O estranho mundo do NEC PC-98


É sabido até do Reino Mineral que nós temos um certo gosto pelo estranho, pelo bizarro e pelo inesperado. Como disse certo vilão especialmente convidado, justamente aquilo de mais esquisito é o que nos atrai.

Em particular, um dos vereadores dessa nossa cidade legislativa é entusiasta de micros japoneses, não só o MSX. O João Cláudio Fidélis tem interesse em tudo que é micro vindo da Terra do Sol Nascente, e aos poucos tem focado sua coleção em máquinas vindas desse lado do planeta.

Falamos muito do MSX por aqui (mas nunca o suficiente), um tanto sobre X68000, falamos indiretamente sobre o FM-Towns e outras máquinas da Fujitsu… Mas a NEC é uma promessa ainda não cumprida. Ainda mais o PC-98.

Em poucas palavras, o NEC PC-9801 dominou o mercado dos micros japoneses de 16 e 32 bits ao longo dos anos 1990. Apesar do processador ser da Intel (dos 8086 até os Pentium), não eram compatíveis com o IBM-PC, e venderam cerca de 18 milhões de máquinas, de 1982 até 2000.

No site Strange Comforts, há um artigo bem longo e detalhado sobre os NEC PC-98, inclusive mencionando a estética artística conhecida como… “PC-98”. 4096 cores, gradientes feitos à mão, há toda uma subcultura de artistas underground que fazem pixelart que poderia ser perfeitamente apreciada em uma máquina dessas da NEC. Podemos citar alguns sites, como o Noirlac (Tumblr), ITEM (Instagram), and Densetsu.ch (Instagram tb).

X-Girl PC-9801 (1994)

Mas a influência do PC-98 não se limita às artes e aos jogos picantes, mas há toda uma cena que nós, ocidentais, desconhecemos completamente. Enquanto nossos episódios sobre a NEC não vem, fiquem com esse artigo e conheçam um pouco mais sobre o trabalho da NEC.

 

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.