Opinião: PCs, Macs e as zonas nebulosas entre o Retro, o Clássico e o Velho

Opiniões totalmente subjetivas da parte deste humilde escriba. (E apenas deste, não falo pelos outros escribas igualmente humildes deste igualmente humilde blog.) Discutam.

PC e Mac

1) Originais da IBM (PC, XT, AT, Convertible, os primeiros PS/2 MCA): Clássico e Retro.

2) Os primeiros clones da Compaq; Toshiba T1000: Clássico e Retro.

3) Qualquer clone de PC que só tenha bus ISA ou EISA: Retro mas não Clássico.

4) PCs mais modernos que isso: Nem Clássico nem Retro, ou seja, Velho.

5) iMacs coloridinhos e “abajures“: Clássico mas não Retro

6) Macs PPC anteriores aos iMacs coloridinhos: Retro mas não Clássico

7) Macs posteriores aos iMacs coloridinhos: Nem Clássico nem Retro, ou seja, Velho. (Exceto, como dito acima, os abajures, que são lindos de morrer e portanto clássicos.)

8) Macs 68000: Clássico e Retro

Sim, estou ciente que isto tem o potencial de gerar bate-bocas dignos de religião, política e futebol, então se quiserem discutir um assunto mais leve, que tal… “O São Paulo está na zona de rebaixamento por culpa do PT, que é ateu e não gosta de times com nomes de santos!”

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FUI!

Sobre Juan Castro

Juan Castro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis – a única cujo Micro Formador não foi o MSX (e sim o TRS-80). Idealizador, arquiteto e voz do Repórter Retro. Com exceção do nome, que foi ideia do Cesar.

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  1. 1) Concordo!

    2) Ok, mas cadê as linhas Tandy 1000 e 2000 nessa parada ?

    3) Eba! Então meu primeiro PC, um 386 que está desmontado lá em casa já é Retro! Ele só tem ISA! 😛

    4) Isso! Lixo véio…

    Do 5 para baixo entra tudo no quesito “não interessante” para mim. 😛

    1. O Tandy 1000 é diferente o suficiente do PC para eu não enquadrá-lo como mero clone. Tem méritos próprios e sim, é clássico. (Na minha opinião.)

  2. Oi Juan,

    Como escrevi noutro canal de comunicação em massa, acho que o PC perde o conceito de micro clássico quando torna-se “carne de vaca” ou “um mero lego” tecnológico de peças compradas no Paraguay.

    Isto é, quando o usuário (ou atravessador) passa a “montar” PCs comprando peças de diversos fornecedores, de muambeiro, de rolo, de tudo quanto é procedência, mocoza tudo num gabinete e leva pro sobrinho ou põe na videolocadora para rodar Clipper.

    Isto deixa de ser clássico.

    Na década de 80 você não “montava” um Sinclair desta forma, nem um Apple II, por exemplo. Pelo menos não enquanto produto.

    Você “expandia” seu computador, mas o computador clássico tá lá.

    Em tempo, nosso colega Paulo Silva mencionou kits de Apple e Sinclair. Sim, existiram, mas até onde sei foram kits oficiais, produtos criados e vendidos pelos respectivos fabricantes para o entusiasta nerd, a nata fudeba da época. Mas os componentes eram “oficiais” homologados pelo fabricante.

    1. O usuário não “montava” os clones de Sinclair e Apple II mas os fabricantes nacionais montavam do mesmo jeito. A diferença é que o usuário final comprava montado, o que acontecia também com os clones de PC nacionais e muitos PCs que eram montados por muambeiros e adquiridos montados pelo usuário final (embora sem marca e sem nota fiscal). A diferença é que o usuário poderia comprar as peças separadas no Paraguai ou no muambeiro e montar ele mesmo. Além disso não era comum “importabandear” Sinclair ou Apple II via Paraguai.

      1. tenho a impressão que você limitou-se às linhas que continuam até hoje. Apple II GS, Atari ST e Amiga não são de 8 bits e não foram citados. Em minha opinião são clássicos também né não?

  3. O que é ser clássico? O que é ser retro? Qual o significado dessas coisas na origem das palavras (Latim… etc)? Daí a gente pode começar a conversar… 🙂
    Senão, clássico é o Eniac e o resto é velho. 🙂

    1. Na minha opinião retrô (e acho que tem acento circunflexo) é um produto novo produzido com design antigo. Clássico é um produto consagrado, que se fixou no imaginário coletivo como uma categoria ou “personalidade” (não achei palavra melhor) própria. Quando o produto está para além do velho, mas ainda não tem força para ser definido como clássico eu considero que entrou na categoria de antiguidade.
      Mas tudo isso é muito relativo e eu acho a classificação feita pelo Juan muito adequada apesar de ele ter evidentemente usado conceitos diferentes dos meus. Dentro da proposta dele eu concordo com a classificação feita.

  4. Eu concordo que PCJr e Tandy, além de PS/2 sejam sub-linhas de PC. Logo, apesar de rodar o mesmo software, tem hardware de expansão/periféricos diferentes. Digo o mesmo do NEC APCII que é aparentado do PC9801.

  5. Na minha humilde opinião sempre houve o clássico e o velho, retrô é modinha, pegaram coisas novas e fizeram algumas modificações para parecerem com coisas de uma época que fez ou mudou a história, o clássico é aquele antigão que ainda tá funcionando e faz-se de tudo para mante-lo original e velho é desgastado que já não tem mais como remendar nem consertar, só resta ser substituído por um novo!

  6. Corrijam-me se eu estiver errado, mas vejo uma contradição lógica entre os itens 5 e 7:

    5) iMacs coloridinhos e “abajures“: Clássico mas não Retro

    7) Macs posteriores aos iMacs coloridinhos: Nem Clássico nem Retro, ou seja, Velho.

    Os iMacs “abajur” não são posteriores aos iMacs “coloridinhos”? Se são, eles não cairiam ao mesmo tempo nas categorias “clássico mas não retrô” e “nem clássico enm retrô”?

    1. Concordo. Juan, corrija aí, na opção 7, para Macs posteriores aos iMacs coloridinhos e “abajures”. 🙂

  7. Podemos criar uma discussão a respeito da diferença entre Vintage e Retro. Vintage pode ser referente aos equipamentos originais; já retro seriam os que vem sendo os hardwares produzidos hoje em dia para a utilização com softwares e hardwares vintages. Por exemplo, um OCM seria retro, uma divIDE também. Já um Spectrum ou TR, vintage.
    há 4 minutos · Editado · Curtir

    Wikipedia:

    A palavra “retro” deriva do prefixo latino retro, que significa “para trás” ou “em tempos passados” – particularmente como visto na forma de palavras retrógradas, o que implica num movimento em direção ao passado, em vez de um progresso em direção ao futuro e, a posteriori, referindo-se um olho crítico ou nostálgico do passado.

    Vintage (do francês antigo vendenge – que deriva da palavra latina vindēmia) ou safra refere-se ao vinho produzido com uvas colhidas em determinado ano em que as condições climáticas, de produção e outros fatores que colaboram para que esse vinho tenha uma qualidade excepcional. A sua origem vem de uma palavra inglesa que está registrada em alguns dicionários nossos. Naquele idioma está atestada desde 14501 , com o sentido de “colheita de uma vinha”, do latim vindemia, formado por vinum mais demere. E esta palavra vem de de – “fora”, mais emere – “tirar”.
    Em 1746 passou a significar “ano em que foi feito um vinho”. Em linguagem geral, agora significa “algo antigo e bom”, “um clássico”. Denominam-se também vintage os vinhos do porto mais especiais que se caracterizam por terem a capacidade de envelhecer dentro da garrafa, sendo pois um vinho do porto não filtrado que ganha sabores muito especiais com o passar dos anos. O termo vintage foi acolhido também pelo mundo da moda para designar peças que marcam uma época, como roupas ou acessórios.

  8. Acho que os PCs são como as máquinas CP/M. A maioria das coleções e museus só se preocupam em ter um Altair 8800 por ter sido o início e um IMSAI por causa do filme “Jogos de Guerra”. E geralmente mostram o Altair “pelado” como era no lançamento, e não super expandido com placas de uma dúzia de fabricantes como eram realmente usados nas empresas.