Repintando um gabinete de um micro clássico, parte 3: Mais dicas e… Acrobacias.

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Começo o terceiro post da série lembrando-os de não usar tinta em demasia. É uma tentação usar muita tinta, achando que não vai dar certo, e a peça não foi pintada bem o bastante. Lembra o que eu falei de paciência, de não exagerar? Então, sossega. Eu sei que essa ansiedade a gente tem, e por causa dela acabei usando redutor novamente, e novamente, e novamente… Lembre-se que você não resolverá tudo com uma demão de tinta apenas. Pelo contrário, você terá que dar várias demãos curtas. Então acalma-te, pinte, aguarde a tinta secar (na lata tem a indicação de tempo – respeite-o) e pinte de novo. Várias vezes, mas pouco de cada vez, em camadas finas.

Ah, mais uma dica: O redutor é seu amigo… Mas pode também ser um inimigo. Use-o para remover a tinta original, para remover a tinta que você aplicou e não ficou bom, e para limpar onde você sujou. Mas cuidado: O cheiro é forte, e na pele faz estragos. Acabei usando luvas para manipular o frasco, mesmo porque é forte demais e eu tenho um histórico de alergia que não ajuda. Também tome cuidado se você for remover a tinta de uma parte da peça, próximo a uma outra parte já pintada. Redutor escorre, e sai manchando tudo no caminho. Afinal, é o papel dele.

E aí, vamos para a fita crepe. A fita crepe (ou fita de pintor) é útil para separar partes a serem pintadas. Se você viu as fotos do final do post passado, lembra que a peça já estava toda pintada de grafite. Aí eu resolvi fazer as acrobacias de pintura… Lembra que eu falei sobre faixas coloridas? Sim, a ideia de 2 faixas foi lembrando um carro esportivo, assim como lembrei do Felix, o Expert pintado do Ritcho Sam, nosso mano parça.

Para obter as faixas, era necessário isolar parte da tampa já pintada, de forma a usar o spray de outra cor. Para fazer isto, jornal (novamente) e a fita crepe. Mas uma coisa importante é usar fita de boa qualidade porque senão, ela te ferra. Fuja da fita velha. Quando descolei a fita (velha), veio parte da tinta junto. Tudo bem, a tinta também não colaborou, estava úmida ainda. Saco. Agora, se você for prender jornal na parede ou no chão, pode usar fita velha mesmo.

Resolvi então pintar 2 faixas verticais de cor prata no gabinete. Logo, colei um pedaço de fita crepe na dobra do gabinete, no lado esquerdo, com papel para evitar que borrifasse tinta na lateral já pintada. Tomei a distância da largura da fita, e coloquei outra, sem papel. Mais outra largura da fita, e um terceiro pedaço de fita crepe com papel. Ou seja, fiz 2 faixas. Passei com o spray prata naquele ponto. Várias demãos curtas, respeitando o tempo de secagem da tinta. Deixei estar bem seco e removi as fitas. O resultado está aí embaixo.

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Ficou bom, não? Pois é, pena que numa das peripécias, tive que tirar toda a tinta, e lá se foi tudo por água abaixo…

E a grade lateral? Bem, é fácil você pintar e ficar com vários “fiapos” de tinta na grade, para depois você remover com uma faca. Descobri uma maneira simples de minimizar ao máximo esses “fiapos”: Coloque fita crepe por dentro da grade. No caso da tampa do Expert, apliquei fita crepe pelo lado de dentro, nas grades. Pintei normalmente, e depois removi a fita. Ficaram pouquíssimos desses “fiapos”. Ficou muito melhor.

Vamos a mais umas dicas rápidas:

  • Clima quente ajuda, seca mais rápido. Mas isso não te impede de pintar no frio. Tinta spray tem suas vantagens, mas para secar, coloque num local coberto (óbvio) e deixe-o lá, sem ninguém enchendo a paciência (como a faxineira, por exemplo). Uma plaquinha de Tinta Fresca ajuda a deixar os abusados longe.
  • E usar um secador de cabelo? Bem, ajuda, mas será necessário mesmo? A tinta em spray seca rápido. Se você for paciente, pode deixar o secador no armário.
  • Relaxe também. Se você olhar, sempre achará uma imperfeição, algo que podia ser melhor… É um processo de aprendizado. Com o tempo (e a prática), você pintará melhor. No meu caso, acabei colocando mais tinta spray em algumas partes da tampa do que outras. Logo houve diferença ao incidir a luz. Mas eu decidi não me esquentar a respeito. Na próxima, melhoro.

Então, no último post da série, o link para o álbum completo, e as tentativas de escrever no gabinete. Aí eu fiquei com pena. Até lá!

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

0 pensou em “Repintando um gabinete de um micro clássico, parte 3: Mais dicas e… Acrobacias.

    1. Essa é a ideia. Eu tentei colocar faixas pretas para simular um movimento, mas acabou fazendo preto – cinza – preto – cinza – grafite. Aí deixei pra lá mesmo.