Numa dessas nossas voltas pelos leilões das Internê, encontramos um IMSAI 8080 à venda. Olha só ele aí embaixo:
Quer saber mais, inclusive quanto ele custa? Então continue lendo…
Bem, vamos ao papo do vendedor. È um conjunto completo e enooooorme, com:
- o micro (o IMSAI 8080) em excelente condição (segundo o vendedor), com 3 placas instaladas nos slots;
- teclado AMPEX D125 e monitor;
- Um drive de disquetes de 8 polegadas duplo (2 drives) com 2 drives Shugart (da empresa que você conhece hoje como Seagate).
- Tudo com manuais.
O vendedor os negocia por não ter mais interesse em mantê-los. Para quem comprar, serão 3 caixas:
- Caixa com o IMSAI = 15 quilos.
- Caixa com os drives = 20 quilos.
- Caixa com o monitor, teclado e manuais = 15 quilos.
Um total de cinquenta quilos. Que tal? Envio para os EUA é de graça, para fora… Aí tem custo.
Vamos ao preço: O dito cujo botou em leilão, e fechou em US$ 2075. Sim, dois mil e setenta e cinco dólares. Fora o frete. E foram 25 lances. Como disseram na lista Videomagia: A strange auction. The only winning move is not to bid.
Se você quiser ver mais algumas fotos, no ImageShack tem algumas.
…e essa conversa disparou mais uma aula de conhecimento do homem-enciclopédia Jecel Assumpção. Citando:
“O módulo azul é o computador em si – todo o resto são periféricos opcionais. Dentro do computador tem um barramento do tipo S-100 e uma enorme fonte de alimentação. A configuração mínima é com uma placa de processador (originalmente 8080, mas depois o Z80 ficou mais popular) que normalmente incluia um pouco de memória RAM (uns 256 bytes, por exemplo).
Para fazer qualquer coisa com esta configuração mínima, você tem que colocar um programa na RAM depois de ligar a máquina. Isso é feito pelo painel frontal, que tem as chaves que você mencionou e um monte de luzinhas. Você coloca o endereço desejado em algumas das chaves (em binário!!!) e o dado em outras e aperta um botão “grava” para escrever na memória. Você também pode ler qualquer posição de memória e executar programas passo a passo ou em velocidade normal. Ou seja: o painel frontal é uma implementação em hardware do “debug” do DOS.
Mesmo quem começou com uma configuração mínima logo comprou mais placas de expansão. Uma placa com um programa de boot em ROM combinado com um controlador de discos, por exemplo, torna desnecessário todo o trabalho que descrevi acima. Umas placas de expansão de RAM são necessáŕias para rodar programas sérios. O CP/M precisa de pelo menos 20KB, por exemplo. Uma placa de porta serial pode ser ligada a um terminal, e ai a entrada e saída passa a ser texto normal e não números binários. Uma alternativa é uma placa de vídeo interna, como nos PCs modernos.”
O interessante do IMSAI no filme Wargames é que o treco já estava “ultrapassado” em 1983 (já tínhamos o Apple IIe, Commodore 64, TRS-80 mod III, TRS-80 Color II, Atari XL e até IBM-PC!). Ou seja o David já era um entusiasta de retrocomputação!
Tal qual o Dr. Heywood Floyd há 2 anos planejando sua viagem à Júpiter em um Apple //c…