MSX Area #07 – a resenha

IMG_20160417_162310Há uma certa nostalgia entre os fãs de retrocomputação por revistas em papel. Por mais que a mídia impressa como nós conhecemos esteja sendo substituída pela mídia digital (segundo um grande jornal do Rio de Janeiro, sua versão em papel para de circular em até 5 anos), ainda há aqueles que gostam de manusear o bom e velho papel. Seja por nostalgia, seja por necessidade em um banheiro público, seja pelo prazer de ler alguma publicação que não necessite de tela, bateria ou pilhas.

Portanto, a MSX Area é uma revista anual, impressa, feita pelo grupo de mesmo nome, e vendida nos encontros de usuários de MSX em Barcelona. Como o encontro é semestral (junho e dezembro), ela é vendida apenas nos encontros do fim do ano. E segue a tradição da Hnostar, de ser uma revista impressa, bem acabada para um público bem específico.

Agora, quer saber como essa edição caiu nas nossas mãos? Continue lendo…

Antes de tudo, caso vocês ainda não tenham reparado, basta clicar nas imagens para vê-las em tamanho ampliado. Custa nada lembrar.

A revista é vendida exclusivamente nos RUs de Barcelona, o que é uma pena: Tenho certeza de que outras pessoas iriam interessar-se por ela. Mas o custo para nós é alto, € 8 (no euro turismo, R$ 33,44). Aliás, não é barato nem para eles, já que a Europa está numa crise profunda e prolongada (em especial, a Espanha). Mas o produto é bem acabado, então ameniza (bem) o “prejuízo”.

IMG_20160417_162321Por dentro, logo temos o índice (56 páginas) e um editorial, e vemos que realmente tomaram cuidado no acabamento: A revista e toda colorida, em tamanho A4, e em espanhol. O foco tem sido falar de jogos, e dos encontros de usuários realizados na Espanha. Afinal das contas, quem iria hoje em dia trabalhar com um banco de dados ou uma planilha eletrônica em um micro clássico? Não compensa, então a decisão acertada de focar os assuntos.

Nessa edição, temos os relatos sobre RUs de Barcelona de 2014 e 2015 (46a e 47a), os resultados do MSXDev’2014 e o MSXDev Compo 2014 (concurso que foi encerrado recentemente).

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Além, tem uma área de games. Então, um comparativo entre os jogos Winter Games e Winter Events (nem sabia dessa divisão), e uma análise mais detalhada do Drainer, com a tradução do manual, do japonês para o espanhol, e o mapa das fases do jogo.

IMG_20160417_164048No final da revista, 2 artigos: Um sobre jogos interativos (LaserDisc) e outro sobre os diversos clones de Pacman para MSX. A matéria de capa é sobre o Booming Boy, Jogo feito pelo mesmo grupo que edita a revista, e mais um clone de Bomberman para MSX. Não sei o que esses europeus gostam tanto desse estilo de jogo… Ainda tem o anúncio do jogo Arcomage, da Bitvision, que é um jogo de estratégia com cartas, uma espécie de Magic the Gathering.

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Os artigos são interessantes, mas por apenas arranharmos o portunhol (como bons caras-de-pau que somos), acaba cansando um pouco a leitura. O artigo sobre jogos interativos é interessante por não se limitar ao MSX mas expandí-lo para o PC-88, Sega-CD (sim, tem Policenauts) e outras plataformas. Em geral a revista é muito bem feita, e é uma pena que não seja vendida fora das RUs MSX de Barcelona. A leitura é bacana.

Ah, vocês queriam saber como a gente teve acesso? Pois então, olhe a foto abaixo:

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Anúncio da Tecnobytes na quarta capa da MSX Area #07.

Como sempre digo, nada como conhecer gente que conhece gente. A Tecnobytes ganhou essa edição, e daí veio parar nas nossas mãos. O resto é história e a resenha acima.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

3 pensou em “MSX Area #07 – a resenha

  1. Material de ótima qualidade.

    Não poderiam vender a revista no modelo digital para outras localidades por um preço mais camarada? É claro, que no frete a situação mudaria de figura.

    De repente uma parceria para localização do idioma.

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