Vídeo RGB e o problema de ser “bom demais”.

Quase todo mundo que gosta de computadores e consoles clássicos tem, ou quer ter, um monitor RGB. Para enxergar detalhes (modo de 80 colunas, estou falando com você) não há melhor. Experimente pegar o BASIC de um CoCo 3, ou de um MSX em SCREEN 0, e dar WIDTH 80 num monitor de vídeo composto. Veja que beleza que fica. #sqn

Mas há ocasiões em que a ruindade se faz necessária. Caso em questão: na quarta geração de consoles de videogames vimos pela primeira vez suporte nativo a RGB. Só que, em vários jogos de Super Nintendo e Mega Drive, a incapacidade do vídeo composto de distinguir mudanças rápidas de cores na horizontal foi usada para criar efeitos de transparência ou melhorar os gradientes de cores (algo similar aos bons e velhos color artifacts do Apple II, do TRS-Color e de outros).

Ao mostrar uma imagem que faz uso desses defeitos num monitor RGB… dá ruim. Este artigo do Nerdly Pleasures explica tintim por tintim o porquê. Deixe-me apenas mostrar como o Sonic, em vez de parcialmente obscurecido pela água de uma cachoeira, fica… ahn… hum… fatiado por ela.

Sonic the Hedgehog 2003Sonic the Hedgehog 2002

(Nerdly Pleasures)

Sobre Juan Castro

Juan Castro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis – a única cujo Micro Formador não foi o MSX (e sim o TRS-80). Idealizador, arquiteto e voz do Repórter Retro. Com exceção do nome, que foi ideia do Cesar.

0 pensou em “Vídeo RGB e o problema de ser “bom demais”.

  1. Em 320×200 ou 256×192 os pixels são tão grandes que cai bem uma suavização. Alguns micros clássicos em monitores novos LCD ficam parecendo emuladores. O legal mesmo é usar monitor RGB com tubo (CRT) a 15khz. Aí fica aquela cara de arcade dos anos 80!!

    Este blog tem muitos outros artigos sensacionais. Vale a pena conferir.

  2. Alguns emuladores já tem filtros que simulam o efeito do vídeo composto. Não é a mesma coisa mas ajuda bastante.