Então… Como foi a RetroRio?


Então, tivemos mais uma RetroRio. Com algumas novidades, muita fudebagem, local novo… E falta de tempo para escrever anteriormente como foi o evento. Mas antes tarde do que mais tarde, lá vem a nossa resenha.

O pré-evento

Tudo começou quando foi decidido que teríamos menos encontros em 2017 (a crise apertou o calo de todo mundo), e teríamos então 3 dias: 2 MSXRio e 1 RetroRio. Mas queríamos voltar a ter um encontro de 2 dias, então numa conversa com nossos chapas da Tecnobytes, eles decidiram apoiar (financeiramente) o evento. Então, parte do gasto seria pago por eles, e com isso conseguiríamos ter um encontro de 2 dias.

Pegamos o feriado de Corpus Christi por estar vago (para evitar colisões de data com outros encontros retrocomputacionais no Brasil) e decidimos fazer nessa data a RetroRio. Só que tivemos outro problema: O Lar do Méier (onde sempre fazemos encontros, como a MSXRio) não poderia realizar um encontro nessa data. Bem, voltamos à estaca zero. Vamos procurar outro local.

Protótipo do expansor de slots da Tecnobytes.

Resolvemos fazer então o que nunca tínhamos feito: Bater na porta da Secretaria Municipal de Cultura. Sim, fomos na Prefeitura. E conversamos com um dos responsáveis. Explicamos o evento, pegamos o telefone (e WhatsApp), enviamos o projeto por e-mail… E nenhum retorno em três semanas. Passou o tempo, resolvemos falar de novo, vai que ele esqueceu da gente?

Bem, tivemos resposta, ele conversou com algumas pessoas, e recebemos o contato da diretora do Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian, que fica na Praça Onze, região do centro do Rio.

E o Turbo-R do João volta à vida… Era um curto no cabo de força. Está bem maltratado, mas pelo preço que ele pagou… Está ótimo.

Fizemos algumas visitas, vimos qual seria a sala (a maior de todas), soubemos da necessidade de mesas e cadeiras para alugar, questões com extensões e tomadas…  Houve a necessidade de fazermos um flyer (um folheto metido a besta) com o logo da Prefeitura, a ser aprovado pela Secretaria Municipal de Cultura, e nessa foram vários e-mails trocados. A Tecnobytes mandou rodar 1000 exemplares do flyer, que distribuimos em vários lugares, como lojas de videogames retro (RPJ Games, por exemplo), centros culturais, alunos (meus, no caso) e colegas professores, entre outros.

Sugeriram também colocarmos um banner na fachada (que é o que vocês viram ali em cima, se quiserem o contato da gráfica, eu passo depois – o preço foi muito bom). E como forma de firmar a parceria, eles pediram uma doação de material para manutenção de um dos espaços, o que gentilmente fizemos.

Em suma, deu um certo trabalho e um certo gasto, mas que não teremos novamente. Aprendemos como as coisas funcionam, o banner será reaproveitado, e as mesas alugadas foram pagas pelo pessoal que participou. Tudo encaminhado.

O evento

Visão do evento no início dos trabalhos, na manhã de sexta.

Estreamos nesse evento nosso perfil no Instagram, então quem nos seguiu ao longo desses dias (e em pouco tempo tivemos 35 seguidores, uau!) pôde acompanhar as fotos e alguns vídeos feitos ao longo do dia. Em particular para mim, que nunca tinha usado o Instagram, foi uma experiência nova.

O encontro foi bem diverso: Tivemos X68000, Commodore VIC-20 (japonês), TK-85, notebook PC-98, FM-Towns, Amiga (mais de um), Matra Alice, alguns Macs, Apple II (o TK-3000IIe e um Laser 128), e é claro, MSX. Teve muito bate-papo (como é padrão de todo encontro). Teve gente descobrindo máquinas que não conhecia; as crianças chegando e mexendo, se divertindo e pedindo aos pais pra comprar um para levar pra casa (coitados deles); teve MSX conectando em BBS via Wifi (cortesia da Wifi232 do Cesar Cardoso), teve programação (Giovanni me ajudando a acessar a minha MSXWifi, novidades no futuro), venda de material…E a mais recente estrela do Kickstarter, o ZX Spectrum Next apareceu no encontro, pelo ar da graça de um dos seus criadores, Victor Trucco. Inclusive conversamos com o Trucco a respeito do Spectrum Next, aguarde novidades para o futuro.

Um ZX-Spectrum Next. Sim, ele mesmo.

Tivemos menos gente do que o esperado (como sempre), mas como passamos lista de presença (pedido do próprio Calouste), pudemos contabilizar mais de 65 pessoas ao longo dos dois dias. Bom, muito bom. Claro que queríamos mais gente, como meus alunos que disseram que iriam. Acho que vou tirar ponto de todo mundo…

As fotos estão no álbum oficial, que está aqui, e no álbum “oficioso”, aqui. Um dia vamos ver como juntar ambos os conteúdos, mas de qualquer forma, temos bastante material, inclusive vídeos! Como tem mais de um, ao invés de colocarmos aqui todos eles, vamos por a playlist do YouTube aí embaixo. Vale a pena.

Os micros também participaram, mandando o recado do Retrocomputaria. Logo, um Z88, um MSX on a chip, um FM Towns, um Amiga 600 e um Matra Alice se manifestaram. Se você já viu os vídeos aí de cima, notaram que o Amiga inclusive falou o nosso recado.

O pós-evento

No primeiro dia, fomos consumir a mitica batata frita de Marechal Hermes. As fotos e o vídeo falam por si só, um local onde suas definições de culinária ogra foram atualizadas. O vídeo está aí em cima. No segundo dia, fomos pro Shopping Nova América, para comer algo, papear e encerrar o evento.

Olha a turma aí, comendo no Subway.

Nosso muito obrigado a todos que foram à RetroRio, que se divertiram e participaram; a todos que expuseram suas preciosidades, que tiraram dúvidas, que ajudaram no aluguel das mesas e falaram bobagem conosco; à diretora do Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian, Elisa de Castro Lima, e sua secretária, Lucia Maria Ataliba, por todo o apoio a nós dado (esperamos que essa seja uma parceria de muito tempo). Ao Rafael Babo, que fez a ponte entre nós e o Calouste, a partir da Secretaria Municipal de Cultura; e a você, que acompanhou o encontro pelo Instagram, viu, acessou, comentou… Esperamos que você também esteja presente na RetroRio 2018.

E que em 2018, possamos fazer um encontro ainda maior, ainda melhor e mais divertido.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

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  1. Foi excelente o encontro! Só pude participar do primeiro dia e foi ótimo bater papo com o pessoal e me divertir com as máquinas. Desejo que se repita por muitos e muitos anos!