E como foi a RetroRio 2018?


E lá se foi mais uma RetroRio. Como foi? Bem… Ouça nosso relato no próximo Repórter Retro. Ou então leia o que eu escrevi aí embaixo. O RR será lançado apenas no dia 27 de junho, então até lá, melhor ir lendo minhas mal-traçadas linhas. O álbum de fotos está aí embaixo também.

Agradecimentos

Antes de tudo, somos extremamente gratos ao Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian pela cessão do espaço, na pessoa da sua diretora, Elisa de Castro, e sua secretária, Lúcia Helena.

E a todos que foram, nosso muito obrigado. Alguns vieram de longe (como esse fudeba aqui, que fez um bate-e-volta). Outros vieram de mais perto, e estiveram mais de um dia. Outros fugiram do trabalho (teve empresa trabalhando na sexta) e vieram, outros correram para o trabalho, ainda que atrasados… E alguns puderam estar todos os dias, outros só vieram no final.

Como foi?

Por mais que gostamos muito, foram três dias bem cansativos. Mas valeu muito a pena, quase tudo deu certo. A maioria dos itens expostos eram MSXs, mas foi algo involuntário: A maioria é MSXzeira, então… Mas tivemos Commodores 64 e 128, Amigas (um 600), NEC PC-8801, ZX-Spectrum (Spectrum +3), Apple IIe (um TK-3000IIe), e ainda uma MiSTICA em uso.

Mais de 80 pessoas passaram pelos três dias de encontro. Coletamos as assinaturas, pois o espaço pede que assinemos as listas. É uma forma de avaliar o sucesso do evento. E em comparação com 2017, aumentou o número de participantes. Claro, tivemos prejuízo devido à greve dos caminhoneiros: Nosso banner novo não chegou a tempo, assim como nossos novos cartões de visita e nossos folhetos de divulgação do evento. Jogamos dinheiro fora com esse último, mas paciência. Foi por motivos alheios à nossa vontade.

Mas é uma alegria muito grande ver as pessoas vindo, participando, trazendo os filhos para conhecer e se deslumbrando com as novidades apresentadas nesse encontro.

A Clube MSX

Tivemos o lançamento da Clube MSX, e eu já estou lendo a minha edição. Ficou excelente! Se você não comprou até sábado de noite, saiba que ela ainda está à venda, agora pelo preço de capa de R$ 24,90. Se você comprou antes de sábado último e pagou o frete, saiba que o despacho da revista será a partir de hoje, dia 4 de junho. O Mario Cavalcanti está de parabéns pelo material apresentado e pela qualidade da revista. Como disse minha esposa, professora de Português, “Dá pra ver o cuidado na edição, eu não vi um único erro de ortografia“. E ela foi ler a revista. Elogiou os artigos, gostou do que foi apresentado, e da apresentação da mesma.

Alguns dos materiais aqui publicados terão versões revistas e ampliadas na Clube MSX. Estou pensando na série sobre retr0bright e a série sobre pintura, para as próximas edições, além de uma série sobre programação. Em breve, na edição no. 2, teremos novidades.

O jogo do Gustavo

Alguns viram o jogo do Gustavo Rybarczyk (sim, dizemos que somos meio-primos), pai da Maria Clara, médico radiologista de profissão e programador quando dá. E ele fez um Arkanoid em Assembly Z80 para o MSX, com uma fase e uma vida. Iau! Ficou bem bacana.

Conversamos com ele e sugerimos inscrever no próximo MSXDev. Afinal, não custa nada, já está pronto, faz uns acertos e manda. O pior que pode acontecer é ganhar nada, ora. Mas que ficou bacana, ficou.

Os novos

Um evento é sempre positivo quando temos gente nova aparecendo. Alguns pediram para serem inscritos nos grupos de WhatsApp da comunidade; outros ficaram impressionados com esse admirável mundo novo e querem participar de tudo. Ainda tivemos a visita de alguns que nos convidaram para eventos geek, com área aberta para vendas e trocas.

Claro, faltas foram sentidas. Como sempre, muita gente promete ir e não vai. Isso é normal, sempre tem algum compromisso que atrapalha… Ou não, é preguiça/esquecimento/promessa vazia mesmo. Mas sempre no final dos eventos, o João Cláudio Fidélis me pergunta sobre o meu balanço do evento. E eu respondo o que achei. Aqui, confirmo o que isse: Muito positivo!

Relatos

Queria destacar dois relatos, o do Marcelo Sávio e o do Victor Setúbal. São dois relatos de reencontro com os micros clássicos, que eu acho que são inspiradores. Tentarei contar sem detalhar muito.

O Marcelo Sávio tem o mesmo Apple IIc desde o lançamento dele, em 1984, nos EUA. Um amigo do seu pai trouxe esse micro para ele (seu pai contraiu uma baita duma dívida, mas… Pai é pai), e ele tem esse micro desde o ano da graça de 1984. 34 anos de relacionamento. Ele chegou a anunciar o micro para vender, em 1987. Mas na última hora, declinou da venda (e provocou a ira do possível comprador). Ele guardou o micro em 1994, e quando seus pais foram se mudar, em 2005, ele pegou o micro de volta. Aí abriu, olhou, mexeu, o micro sorriu pra ele, ligou… E funcionou de primeira. Aí danou-se tudo. Hoje ele tem quase todos os micros que saíram com o gabinete semelhante ao Apple IIc. No momento só falta um micro búlgaro, que ele viu apenas algumas fotos. Infelizmente ele não pode participar além de ter conversado conosco (e contado esse relato) na tarde de quinta passada.

O Victor Setúbal destaca-se por ter uma idade abaixo da média dos participantes. São uns 15 anos de diferença, pelo menos. Nem balzaquiano ele é, quase um garoto! Ele herdou um Expert MSX do pai dele (que é médico), e que estava guardado no fundo do armário. Esse micro era o xodó do pai dele, que mantinha as fichas dos pacientes em um arquivo em dBase II. Era um micro usado para trabalho, mas em 2016 foi destinado ao Victor. E o Victor tem colecionado itens de videogames também, mas como ele mesmo me disse, há 2 anos que eu só compro coisas relacionadas ao MSX! E nessa foi um Hotbit (que foi à RetroRio), um Sony HB-F1 (o 1o MSX 2 da Sony), interface SD/Mapper, monitor M1721A, software… E por aí vai. E os papos no grupo de WhatsApp sempre animados, com perguntas e muita curiosidade… É muito estimulante ver gente nova se interessando por aquilo que a gente tanto ama.

E o que mais?

  • Nosso Instagram está quase atingindo a primeira centena de seguidores. Postamos muitas fotos do encontro por lá, então se você não nos visitou, vá lá para ver o que colocamos. Mas no álbum, temos fotos do “Estragão” (como disse o filho de um amigo MSXzeiro), alguns vídeos e fotos que nào foram para lá.
  • Aliás, decidi abolir a câmera fotográfica em encontros. Por mais que não goste de fotografar com celular, funciona muito bem para postar e compartilhar em redes sociais. Mas ainda prefiro câmera fotográfica, de tirar retrato.
  • Muitos MODs sendo executados por micros diferentes. Kraftwerk foi lembrado efusivamente. Mas se o MSX não tiver turbo, o som vai chiar, pois o algoritmo vai desprezar a qualidade para não interromper a execução. E também tocamos SIDs, arquivos no formato AY, e até uns vídeos (cortesia da GR8NET).
  • Fui trollado por um dos meus MSX, o National FS4500F. No dia anterior, testei o micro todo. Experimentei os cartuchos, verifiquei o seu funcionamento, tudo tinindo. Chegamos no encontro e… O micro não liga. Desmontamos ele todo (e que trabalho que dá), verificamos o fusível, examinamos a fonte… E não achamos o problema. Bem, no primeiro dia usei um FS-A1ST (um MSX Turbo-R) emprestado (grato ao amigo Rogério Belarmino), e no 2o dia, um Hitachi MB-H3 (MSX 2) e o meu quase onipresente Sony HB-F1XV (MSX 2+). O Hitachi ainda fez a gracinha de travar a seta pra baixo ao executar o Sofarun, mas apenas aí. Não entendi, assim como não entendi ele não reconhecer a FM Sound Stereo da Tecnobytes. Bem, usei o Sony no último dia, e então tudo deu certo.
  • Alguns acessos à Internet, num vai e vém doido, usando um celular em tethering, um roteador wireless em bridge e uma placa de rede, seja uma GR8NET ou uma ObsoNet. Infelizmente minhas anotações anteriores foram perdidas, e eu não as encontrei. Mas muitas coisas estavam na cabeça, então fica mais fácil recuperar. E pelo menos o BBS do HispaMSX foi acessado. Agora é atualizar a ROM da GR8Net.
  • O almoço sempre saboroso e a um preço bem bacana, na Igreja de Sant’Ana, além do estacionamento gratuito do espaço e da presteza dos Guardas Municipais, fizeram a diferença.
  • Uma cadeira quebrada e uma sobra de mesas alugadas aconteceu. Infelizmente alugamos mais do que precisávamos, então tivemos que segurar as pontas. Mesmo assim, obrigado ao Márcio, que veio, visitou o evento e doou R$ 20 para ajudar no aluguel das mesas.
  • Em compensação, o grupo MSXRio vendeu muito mais do que o esperado, o que possibilita fazermos um caixa para os próximos encontros. Destaque para os bombons, que saíram rapidamente: Em 3 dias, mais de 60 foram vendidos.

Enfim, o encontro foi muito bom. Se você não foi, sabe que perdeu. Então, já se prepare para a RetroRio 2019. Pelo que tudo indica, será no mesmo bat-local, nos dias 20 a 22 de junho de 2019. E aqui vai o link pro álbum de fotos. Convidamos a todos que foram, que colaborem com esse álbum.

Vida longa aos micros clássicos! Viva a fudebagem!

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

0 pensou em “E como foi a RetroRio 2018?

  1. Foi uma honra ter participado desse encontro. Pude ver de perde muitos computadores que até então só conhecia de nome. Muito bacana! E que venha a MSX Rio segunda edição 2018!!!