Aquecimento para a RetroRio: T-25 dias e contando.


Prezados,

Conforme vocês viram no título aí em cima, faltam menos de um mês para a RetroRio 2018. A RetroRio, vocês já sabem, é o maior encontro de retrocomputação no Brasil organizado por um podcast especializado no assunto! Então vamos ter uma série de posts falando da RetroRio, das edições anteriores, do local, dos preparativos… Não perca!

Nesse primeiro post, vamos falar sobre como chegamos ao Calouste.

Este é o sétimo ano da RetroRio. Será também o segundo ano no qual o encontro ocorrerá no Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian (Rua Benedito Hipólito, 115 – Praça Onze). Mas… Como chegamos ao Calouste?

Desde o tempo em que o Giovanni ainda podia participar da organização da MSXRio, ele acalentava o sonho de usarmos o espaço do Calouste. Ele sempre falava, da localização, do espaço, etc e tal… Mas não sabíamos como tentar, nem tínhamos tentado. E o tempo passou.

Em 2017, ficamos sabendo que o Lar do Méier, o espaço no qual ocorre a MSXRio, naquele ano não poderia ser usado na data que queríamos (feriado de Corpus Christi). Eles tinham um evento marcado para essa data, e dada a disputa acirrada por feriados para encontros retrocomputacionais (feriados são bons para facilitar a ida de gente de fora da cidade-sede do encontro), não queríamos abrir mão desse feriado.

Então, numa conversa entre eu e minha esposa, e depois com um dos membros da Tecnobytes, tivemos um estalo:

E se a gente fosse à Prefeitura para pedir um espaço?

Afinal das contas, é uma manifestação cultural, o encontro. Não é o mais ortodoxo… Mas é cultura. Então fomos até o Centro Administrativo São Sebastião, atrás da Secretaria Municipal de Cultura. Achamos o andar (terceiro), mas não sabíamos com quem falar. E fomos batendo de porta em porta, até chegar no final do corredor. Lá encontramos duas pessoas. O homem mais jovem ouviu nosso pedido (inclusive sobre a nossa preocupação com a localização, um local que fosse de fácil acesso a todos), e pediu para enviarmos a ele um projeto por escrito. Como eu já tinha o projeto pronto, prometi que o enviaria assim que tivesse acesso ao meu computador. E assim eu fiz, cerca de uma hora depois. Ele gostou da ideia, mas pediu para que a gente falasse melhor a respeito depois do Carnaval – imagina como essa secretaria fica movimentada nessa época do ano.

Bem, passou o Carnaval. Passou o final de fevereiro. Passou metade de março e nada. Aí eu resolvi perturbar ele novamente por e-mail. Conforme o esperado, ele tinha esquecido. Mas, muito solícito, pediu um milhão de desculpas e disse que nos traria uma resposta logo.

Então, eis que no dia 20 de março de 2017, a diretora do Calouste, Elisa de Castro, nos contactou. Fomos até lá pessoalmente e conversamos. De uma simpatia ímpar e uma presteza difícil de ver por aí, ela nos abriu as portas, e nos cedeu a maior sala, o Mercado das Artes, a um custo baixo.

Mas como assim, custo baixo? Se é da Prefeitura, o custo deveria ser zero! Sim, até deveria. Mas poderíamos fazer uma permuta pelo uso do espaço. Eles estão carentes de insumos, e nós poderíamos ajudar. Logo, foi-nos solicitado uma contrapartida em material, uma doação para o Calouste. Por mim, sem problemas. Eu acho uma ótima ideia. Em 2017, fornecemos um rolo de fio que foi usado numa manutenção do teatro. Em 2018, foi nos pedido com certa urgência um banner para divulgação de uma exposição que ocorreria lá. Em ambos os casos, atendemos prontamente, deixando a direção muito contente e satisfeita. É bom ajudar a quem precisa, e também, dessa forma, mantemos as portas abertas para nós.

Mas também tínhamos alguns detalhes a serem cumpridos: Por exigência da Secretaria Municipal de Cultura, tínhamos que rodar um folheto em gráfica segundo a norma vigente, para a divulgação do evento. Então, vai folheto pra um lado, vem folheto para aprovação ou não… Fizemos umas 5 versões até acertar. Mérito do Giovanni, que cuida das artes gráficas do Retrocomputaria. E quem rodou o folheto em gráfica foi o Rogério Belarmino, doando para a organização todo o pacote, de 1000 folhetos. Tenho folhetos até hoje…

Outro problema que teríamos lá, era que eles não teriam mesas suficientes para um encontro dessa envergadura. Como é uma escola de artes, não há muitas mesas, há mais bancadas, coisas do tipo. Então, pedimos a todos que forem para o evento, que se cadastrassem, preenchendo um formulário, e dissesse suas necessidades. As mesas e cadeiras teriam que ser alugadas. Descobri um prestador de serviços que aluga mesas a um valor muito justo, que entrega e recolhe na hora… Então peço que se você chegou até aqui na leitura, clique nesse link e preencha o formulário agora. Precisamos saber quantas mesas iremos alugar.

Ah, uma curiosidade: Este prestador de serviços (o Bruno) foi interno do Lar do Méier, quando o espaço era um orfanato e eu o conheci por conta de um evento ocorrido lá, o Dia do Quilo (todo segundo sábado de junho, a entrada é um quilo de alimento não perecível e todos vocês são convidados).

Ainda fomos lá algumas vezes antes do encontro, para acertar os ponteiros. Mas tudo deu certo, e somos muito gratos à toda a equipe do Calouste: A diretora Elisa de Castro e sua secretária, dona Lúcia, passando pelos funcionários, as secretárias e os guardas municipais, que fazem a segurança. Todos muito prestativos e atenciosos, o que permitiu que a RetroRio 2017 fosse um sucesso.

Em 2018, esperamos que seja ainda maior e melhor! Então, já preencheu o formulário? Já viu os detalhes?

RetroRio 2018 – 31 de maio, 1 e 2 de junho de 2018 (quinta, sexta e sábado), das 10 hs às 18 hs. Local: Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian, na rua Benedito Hipólito, 125 – Praça Onze – Rio de Janeiro/RJ.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

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  1. Parabéns pela transparência! Legal conhecer essas histórias de bastidores. Já preenchi o formulário e garanti umas mesinhas. Abraços! 🙂

  2. Muito legal a iniciativa de ambas as partes para realizar o evento. Eu já não tive tanta sorte para organizar um evento de MSX aqui na região do ABC paulista.

    A secretaria de cultura da cidade de São Caetano do Sul (onde estou residindo) nos exigiu uma certa quantia em dinheiro e que os organizadores do evento providenciassem a manutenção do local: colocar lâmpadas, colocar portas no banheiro, providenciar ventiladores, troca de tomadas, etc. Infelizmente não concordamos com essas imposições pois que tem que realiza-las é própria prefeitura utilizando um fundo de cultura que eles possuem, fora que o local não possui policiamento para evitar que roubem novamente os itens repostos.

    Resultado? Evento cancelado.

    Eu acho louvável a ajuda mutua, mas nessas condições de uma mão lava a outra e as duas são enfiadas novamente na merda, não dá.

    1. No seu caso, se eles não tivessem ido com sede ao pote, poderiam fechar uma parceria q iria durar muito. Aos poucos eles resolveriam os problemas do local, e teriam uso para o espaço. É triste quando há intransigência assim.

      Mas não desista, certamente existem outros lugares. Já usamos várias vezes as dependências do SESC. Por que não tentar em um em São Caetano do Sul? Esta é uma sugestão, pode ser útil.