Ah, o Toshiba FS-TM1… Eu o chamo de FS-A1 branco. Ele é, por fora, exatamente igual a esse MSX 2 da Panasonic, tão popular no Japão. Mas por dentro… Quanta diferença!
Vamos ao relato de como eu consegui esse micro. Senta que lá vem história.
Naquela época (final de 2014) eu estava à toda, catando coisas pra coleção, futucando tudo. Tem gente que vive no Yahoo! Auctions. Como vocês podem ver nos meus relatos, eu futucava em tudo: Retroclasificados, OLX, craigslist, Retro Treasures, Souq, Marktplaats, Kijiji… Até em site coreano eu me meti.
Mas a principal fonte de diversão ainda era o eBay. Não só o eBay americano, mas saí procurando nos eBays de toda a Europa. E numa andança pelo eBay italiano, topo com esse micro aqui:
Curioso, ele. Igual a um FS-A1, só que branco… Sim, ele me interessou muito, a ponto de querer quebrar minha promessa, do Um MSX de cada fabricante. Curti o micro. Quero esse. Vou lá falar com o vendedor, um italiano residente em Gênova. Ele pedia 80 euros: “Não, eu não vendo para fora da Itália“. Tentei usar toda minha (pouca) lábia… Mas o italiano continuava irredutível. Nem Suíça, nem Ilha de Capri, se bobear nem a Sicília. Nada.
Pedi a ajuda de um amigo, pra ver se ele não tinha pego birra de mim, apenas. Nada feito. Pelo menos não era pessoal. Comentei que o micro não tinha fonte (mas o conector é o mesmo malfadado conector do FS-A1), não tinha como testar… E o carcamano vaticinou: “Agora para fora só se me pagar 500 euros”. Filha da mãe… Acredita que o sujeito colocava o micro em leilões rápidos, de 24 horas, e relistava todo dia?
Aí o Juan Castro me fala: Acabo de acionar uma amiga da minha ex-esposa que casou com um italiano e mora lá. Se ela disser OK, tamos feitos. Foi a senha. E deu certo.
Fizemos o seguinte estratagema: O Juan Castro colocou o endereço dessa amiga da ex-esposa dele como o seu próprio endereço postal. Ele comprou o micro e o italiano mandou pelo Correio italiano (que é bem problemático) na casa dela. E ela postou, enviando via courier para o Brasil. Como ela devia um dinheiro à tia dela, aqui no Brasil, eu paguei o valor do frete (em reais) à tia dela, depositando numa conta da Caixa Econômica Federal. E é claro, paguei ao Juan Castro o valor do micro.
Peguei uma fonte do FS-A1 emprestada. Testei… Funcionou. O micro está funcionando! Ótimo. Então depois comprei uma fonte do FS-A1 no Japão, mandei pra cá e tornou-se a fonte dele. As fotos estão aqui e ele funciona muito bem. Só tive que apagar uns rabiscos feitos com lápis no gabinete, desmontei-o, limpei… O único problema é que ele briga com a GR8NET, não funciona… Mas aí é algo para investigar mais a fundo.
Uma última coisa… A remessa da encomenda era para a Rua do Carmo, aqui no Rio de Janeiro, onde o Juan trabalhava. E porque raios o italiano fez essa trolagem abaixo?
E eles ainda erraram o CEP, estou me perguntando até hoje como é que chegou no endereço correto. Mas chegou.
A propósito, interpreto a referência da rua como sendo ao pulha que comprou a supracitada empresa para dar calote nos empregados. Saudações ao desqualificado do Rodrigo Maia e a todos os outros escravocratas que acham que “Justiça do Trabalho nem deveria existir”.
Pelo visto os Correios são mais eficientes do que a média declara que é.
Na verdade o problema dos Correios é falta de dinheiro. Num podcast que ouço, um dos participantes reside numa cidade de médio porte do Sul Fluminense. Volta Redonda, a sede da CSN. Então, encomenda atrasou e lá foi ele no Centro de Entrega de Encomendas dos Correios para retirar a encomenda. Chegando lá e conversando com um funcionário, ele ouve: “O senhor desculpe pelo atraso, mas é que temos apenas 3 funcionários para fazer a triagem das encomendas”.
TRÊS funcionários para fazer a triagem de encomendas de toda a cidade de Volta Redonda. Desse jeito não dá pra ser melhor do que já é. Os caras estão fazendo milagre.
Pequeno parenteses: Nao seria o A1F preto e o A1 MKII grafite?
Verdade. Correção feita, obrigado!