Essa eu não sabia. Todos nós conhecemos o sistema de arquivos FAT (File Allocation Table), um daqueles vetustos recursos cujo uso atual deveria configurar crime de guerra pela convenção de Genebra, devido à sua idade e aos problemas decorrentes do seu uso inicial. Por ocasião que redijo essas mal fadadas linhas, o FAT tem 47 anos de idade (criado em 1977) para ser usado no Standalone Disk BASIC-80 (achou que era o CP/M? Achou errado, otário). Logo, ele foi feito para usar com disquetes nos anos 1970. E olhe lá.
Mas você sabe (ou deveria saber) que o FAT hoje em dia pertence à Microsoft, e a versão mais popular na atualidade é o FAT32, que tem limites de 4 Gb para tamanho de arquivos e 32 Gb para o tamanho das partições… Até agora.
A MIcrosoft planeja remover esse limite de tamanho de partições numa próxima versão do seu sistema operacional velho atual, o Windows 11. A princípio, o FAT32 poderia trabalhar com partições de até 2 Tb (naaaaão), mas esse limite foi introduzido no Windows 95 OSR2 de forma artificial. Agora… Adivinhe quem foi o responsável por isso? Sim, nosso chapa fã de PDP-11, Dave Plummer! O motivo? Bem, ele disse no X:
Também tive de decidir qual a quantidade de “folga no cluster” que seria demasiada, o que acabou por limitar o tamanho do formato de um volume FAT a 32 GB. (…) Esse limite foi também uma escolha arbitrária nessa manhã, e que ficou conosco como um efeito secundário permanente.
É possível no Windows ler partições de até 2 Tb formatadas com FAT32, mas o próprio não formata partições tão grandes nesse sistema de arquivos. Mas pelo que se viu nessa postagem no blog de desenvolvimento do Windows 11, o limite será retirado.
Antes tarde do que mais tarde.
Fonte: The Verge.
Partição FAT32 de 2TB? Isso me dá frio na espinha! Não obrigado, os clusters no mundo científico não merecem esse calvário…