E para encerrar a semana MSX… Mais um unboxing!

É pessoal, agora temos mais um inquilino aqui em casa. Como vocês já estão cansados de saber, uma das fascinações que sempre encontrei no padrão MSX é que tem micro de tudo que é tipo, de tudo que é fabricante. E desde que fui liberto pelas amarras repressoras da madame (oi Maria Cláudia! Te amo!), resolvi dar vazão a um sonho antigo, que é ter um MSX de cada fabricante. Preferi deixar os nacionais (Expert e Hotbit) por último, e tenho conseguido manter firme nessa empreitada. Vocês já acompanham toda essa minha história, com vídeos e fotos e posts aqui no R+, de unboxings anteriores. Nisso chegamos até aqui… Com mais um unboxing. Agora tenho um MSX da National, o décimo MSX a habitar minha casa.

Se você não quiser saber mais, pula lá para o final, para ver o álbum de fotos inteiro. Se você quiser saber a história, sente-se e acompanhe.

Há pouco mais de 1 mês, falei com um dos entendidos em SMJ, Y!J e leilões japoneses (não é o André Tavares) que tinha avistado um National FS-4600F. Este é um MSX2 da National, com uma impressora embutida, logo raro. Pedi para ele dar um lance por mim, de até 10.000 ienes. Ele deu um lance de 7500, que foi no final coberto e arrematado por outra pessoa por 7750 ienes (algo em torno de 175 reais). Fiquei um pouco chateado, mas o mestre emitiu palavras de sabedoria a este padawan: “Sempre que eu arremato alguma coisa cara, uma semana depois aparece a mesma coisa mais barato, vamos torcer…

Pouco mais de uma semana (11 dias) depois, ele me informa que apareceram TRÊS National no Y!J: Um FS-4500F branco (raríssimo), um FS-4600F (impecável, até a etiqueta em cima da impressora está lá), e um FS-4700 (com drive trocado). Todos do mesmo vendedor. Falei com ele que o branco me interessava, e como não tinha drive, o preço deveria ser menor. Afinal, não usaria drive mesmo…

Dado o lance, o micro foi arrematado por 5500 ienes (aproximadamente R$ 124). Quase 2000 ienes a menos do que o outro! Muito bom. Daí, solicitei ao mestre que fizesse uma extravagância: Que mandasse esse micro pelo correio, por via aérea (SAL). O preço do frete seria uma senhora facada, mas como foi barato o micro… Preferi pagar (caro) para ver. Nota: Se você quiser calcular frete entre Japão e Brasil, visite esse site do Japan Post. Estimei o custo em uns R$ 300 (sério), mas ficou em 11250 ienes (R$ 250, aproximadamente).

Agora, o impressionante: A caixa foi postada para o meu endereço no dia 18 de junho. A encomenda deu entrada no sistema dos Correios, no Brasil, no dia 24 de junho, última segunda-feira. E foi entregue na minha casa na quarta, dia 26 de junho. 8 dias entre Japão e Brasil. .

encomenda rapida expliquem ateus

Veio mais rápido do que as minhas encomendas entre Holanda e Brasil. Aliás, esse é, de todos, o pacote vindo do exterior para mim que chegou mais rápido. Em compensação, o recordista de demora ainda é o Al-Alamiah AX200, que levou mais de 2 meses.

Vamos à máquina: Ela é linda, branca, com a parte preta da impressora. Na traseira (vou ficar devendo uma foto), tem um conector SCART japonês, porta para impressora (irônico, não?), conectores RCA, e algumas chaves. Uma delas habilita o modo JIS da impressora. Em outra, descobrimos como desligar o modo wappuro do micro e entrar normalmente, como MSX. Como vocês podem ver na foto aí do lado, não dá para entender bem o que fazer, além de pressionar “4”.

A impressora dele é térmica e 24 agulhas. Logo, em papel normal e com um cartucho apropriado, ela imprime normalmente. Em papel térmico, ela imprime sem a necessidade de cartucho. Bacana, não? Nos testes, funcionou com IDE-Mapper, só que a sensação é que ele é um pouco mais lento do que outros MSXs. O teclado é duro e meio esquisito para jogar (mas tem 2 portas de joystick). Com o Music Module e executando o teste padrão (demo Unknown Reality), ele trava em uma parte, estranhamente… Mas ao pressionarmos SPACE, esse trecho é pulado e com isso vamos para uma próxima opção… E o demo segue todo.

A máquina está bonita, bem cuidada, e é mais leve do que eu imaginava (menos de 6 kg). O link para o álbum de fotos está aqui, com uma cortesia: 2 fotos de mais um MSX adquirido pelo André Tavares, um Sanyo Wavy 3. Este é um MSX da Sanyo (oooh) com 3 slots (uia!). Mas tem apenas 32 Kb (boo), e opções de ligar e desligar cada um dos 3 slots (cool). Olhem as fotos e divirtam-se.

Unboxing National FS-4500F (MSX 2)

Acabou? Hmmm… Não. O meu MSX vermelho está a caminho, então quem sabe, em breve, teremos mais um unboxing? E o espaço em casa vai acabando…

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

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  1. Muito legal este National. Está impecável, lindão mesmo.

    Parabéns!

    E o Wavy 3 é sensacional.

    1. O National é bacana mesmo. Agora, o Wavy3 encrencou c/ a IDE-Mapper, e só tem 32 Kb. Mas como ele é discreto, imagine as ideias q André, o Impiedoso, tem p/ ele. 😀

      1. Este cara é daqueles que tem três slots de cartucho? Se é discreto você trepa os outros 32KB de RAM sobre as memórias já existentes e pendura o /CS direto na PPI (ou é no Z80? — os universitários estão presentes?).

        1. Quase… ele só tem 32k de RAM porque ele só pode ter 32k de RAM… explico: Se ele tem 3 slots, significa que ele tem os slots 1, 2 e 3 externos, e somente o slot 0 interno. como ele precisa garantir RAM para poder fazer o boot, ele tem ROM nas páginas 0 e 1, e RAM nas páginas 2 e 3 do Slot 0.

          A esperança era ele funcionar com a IDE-Mapper, mas se não funcionou a RAM dele terá que ser expandida internamente, e para isso um dos slots terá que ser expandido. (é de bom tom evitar expandir o Slot 0 para evitar malcomportamento de programas que não seguem o padrão a risca)

          1. Ah! Ele tem RAM no slot 0! É o mesmo caso dos Talent, basta fazer uma “inversão na PPI”, um argentino fez o mesmo para que a IDE da Sunrise rodasse no MSX dele, devo ter em alguma das Hnostar.

  2. E quanto aos oito dias entre Japão e Brasil… Correio Aéreo! Já consegui o mesmo, mas em sentido contrário.

    1. Essas impressoras eram, por assim dizer, “híbridas”. Elas tanto aceitavam que você usasse papel termossensível (o tal papel de fax) como papel convencional (aí você deveria usar um cartucho contendo algum tipo de filme plástico — como as tais impressoras Zebra de código de barras). A FS-PC1, lançada junto com o Turbo R, já era mais sofisticada e tinha 48 agulhas!