Tem novidade no fim do post, gente. Vai até lá e veja.
Vamos lá, um dos problemas que sempre reclamamos quanto ao MSX é a lentidão do Z80 em operar cálculos mais avançados. A gente sabe que o Z80 é um processador com 40 anos, que tem as suas limitações… Assim como os seus amigos 6502, 68000, 6809 e tantos outros processadores que são do tempo em que eram numerados não nomeados.
Mas existem periféricos para várias plataformas que aumentam a capacidade de processamento. No caso do Amiga, as aceleradoras são hoje em dia periféricos indispensáveis, e quase onipresentes na vida de qualquer Amigável.
Com os MSX, isto é um pouco complicado, pois não tem a princípio como desabilitar o Z80 da placa-mãe e usar um outro processador em paralelo. Então, por que não usar processadores auxiliares, para fazer os cálculos para a gente? Eu já cantei essa pedra em 1999, mas muitos disseram que não era viável, que não valia a pena, que era burrice… Até agora.
A Tecnobytes lança um novo cartucho, que é a MSX FPU. FPU, para quem chegou na microinformática ontem e não sabe, é uma Unidade de Ponto Flutuante (no Brasil, o certo era Vírgula Flutuante, mas vá lá). Qual o seu objetivo? Óbvio, meu caro Watson: Acelerar os cálculos no seu MSX.
Não temos mais detalhes técnicos a respeito, mas é sabido que o pessoal que está desenvolvendo o OldBits Dev Studio está trabalhando próximo à Tecnobytes para colocar suporte a esse cartucho na sua IDE. Em breve, teremos também informações técnicas para termos bibliotecas para outras linguagens como Pascal, C, Basic, Asm…
E o que é possível? Bem… Que tal abrir imagens em JPG, decodificar MP3, ou termos jogos com física mais realista, como um Angry Birds da vida? O limite é a capacidade de cálculo desse FPU.
E finalmente… Não, não é vaporware. A placa existe, será produzida e se você não tem um expansor de slots, já arrumaste um bom motivo para ter um!
Quanto à novidade, olha aqui embaixo um vídeo da FPU em ação.
Que tal patchear o BASIC pra usar esse bichim?
Nestor Soriano vai amar fazer isso com o NestorBASIC. 😉
Um expansor de slots? Acho que vou precisar de dois ou um com mais slots…rsss
precisava de algo assim pro video, tipo que o ademir carchano queria, a ADVRAM.
Parabéns ao pessoal da Tecnobytes !!
Não entendo a idéia. Se é pra isso, melhor e mais simples trocar de arquitetura. Já não vai ser mais MSX mesmo 🙂
Alaor, eu li seu comentário e parei pra pensar…
Vc diz q se tiver uma FPU, n é + um MSX. Alguns dizem até hj q MSX s/ porta de cassete n é MSX, é “um compatível”. O Turbo-R usa um R800, então ele é “um compatível” segundo um certo projetista de hardware (é pq ele n conseguiu copiar o T-R, é despeito). Alguns falam isso tb dos MSXs feitos c/ chips FPGA. Se usarmos essa ideia, entào um Amiga c/ aceleradora (qualquer uma) n é um Amiga, mas sim um “compatível”. Afinal, o processador em uso não é mais o Motorola 680×0 q está dentro do micro, é o da controladora. Honestamente, acho tal afirmação errada.
Aí entramos numa questão filosófica: Então, o q define um micro sê-lo esse micro? Há quem diga q tá valendo qualquer coisa, inclusive um Raspberry Pi rodando OpenMSX. Outros dizem q tem q usar gravador cassete apenas, q uso de disk-drives já descaracteriza tudo.
A gente vai ter q levantar isso num episódio do podcast no futuro, pq isso é um assunto curioso pra ser discutido.
Em tempo, pra mim tá valendo ter algo pra auxiliar, inclusive por um Raspberry Pi conectado ao barramento do MSX pra fazer o trabalho sujo. Pronto, podem jogar pedras.
Corrigindo ” Com os MSX, isto é um pouco complicado, pois não tem a princípio como desabilitar o Z80 da placa-mãe e usar um outro processador em paralelo.” 🙂
Neste link explico em detalhes a tecnica para usar outro processador externo de forma eficiente no MSX. Eu chame esta tecnica de “Z80 zombie mode”
https://www.msx.org/news/en/msx-fpu-coprocessor-by-tecnobytes