Repintando um gabinete de um micro clássico, parte 1: Motivação e preparativos.

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Pois então, eu resolvi repintar uma tampa de um Expert, e fazer um grafismo na mesma. Sim, eu, que tirava as piores notas da escola em Artes Visuais. Sim, eu, que me enrolo para fazer uma linha reta sem uma régua. Eu mesmo, o “mão de maionese“. Bem, vamos lá… Como ficou muita coisa, eu decidi fazer uma série de alguns posts falando de tudo. Vamos ver onde nisso acaba.

Antes de tudo, eu não tirei fotos com o objetivo claro de documentar tudo. Como disse, sou um zero à esquerda em atividades manuais, então pintei, removi a tinta, pintei de novo, lixei… E nisso, teve briga com minha esposa (“Vai passar redutor no tanque de lavar roupa também, está tudo manchado de tinta!“), mas aprendi um bocado, e gostei do processo. O resultado final não foi exatamente o que eu queria: Digamos que eu tirei uma nota 8,5, e se eu tivesse atingido meu objetivo teria sido 10. Então, na próxima acrobacia pinteira que eu fizer, tirarei mais fotos para documentar melhor.

Ah, as fotos estão fora de ordem mesmo, porque como vocês entenderão, o processo todo foi bem atrapalhado.

Tudo começou quando peguei uma placa de Expert 3, uma nova placa analógica, uma mini-fonte ATX e uma carcaça de Expert, o famoso MSX da Gradiente. A carcaça estava mal-tratada, inclusive com alguns pontos de ferrugem. Mas mandei para o senhor de todos os sortilégios, seu Oazem, e logo ele voltou tinindo.

Vou dizer para vocês que fiquei encantado com a máquina. Coloquei um pente SIMM de 4 Mb nele, e como vocês podem ver na foto lá de cima, reconheceu os 4 Mb de RAM. A imagem, no S-Vídeo, ficou LINDA LINDA LINDA SHOW SHOW SHOW. Ainda nem liguei ela no RGB, no S-Vídeo ficou ótimo. Então, que fique no S-Vídeo. O micro está rápido, bacana, com uma fonte de alimentação que não chia para alimentá-lo… Bem, as fotos dele por dentro você pode conferir no meu álbum de fotos, no (ainda existente) PicasaWeb. Tem mais duas fotos aí embaixo, para vocês se divertirem. No álbum tem mais:

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Mas a tampa… Ah, a tampa….

bostaSim, estava horrível. Mas eu não tinha muita opção, e a ideia de repintar a tampa brotou na minha mente. Como o micro já tinha sido todo montado pelo Oazem, não iria desmontar todo o dito cujo para repintá-lo de uma cor mais… Exótica, como esse Expert abaixo:

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E por mais que tenha sido bem-feita… Iau.

Além disso, a tampa era de metal, o que é bem mais resistente do que uma peça plástica. Depois descobri que existe tinta em spray mais adequada para pintar em plástico. Então montei meu atelier no fundo de casa, onde há um cavalete de madeira bem ruinzinho, feito pelo meu sogro, com umas plantinhas ali (cactus).

Pelo que entendi, a melhor opção é pintar com tinta spray. Uma lata de tinta spray dessa marca que eu usei custa de R$ 20 a R$ 35. Os mais caros são tinta decorativa, então se você quer pintar com tinta cromada ou dourada (deve doer nos olhos), vais pagar um pouquinho a mais na lata.

Outra coisa que é importante, é o redutor de tinta. No caso, comprei redutor para remover a tinta original da tampa (sai fácil), mas a melhor opção que achei foi esse redutor aqui. Já aviso que não é barato, vais te custar uns R$ 30 a R$ 40. Mas é o melhor que encontrei.

Também usei lixa de metal (220 ou número maior), e para acabamento final um spray de verniz acrílico, de outra marca que não foi essa.

Tudo isso junto, vamos para o processo de pintura… Que eu falo no próximo post.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.