Semana passada eu contei para vocês da epopeia do Fabio Santos, no processo de restauração do teclado do meu Paxon PCT-50, estrelinha fácil nos meus relatos retrocomputacionais aqui vistos.
Pois então, sempre me intriguei com ter aquela televisão de 12 polegadas com um MSX embutido em casa… E só usar para ligar um único MSX. Qual? Ele mesmo. O modelo seguinte, o PCT-55, já tem uma entrada RGB traseira, mais RAM (32 Kb) e é menos pesado. Mas quis a sorte, a fortuna, Deus, o acaso… Que esse PCT-50 fosse meu. Bem, a compra dele vocês sabem do relato, está aqui.
Mas eu fiquei encucado… Será que dá para ligar algum MSX via RF? Será que é possível fazer alguma adaptação? Bem, resolvi arriscar um pouco.
Como vocês sabem, ao contrário dos canais de Youtube destinados à restauração de micros clássicos, eu sou um zero à esquerda no processo. Ainda me falta (muita) prática com ferro de solda para chegar no nível de gente como… O Fabio Santos, que restaurou o teclado desse dito cujo. Além, não iria arriscar fazer isso com um computador que me custou tanto assim. E eu não queria fazer nenhuma modificação interna no aparelho. O jeito seria ligar via RF mesmo.
Numa conversa com o mestre de todos os CRTs, Alfredo Henriquez, falei sobre isto que me intrigava, e ele sugeriu: “Ué, compra um conversor RCA para RF”. Taí, ideia do capeta boa ideia… Vou no Mercado Livre, procuro… Tem a uns R$ 50, frete incluso. Mando vir um.
Alguns dias depois, o aparelho chega. Ligo na tomada, cato o cabo de antena da TV da casa (descobri que não tinha um segundo cabo coaxial em condições de uso), ligo na entrada de antena do Paxon, pego outro MSX 1 (um Toshiba HX-10, conforme vocês podem ver na foto) e ligo. Nada de imagem. Que diacho…
Numa pesquisa rápida, vejo que no Japão, o canal a ser sintonizado para o uso do RF externo eram os canais 1 ou 2. E como aqui em terra brasilis são os canais 3 ou 4… Acho que aí está o real motivo. Vamos remexer na sintonia então.
Muito provavelmente aqui no Brasil nunca será possível encontrar um conversor RCA para RF que opere nos canais 1 ou 2. Talvez fazendo uma boa procura no Yahoo!Auctions eu ache um. Mas pelo visto… Não vai funcionar com esse conversor.
Foi um custo para encontrar a frequência, mas eu tive um estalo: Eu tinha um conversor de conexão, um conector onde de um lado é o coaxial e do outro, um plug. Como os MSXs japoneses operam com RF nesses dois canais, decidi ligar o Toshiba direto na entrada RF do Paxon. Fui lá, selecionei o canal, conectei… E o resultado está aí embaixo.
Uma imagem bem aceitável, diga-se de passagem. Fiz mais uma foto, escrevendo caracteres em 40 colunas.
E olha o conector que eu usei:
Para fazer testes com um MSX japonês, é bem boa. Aproveito, faço os ajustes no seletor, no painel frontal (afinal, o Paxon é um televisor com um MSX embutido), melhoro um pouco… Mas se eu usar esse conversor RCA para RF, a imagem fica bem pior, como a de baixo:
Ficou bem ruim, além de estar deslocada na SCREEN 2. Como disse, talvez com um conversor RCA para RF que aceite os canais 1 e 2 funcione. Mas por enquanto os testes foram concluídos. Quando eu fizer a grande mudança no escritório (esperamos que para breve), pretendo colocar o Paxon na mesa, junto com outros MSXs, para que possa ser usado também como televisão. E aí terei mais uma tela para ligar meus MSX! Mesmo que em RF, que não é lá grandes coisas… Melhor ter mais do que menos.
Sim, eu sei que nem deve ser tão difícil assim puxar um soquete AV de dentro desse micro-televisão, mas eu realmente não quero fazer modificações nele. E novamente, se você quiser ver essas fotos, agora em alta resolução, estão em um álbum no Google Fotos. Qual? Esse aqui.
Eu acho esses micros vermelhos muito bonitos! Esse HX-10 aí é uma beleza também!
Como diz o Werner, MSX Red Army! 😀
Os “comunistas” aqui de casa são o Paxon PCT-50, o Toshiba HX-10 e o Yashica YC-64. Se bem q esse último nem é exatamente vermelho, está mais para um vermelho desbotado, quase color 9 (em termos MSXísticos).
Mas são realmente bonitos. Uma das coisas que me encanta no padrão MSX é essa diversidade de máquinas, de fabricantes, de formas, cores e sabores (epa). Tem MSX azul, branco, cinza, prata, preto, vermelho, esverdeado, azul petróleo (seja lá como definam essa cor)… Tem até marrom! Pelo menos esse marrom não é no tom… Cocô.
Se existisse MSX incorrozível amarelo-ouro, em Florianópolis e arquipélagos seria bem aproveitado.
Maresia destrói miolo dos clássicos de lá.