Realidades alternativas. Universos paralelos. Podia ser a Marvel ou a DC, mas é o Retrocomputaria transformando em podcast aquelas perguntas “e se…” que sempre rolam enquanto não estamos gravando.
Para começar, especulamos sobre a Commodore enquanto instalávamos uma Mapper para acessar além do episódio 64.
Nesta parte do episódio
Apresentamos e conversamos sobre o Cenário Zero e o Cenário Um.
Ficha técnica:
- Número do episódio: 64
- Participantes: Ricardo, João, Cesar, Giovanni e Juan
- Duração aproximada: 40 minutos
- Músicas de fundo: E se… nós deixássemos você, amigo ouvinte, descobrir?
- Download em ZIP
Não se esqueça de deixar seu comentário aí embaixo; afinal, seu comentário é o nosso salário. No entanto, caso você prefira, entre diretamente em contato conosco.
Podcast: Play in new window | Download
Assine: RSS
Bem legal este post. Prevejo que vocês terão muitos comentários pela frente.
Enfim, eis minha contribuição.
Primeiro, creio que vale a pena vocês documentarem o resultado das deliberações de cada cenário. Tipo, o que ficou então definido como Cenário #0, como ficou então o Cenário #1 etc.
Sobre o Megazord do Cenário #1, de fato seria muito pouco provável a Nintendo não ter entrado nos EUA.
Ocorre que, neste nosso continuum em que vivemos, a Nintendo ofereceu uma parceria com a Atari para o NES ser lançado nos EUA.
Sim, a Nintendo ofereceu o NES para a Atari, mas a Atari declinou devido ao crash dos videogames. A Atari não queria saber de videogame, tampouco os distribuidores dos EUA.
Porém, o Cenário #1 parte da premissa de que não houve crash. Sendo assim, a Atari poderia aceitar a oferta da Nintendo e sendo assim o NES seria lançado pela Atari / Nintendo.
Notem também que ao decidir se movimentar nos EUA, a Nintendo tinha muito, mas muito, mas muito dinheiro com o sucesso do Famicom no Japão.
Portanto este Megazord “Atari N” seria algo do tipo: eu fabrico, vocês distribuem que é o que a Nintendo buscava: canais de distribuição nos EUA
Enfatizo que existem várias facetas do crash de videogames. Não é apenas ET viu João?
Sendo assim, outro ponto que vocês não comentaram foi quanto à qualidade dos jogos produzidos em nossa realidade. Não apenas ET, como todo mundo gosta de apontar o dedo (ahahaha, poster do ET), mas vários outros jogos de qualidade inferior inundaram o mercado.
Um dos diferenciais da Nintendo, mesmo com o Famicom no Japão, foi de criar o sistema de licenciamento de jogos pela Nintendo. Ou seja:
A- jogo para Famicom / NES, só com permissão da Nintendo
B- desenvolvedores de jogos deveriam ter exclusividade com a Nintendo,
C- todos os jogos teriam de passar por avaliação da Nintendo para ganhar o selo de aprovação
Portanto, no Cenário #1 não houve crash por que a Atari conseguiu manter a qualidade dos jogos. Provavelmente isto aconteceria justamente com o advento do Megazord Atari N, pois a Nintendo também forneceria seu processo de exclusividade e licenciamento como parte da parceria.
Assim, provavelmente o Megazord Atari N ocorreria antes do que seria em nossa realidade o lançamento oficial do NES.
Neste Cenário #1 vejo a Sega ainda como concorrente da Atari N, um concorrente de peso como sempre foi.
Mas não em 8 bits, pois 8 bits estava dominado pela Atari N, assim como a Nintendo dominou no nosso continuum.
A Sega concorreria com o Megadrive / Genesis.
Porém, uma coisa que eu acredito que aconteceria é que o Megazord Atari N iria ruir justamente no ponto de inflexão que é a migração para a próxima geração, 16 bits.
Porque? Porque a parceria Atari N seria frágil do ponto de vista de tomada de decisão, pois são duas gigantes tentando pensar juntas. Um gigante de duas cabeças teimosas, por assim dizer.
Assim, se em nosso continuum foi justamente o tremendo sucesso do Genesis (MD dos EUA) com jogos de esporte (EA), Sonic e Mortal Kombat que finalmente permitiu à Sega ganhar mercado dos EUA, no Cenário #1 discordâncias na Atari N poderiam levar à dissolução desta ou atrasos no lançamento de uma plataforma 16 bits para concorrer com o Genesis à tempo nos EUA.
Este distúrbio na hegemonia da Atari N nos EUA poderia antecipar a ruptura de desenvolvedores de jogos, como a Konami e a Capcom, permitindo que estas lançassem jogos para Megadrive / Genesis antes do que ocorreu em nossa realidade.
Com este apoio antecipado das grandes produtoras, a Sega teria liderança em videogames 16 bits.
A Nintendo entraria tardiamente com o SNES (como em nossa realidade) porém sem apoio maciço e exclusividades que teve aqui (esta exclusividade foi um grande diferencial da N nos 8 e 16 bits em nossa realidade)
No Cenário #1 a Sega poderia passar direto do Megadrive para uma próxima plataforma 32 bits, sem aquele monte de parafernálias que lançou no desespero de bater o SNES nesta realidade.
A Atari, talvez não mais Atari N, brigaria então com sua versão consolizada do Sierra 32.
Sem a Atari, e sem o poder que foi o SNES, a Nintendo consolidaria a parceria com a Sony, lançando o Nintendo PlayStation, um videogame 32 bits com suporte à revolucionária mídia de CD-ROM e gráficos 3D.
Em nosso continuum esta parceria quase existiu, porém a Nintendo rompeu com a Sony. O que permitiu a Nintendo tomar esta decisão de ruptura foi justamente a grande zona de conforto proporcionada pela hegemonia em 8 e 16 bits.
Porém, neste Cenário #1 o SNES não teria o mesmo sucesso de hoje, e assim sendo, a Nintendo se uniria com a Sony num console 32 bits contra a Atari e a Sega.
:-)~~~~~~
Ah sim, sobre o Pacman para Atari 2600, não apenas temos o Ms Pacman que ficou muito bem feito na plataforma, como também temos o homebrew Pacman 4K, também para 2600: https://www.youtube.com/watch?v=dAYuBcuvIww