Bem-vindos ao episódio 92 do Retrocomputaria.
Sobre o episódio
Pirataria é crime. Não ataque navios.
Nesta parte do episódio
Mais piratarias de mídia, pirataria de software, mais pirataria de software, e o que mais surgiu pra fazer pirataria.
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Não sei nos anos 80, mas nos anos 90, aqui em São Paulo, o Primeiramão saía três vezes por semana. Se eu não me engano, saía Sexta, Segunda e Quarta
Na primeira empresa que trabalhei profissionalmente desenvolvendo um sistema ERP, utilizávamos uma ferramenta que criava um instalador para o sistema e este tinha um jeito de criar uma trava de proteção contra cópias, ele pegava o número serial do HD e misturava com um número aleatório + o código do cliente cadastrado na ferramenta. Toda vez que o cliente entrava no sistema, o mesmo checava se o número serial do HD era o mesmo, caso não fosse, já barrava e alertava que era uma cópia pirata. Isso ajudou bastante mas depois de um certo tempo, ficamos sabendo que alguém criou um aplicativo que mudava esse número serial do HD, nem preciso dizer o resultado disso. Não tem jeito, por mais que se crie alguma ferramenta anti-pirataria, sempre vai ter alguém tentando quebra-la.
Acho que eu tenho uma cópia do SISNE, se for do interesse, passa o e-mail que eu mando.
Opa, mande pro [email protected] !!1!1!!ONZE! 😀
Muito bom episódio, lembro de um colega que tinha grana para comprar esses jogos originais e essas travas eram trabalhosas, o jogo Indiana Jones and the Last Crusade vinha com um belíssimo manual e a senha era para escrever a enésima palavra tal da página tal. No Leisure Suit Larry tinhas algumas perguntas hilárias, uma delas eu lembro que era “Sex is… a) A mistery to me b) Great” . Quanto aos classificados de SP que eu me lembre era só o Primeira Mão, que era de graça mesmo.
Usei muito este serviço no fim dos anos 90:
https://www.macworld.com/article/2031816/hotline-revisited.html
Eu precisei usar Hardlock (na paralela) para um software que desenvolvi na minha empresa, pois fui alertado por um colega que trabalhava no cliente, que o gerente de RH estava pedindo ao pessoal de IT pra replicar nosso software em uma filial de São Paulo. Era uma grande montadora (join-venture de duas gigantes, que começava com Auto e terminava com Latina. Funcionou muito bem, eles nunca conseguiram copiar.
Sobre o Samba, fiquei curioso e também não encontrei muito na internet, mas tem um anúncio de 2 páginas na Micro Sistemas n. 88, destaque pro selo bem grande de registro na SEI (secretaria especial de informática) na caixa.
Com certeza é possível consultar mais sobre este caso nas edições da revista Micromundo de 1987; muito tempo atrás cheguei a consultá-las fisicamente na Biblioteca Nacional; seria bom verificar se eles digitalizaram este material para permitir uma consulta, agora, remota.
Taí uma coisa que eu fico me perguntando: O acervo da MicroSistemas e de Algumas outras (como a CPU) está digitalizado (inteiro ou quase inteiro) no Datassete, e as outras revistas, se pode encontrar em algum outro lugar? Isto seria importante para o caso de uma pesquisa histórica mais formal sobre o período (não sou nenhum especialista em História, mas tenho a nítida impressão de que o aumento do número de “fontes primárias” disponíveis nunca pode ser desprezado!).
E os Programas de TV que falavam sobre computação, existe alguma iniciativa de preservação? Ou o programa da Rádio USP (aquele que transmitia software por rádio)?
Pra quem já pirateou o Elite, hackear o arquivo de “save” para ter dinheiro suficiente para comprar o “docking computer” não é nada de mais, Yo ho ho!!!