Então… Eu tenho um CP-500. Sim, na verdade eu ganhei esse CP-500. Não devo ter contado a história para vocês, então vamos lá:
Alguns anos atrás, estava eu um dia no almoxarifado central da fundação onde trabalho, um depósito grande e cheio de tudo que é tipo de coisas que são usadas por escolas e pela administração pública. Caminhando junto com o chefe do setor, de repente olho uma estante (de concreto) e vejo algo familiar. Pergunto se posso subir para dar uma olhada, e o responsável autoriza.
Escalo a estante (sim, foi uma pequena escalada) e encontro um CP-500 lá jogado, na 4a prateleira. Pergunto:
- Qual é a situação desse item aqui?
- Olha, já demos baixa nele. Logo, ele vai pra reciclagem assim que vier o caminhão.
- Quer dizer que ele não pertence mais à fundação? Não tem placa de patrimônio?
- Não, está liberado.
- Posso pegar para mim?
- Claro, pode sim.
- Posso vir com meu carro amanhã para pegar?
- Pode sim, eu guardo ele. Pena que você não veio antes, há poucos meses jogamos fora um CP-400 e um outro micro que não lembro qual.
Claro que eu lamentei a perda dos itens que foram anteriormente descartados, mas esse CP-500 é um golpe de oportunidade. Como diz minha tia, a oportunidade é careca, não tem cabelo para a gente agarrar e puxar. E no dia seguinte, fui eu com o meu Palio Adventure (que tinha uma mala grande e principalmente uma tampa de mala que abria bastante), encostei lá, subi na mesma estante, puxei o CP-500, segurei e… Gente, como esse treco é GRANDE. Grande e pesado. Na verdade ele não é tão pesado assim, ele é muito grande, então é ruim de transportar. Enfiei ele na mala do carro e sai todo feliz.
Levei pra casa, mas não liguei. Esse micro estava desligado há uns 15 anos, e é bem possível que houvessem capacitores vazados, danos nas placas, até animais invertebrados escondidos dentro dele. Guardei ele em casa, e depois subi ele para o sótão de casa – foi um sufoco subi-lo e colocá-lo sobre um banco de madeira no sótão.
Conversa vai, conversa vem… Bem, tem como mestre Oazem dar um trato nele? Acho que sim. E lá vai o CP-500 numa aventura para Belford Roxo.
Sobre o micro
Numa conversa com o chefe do almoxarifado da fundação, parece que esse CP-500 foi usado na administração da fundação (e antes disso, no departamento que lá existia) até o início dos anos 2000. O controle do setor de compras era feito nele.
Ele é um CP-500/M80, grafite. Padrão TRS-80 Model III. Dois drives de disquete de 5 1/4 polegadas full height (imeeeensos), monitor de 12 polegadas de fósforo verde, 64 Kb de RAM, etc. Segundo a Wikipédia, foi fabricado a partir de 1985.
A grande questão é… Funciona? Boa pergunta. Até ali, não sabemos. E o micro ficou um bom tempo ancorado no calabouço onde reside o vizinho de baixo do Cthulhu, sem resolver a situação. Até que…
Mas aí eu conto o resto da história no próximo post, ainda essa semana. Aguardemmm!
Gostei da frase, vou guardar: Oportunidade é algo careca, não tem cabelos!
Poxa, que golpe de sorte hein? Eu tive isso duas vezes. Meu MSX1 que está comigo um amigo ia descartar e me perguntou se eu queria. “Obvio”! (Lembrei do filme O Poço, que eu detestei rsrsrs, mas a frase não tem como não lembrar desse filme). Resultado: O Expert está aqui comigo, funcionando, e é onde jogo os de MSX1, inclusive o GnG. Também ganhei um Amiga A500 de um amigo (na verdade ex amigo, infelizmente nossa amizade foi desfeita em 2018 em razão de questões políticas. Ele brigou comigo, pois não aceitava que eu não votasse em quem ele votou e, na verdade, não votei em ninguém. Achei isso o fim da picada, mas paciência, vi muitas amizades se desfazerem naquele ano pelas mesmas razões. Sem mais comentários). Mas voltando… Nunca mexi em um CP500, mas que bela máquina! Se fosse comigo, faria a mesma coisa, daria um trato nele, e colocaria para funcionar. abraço!
, mas esse eu acabei vendendo para pegar um A1200. Mas também foram golpes de sorte.
Bela máquina, parabens! Pelo que me lembro, esse modelo, M80 tem modo de 80 colunas e capacidade de rodar CP/M.