87 pelo livro (mais frete, claro)!

Um passarinho me contou que o frete para o Brasil sai por USD$12,98!

Um novo livro para Apple II

“Trinta e cinco anos após seu lançamento o universo do Apple II continua bastante ativo, são novos emuladores, novos hardwares, novos softwares. Mas uma coisa está faltando, onde estão os novos livros?”

É assim que os autores, David Finningan e Mac GUI vault, apresentam o “The New Apple II User’s Guide” (O novo guia do usuário para Apple II). Uma publicação, primeira em décadas, indicada para todos os usuários de Apple II, dos pirralhosnovatos até os tiozinhosveteranos e tratando dos modelos de Apple II já lançados até as últimas novidades.

Cobrindo tópicos sobre a configuração do sistema, programação em Applesoft BASIC, utilização de unidades de disquete, impressoras etc… e até tópicos mais avançados como conexão do Apple II em rede e um guia para a solução de problemas.

Serão mais de 650 páginas (sim, em papel mas aprece que terá uma versão em formato digital também) e preço sugerido de USD$28,00 (no caso os autores é que tentarão manter o preço).  As vendas serão pelo Amazon a partir de (algum dia) de maio.

O G4 Apple IIc

G4 IIc system complete

Parece loucura, mas é só um engenhosíssimo mod: colocar um Mac Mini G4 dentro de um Apple IIc. Com direito a adaptar o teclado do Apple IIc para ser visto como um teclado USB pelo Mac Mini (Arduino está aí pra isso), a porta de mouse/joystick também foi convertida para USB, e houve a conversão da saída de monitor para o sinal monocromático do monitor da Apple.

Pelo menos o IIc estava não-funcional quando foi utilizado para o projeto – vocês sabem, ninguém arrancaria o cérebro de um Apple IIc funcional pra colocar um Mac Mini ou qualquer outro micro mais novo 😉

Brutal Deluxe Software

No, hoje, já remoto e longínquo episódio 2 do Retrocomputaria (continente europeu), falamos sobra a quase ausência de computadores nativos na França e sobre o quanto o Minitel pode ser considerado como o culpado de tudo. E realmente o cenário francês, principalmente nos computadores de 8-bit, foi bastante pequeno. E, quando comparado com seus vizinhos espanhóis (ZX Spectrum), alemães (C64) e holandeses (MSX) fica menor ainda. E, sim, não esqueci que a INFOGRAMES é francesa!

Mas acontece que o Apple II, e posteriormente o Macintosh, foi bastante popular na França. E é em algum canto de Paris que está localizada a Brutal Deluxe Software, um pequeno grupo de programadores especializados em Apple II e Apple IIGS que estão por aí produzindo software desde 1992 (sim gente, 20 anos!).

E o sítio deles tem bastante coisa! Desde de produções próprias como o editor de telas T40, para Apple II, até a versão de Lemmings para Apple IIGS ou a tradução do System 6.0.1 para o francês (ou seja, Système 6.0.1). Código fonte do VisiCALC e do ProDOS, documentação técnica e dois projetos deles de catálogo do software francês para Apple II e de recuperação do software originalmente disponível em fita cassete.

Para quem tem um Apple II, ou quer apenas conhecer o trabalho deste grupo e do de seus conterrâneos (patrícios?) vale a pena a visita!

DMS Drummer

Michael J. Mahon é um tiozinho simpático que, conforme ele mesmo cita na sua página pessoal, por muitos anos projetou servidores para a HP mas pela diversão o Apple II é seu computador favorito. Um de seus projetos mais interessantes é o AppleCrate II um cluster composto de 17 placas de Apple //e interligadas no qual ele começou a brincar com redes, computação paralela e sintetização de som! Um exemplo deste trabalho foi executar a música When I’m 64 em gloriosos(sic) 16 canais de som! Seth Sternberger, o Naughtyboy, é músico e junto com Michelle, a ComputeHer, formam o 8-Bit Weapon. Ele também concebeu e ajudou no desenvolvimento do jogo de ação Silo64 para Commodore 64. Juntos este dois sujeitos desenvolveram o DMS Drummer.

O DMS Drummer é um sequenciador de bateria para Apple //e, //c. IIc+ e IIGS baseado em wavetable. De forma bem resumida (eu disse resumida!) na síntese de som por wavetable fragmentos de ondas sonoras são armazenadas e alteradas, em tempo de execução, para se conseguir imitar o som de um instrumento específico e ele já inclui oito sons de bateria: “bass“, “snare“, “rim shot“, “hand clap“, “tom“, “hat open“, “hat closed” e “lazer”. Que podem ser organizados em até 16 padrões e estes arranjados em até 256 combinações. E cada um dos sons pode ser ajustado para um tom específico e, claro, sua composição salva em disco para reproduções futuras.

O programa pode ser adquirido diretamente “no loja” do 8 Bit Weapon e custa USD$14,95 na versão gravada em disquete de 5,25″ (sério!) ou USD$9,95 em uma imagem de disco (aí você mesmo transfere para seu Apple — mas aí é uma outra postagem). Mas está disponível uma versão de demonstração do programa para quem quiser experimentar e ver como é, ela é limitada em 8 padrões e não possui opção para salvar o trabalho. E falando justamente em trabalho, no começo deste ano o músico State Shirt arrumou um //c, se perguntou que tipo de música conseguiria obter dele, resolveu testar o DMS Drummer e o resultado pode ser visto, e ouvido, aqui:

E para finalizar, eu testei o DMS Drummer, a interface é bem simples e todas as funcionalidades estão acessíveis rapidamente pelo teclado. Mas, como música não é meu forte, o máximo que consegui produzir foi alguma barulheira estranha e sem sentido! Algo bem diferente do que alguém que sabe o que está fazendo conseguiria. É um programa bastante interessante e que surpreende pela qualidade do som, ainda mais quando lembramos que o Apple II de 8-bit, ao contrário dos contemporâneos Atari (POKEY), C64 (SID) e MSX (AY-3-8910), não tem seus próprios integrados “de fazer barulho”.

PS: Já citamos o AppleCrateII pelo menos duas vezes no podcast, então… Vá lá conferir!

Guia d’O Quinto Elemento para os Apple ][

Conforme citado, e prometido, na parte C do Episódio 19 do Retrocomputaria aqui está o Guia d’O Quinto Elemento para os Apple ][ (na falta de um nome melhor) em versão estendida. Ele foi montado a partir de informações da Wikipedia, de outras pescadas aqui e ali e de algumas coisas de cabeça mesmo. Meu objetivo não foi o de detalha as especificações técnicas de cada modelo mas, sempre que for necessário, incluir algo. Vale lembrar que os Apple II não tiveram mudanças radicais no hardware, todos usam o 6502, tem modos texto de 40×24 e gráfico de 280×192 e rodam (quase) todos os sistemas operacionais, aplicações e jogos. As diferenças entre eles são sutis.

Algumas observações:

(i) Os computadores Apple I, II e III constituem equipamentos totalmente diferentes entre si. São projetos de hardware distintos, apesar de guardarem, além do nome, certas características em comum.

(ii) Não vou falar do Apple IIGS agora, apesar dele ter toda a parafernália para que qualquer programa acredite que ele seja um Apple IIe.

E agora o que interessa e boa leitura!

Apple ][

É o computador original! Foi lançado em 1977 e já vinha naquela aparência que identifica de imediato um Apple II. Assim como seu antecessor, o Apple I, tinha com um 6502 rodando a 1,023MHz, 4Kb de RAM e o Integer BASIC, escrito pelo próprio Wozniac, embutido.

Apple ][ Plus

A primeira revisão do II, de 1979, inicialmente com 16Kb de RAM mas podendo chegar até 64Kb; o processador e frequência de operação continuaram os mesmos e a mudança mais considerável foi a substituição do Integer BASIC pelo Applesoft BASIC (o mesmo Microsoft BASIC para 6502 mas levemente travestido para se parecer com o Interger). Também teve versões adaptadas para a venda nos mercados europeu/australiano (O “Europlus” operando a 50Hz) e japonês (o “J-Plus” com fonogramas japoneses na tabela de caracteres). O II+ foi justamente o modelo mais copiado clonado de todos, só aqui no Brasil dá para citar o MC-4000 Exato da CCE, APII da Unitron, Apple II Plus da Milmar (sério!), Elppa II Plus da Victor do Brasil (oirés!) mas a lista é bem maior (quase 30!).

Apple //e

Com o fracasso do Apple III (o qual Woz dedica 4 páginas da sua autobiografia para… Falar mal), os engenheiros da Apple pegaram as boas coisas do projeto, tanto hardware quanto software, e implementaram no II+. Surgiu assim o Apple IIe (de enhanced, aprimorado) em 1983. Passou a vir de fábrica com 64Kb de RAM, expansíveis para até 1Mb, e suporte a caracteres minúsculos(!). A RAM era expandida através de um SLOT auxiliar (na placa mãe fica do lado oposto dos demais) e ao fazê-lo você habilitava a expansão horizontal da resolução conseguindo 80 colunas em modo texto e 560 no gráfico. Com a customização de alguns circuitos a cópia ficou mais difícil, não impossível. No Brasil tanto a MICRODIGITAL (TK3000 IIe e TK3000 IIe compact) como e CCE (MC-4000 EXATO IIe — é tão raro que poucos acreditam que existiu) fabricaram modelos.

Apple //c

Em 1984, junto com o Macintosh, a Apple lançou o Apple IIc (de compacto). Basicamente ele consiste em uma versão customizada do IIe com com duas portas seriais (para modem e impressora), uma unidade de disquetes de 5,25″ de 140Kb e 128Kb de RAM (modo de 80 colunas já habilitado) encaixotados em um gabinete único e compacto (pouco maior que um notebook atual só que obviamente sem a tela). O processador foi substituído pelo 65C02 (CMOS) fabricado pela WDC mas a frequência de operação foi mantida.

Apple Enhanced //e

Em 1985 a Apple fez uma atualização no IIe com o propósito de deixá-lo mais compatível com o IIc com atualizações na ROM (hoje diríamos que o firmware foi atualizado) e também passou a utilizar nele o 65C02. Aliás, perceberam que o nome dele quer dizer Enhanced II enhanced? Talvez a equipe de marketing da Apple estivesse tão ocupada tentando vender os Macintosh que não se importaram em deixar os engenheiros dar um nome ao produto (e fazer piada de engenheiro ao mesmo tempo).

Platinum //e

Em 1986 a Apple fez uma atualização “cosmética” no gabinete, adotando o tom cinza claro característico do visual “Branca de Neve” (o Snow White foi um estilo de desenho dos produtos da Apple, muito característico nos Macintosh mas que também influenciou os desenhos do IIc e do IIGS), tornou padrão os 128Kb de RAM e acrescentou (finalmente, diriam alguns) um teclado numérico auxiliar (outros diriam que copiaram na careta o TK3000 IIe). Este modelo foi comercializado até novembro de 1993.

Apple IIc Plus

Em 1988 foi lançado o último modelo de Apple II, o IIc Plus. Nele a unidade de disquetes de 5,25″ foi substituída por uma de 3,5″ de 800Kb e esteticamente ficou mais “cara de Macintosh” com o uso de conectores mini-DIN para as portas seriais, da troca da tecla da “maçã cheia” pela Option e, claro, um gabinete na cor cinza claro. Além da fonte de alimentação totalmente embutida (o ponto mais criticado do IIc e seu “tijolo” de alimentação) e aquilo que realmente o diferencia dos demais modelos, um 65C02 rodando a 4MHz! Não necessariamente uma novidade entre os Apple II, outras empresas vendiam a solução e o que a Apple fez foi licenciar de um deles, no caso a ZipChip.

——

E para finalizar, dois curiosos dispositivos foram ainda produzidos utilizando a tecnologia do Apple II. O primeiro, de 1991, foi o Apple IIe Card. Era uma placa que transformava seu Macintosh, com slot PDS, em um Apple IIe (os usuários mais radicais diriam que ela fazia um upgrade!). O objetivo era simples: fazer a substituição dos milhares de Apple II nas escolas estadunidenses. E o outro não foi bem um produto dela, ela apenas licenciou a tecnologia para que uma empresa produzisse em 2004 uma espécie de laptop infantil.

E por enquanto é só, até o próximo “post”!