…cuja existência, a princípio, será somente online. Mas uma dose bem calculada de habilidosa tietagem no Facebook por parte do nosso colega Sander Souza fez o autor aventar, ao menos, a possibilidade de publicar cópias físicas. Torçamos! Enquanto isso, você pode ir lendo o livro online. Ele está sendo publicado como um trabalho-em-progresso no link acima. Tem até uma parte dedicada ao Amazônia!
E se você não sabe quem é Renato Degiovani, ouça aqui, depois ali e por fim acolá.
Com a palavra, o próprio:
Ao longo das últimas décadas recebi inúmeros convites e propostas para escrever um livro sobre jogos. Antes até de assumir a direção da revista Micro Sistemas, em 1983, já tinha sido procurado por duas editoras com este propósito.
Nunca aceitei esses convites. Achava que não tinha muito a dizer para os gamers, nem do ponto de vista da análise dos jogos comerciais, nem do ponto de vista do jogador inveterado. Até porque, nunca fui um grande jogador.
A minha praia sempre foi o desenvolvimento, o planejamento, o projeto e a execução. Mais ainda: a criação dos conceitos que envolvem o jogo propriamente dito. Minha turma sempre foi o pessoal que habita (ou pelo menos habitava) as madrugadas de programação.
E sendo assim, meu grupo de relacionamento é restrito, bem segmentado, altamente qualificado e antenado com programas, programação, código, artes e demais elementos que compôem a diversão de fazer, de construir.
Por esta razão posterguei durante tantos anos a feitura de um livro sobre jogos. E para aqueles que, como eu, gostam do fazer, não haveria da minha parte muito de técnico a ser dito. Pelo contrário: ainda tenho muito o que aprender com eles.
Sendo assim, resolvi finalmente escrever sobre a minha experiência com os jogos. Como encarei ao longo dos 30 anos em que atuo nessa área os desafios e dificuldades. As aflições, medos, esperanças e decepções que marcaram meu trabalho.
Farei isso em três partes: na primeira contarei como tudo começou e como foram os primeiros anos no mercado. A segunda parte será em formato de perguntas e respostas. Perguntas que nunca me fizeram, embora existam dezenas de entrevistas minhas pela rede. A terceira parte será em formato de jogo.
Não pretendo ensinar o padre nosso ao vigário. Se você é desenvolvedor ou prentende ser, ou já foi um dia, ou apenas gosta do assunto, este livro é dedicado a você. Encare-o como um longo e-mail de um colega que professa a mesma fé pela criação de jogos de computador.