Sobre o episódio
Micros clássicos não são apenas jogos, mas também trabalho duro. Por isso fizemos a série O office antes do Office.
E começamos com os processadores de texto.
Nesta parte do episódio
Falamos de AppleWorks, Claris Works, KindWorks, Carta Certa e Lazy Writer. Emendamos com os sistemas dedicados ao processamento de texto: IBM MT/ST, Wapuros, IBM Displaywriter, Amstrad PCW (ah, desse já falamos), Bull TX, Philips/Magnavox Videowriter, Smith-Corona PWP, Alphasmart, Brother WP, C/WP, os representantes modernos (KingJim Pomera e Hemingwrite/Freewrite) e especialmente do Canon Cat.
Para terminar, ódio a impressoras, kanjis, teclados, cedilhas e Mario.
Ficha técnica:
- Número do episódio: 56
- Participantes: Ricardo, João, Cesar, Giovanni e Juan
- Duração aproximada: 78 minutos
- Músicas de fundo: Tem The IT Crowd e The Office (DESCUBRA)
- Download em ZIP
URLs do podcast:
- Sobre a gênese do AppleWorks
- Priming the Pump, o livro dos autores do Lazy Writer
- CanonCat, CanonCat e mais CanonCat
- O manual do WP-2200 no site da Brother USA
- C/WP
- Matthew Inman e o único link possível sobre impressoras
- A nova máquina de escrever de Ernest Hemingway
- WordStar: o processador de texto dos escritores
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Eu e meu pai usávamos muito um editor nacional (bem pouco conhecido) chamado Unitexto. Ele era produzido pela Unibyte Tecnologia mas não existe muitos vestígios dele na Internet.
Só uma reportagem em uma MS: http://files.datassette.org/revistas/micro_sistemas_106.pdf
Existiram também os computadores específicos para processamento de texto, com tela na vertical, como o Edit Video (Enciclopédia Pratica de Informática, vol 4, pag 846 – 71/285) , ou os Bull TTX (http://www.old-computers.com/museum/computer.asp?st=1&c=993) ou o DMS-5000 (http://www.old-computers.com/museum/computer.asp?st=1&c=609) .
Ops, foi mal, escrevi o comentário antes de ouvir o episódio inteiro….
Mais um excelente episódio, obrigado!
Seguem meus breves comentários (sqn):
#1- Stephen King e os processadores de palavras (WordProcessors)
O conhecido escritor de terror e suspense cita wordprocessors (traduzidos como “processadores de palavras” aqui no Brasil) em vários livros e contos.
King com frequencia cria personagens escritores que no decorrer da história tornam-se perturbados.
De imediato lembro:
Livro “Quatro Para Meia-Noite”: conto “Janela Secreta, Secreto Jardim”
Processador de textos Wang
Livro “Tripulação de Esqueletos”: conto “O Processador de Textos dos Deuses”
Processador de textos Wang
Livro “Louca Obsessão” (Misery)
Processador de textos (genérico, não mencionado)
File “Conta Comigo” (Stand By Me)
No final, um processador de textos “desconhecido”
#2- Burradas da Microsoft
Giovanni citou as besteiras cometidas pela M$ no Word 5. Pois bem, aproveitando o tema, não deixo de mencionar uma bobagem absurda perpetrada pelos beronhas da Microsoft: traduzir atalhos.
A tradução de atalhos é deveras imbecil. Atalho deveria ser algo único e universal para todas as localizações de um software.
Ou seja, considerem o Microsoft Word (quase escrevi Worst). Seus atalhos são, por exemplo, CTRL+B = Bold, CTRL+S = Save, CTRL+N = New Document, CTRL+O Open Document, CTRL+A Select All e assim por diante.
Com a brilhante decisão de traduzir ATALHOS, temos na versão localizada PT-BR: CTRL+B = Salvar (WTF?), CTRL+S = Sublinhado, CTRL+N = Negrito, CTRL+O Novo Documento, CTRL+A Abrir Documento.
(César cachorrinho da necessidade aqui)
Imagine se o WordStar fosse assim gente? Qual a necessidade disto?
Descobri este podcast através do Happyhour tech… e adorei. Minha infância foi programando um TK-85 meses depois que fiz um “curso de programação” em 1984, onde pude usar um CP-300 no último dia. Aprendi Basic lendo facículos de “Microcomputador-curso básico” que tenho até hoje, usei CP-500 que meu pai tinha, dois normais e um compacto com placa Cp/m. Posteriormente no colégio técnico usando Sistemas-600 e 700 da prológica onde aprendi COBOL, e em 1990 conheci o pc na forma de um Solution-16 que a escola comprou. Na faculdade tinha Apple (nao lembro o modelo) para aprender pascal… Usei muito o WordStar (assim como dBase II) e este podcast me deu uma baita nostalgia… ganharam mais um discípulo… Sinto saudades do enorme CP-500 e da impressora P-500 com seu Dip-switchs para escolher parametros de impressão
Gostei muito desses dois episódios sobre os processadores de texto, conheci alguns que nem fazia ideia que existiam.
O grande problema que enfrentei nesses últimos anos foi as impressoras, por causa de drivers que as vezes tinha problemas para interpretar os comandos de impressão dos editores, isso nos tempos das matriciais. Após a chegada das impressoras de jatos de tinta, muito melhorou mas a compatibilidade com os sistemas operacionais mais recentes ainda sofreu bastante até entrada da The Linux Fundation na jogada (http://www.linuxfoundation.org/collaborate/workgroups/openprinting). Com a criação da OpenPrinting, muitas pessoas começaram a colaborar com “drivers” para todas as impressoras (http://www.openprinting.org/printers), isso ajudou a agregar todas as marcas destes equipamentos no mundo Unix. Esses “drivers”, são scripts que ditam as configurações via texto para o CUPS (http://cups.org) e com isso, permitiu correções e implementações bem rápidas de equipamentos novos a cada lançamento. Algumas dessas implementações também auxiliaram a melhorias dos driver de impressão para Windows.
Uma empresa que mais ajudou a melhorar sua integração de impressoras entre todos os sistemas operacionais foi a HP, sendo responsável por grande parte de equipamentos vendidos por todo o mundo.
Quanto aos teclados, a maior parte da minha vida computacional, nunca tive grandes problemas, pois só trabalhei com layout americano ou o danado do ABNT-2. Teve uma época que tentei utilizar o Dvorak mas dado que não se acha muito desse layout pelo mercado afora, virou algo parecido com o Esperanto (alguns sabem, usam mas fica num grupo bem restrito). Para entender mais sobre esse layout, tem um artigo bem interessante aqui: http://dvoraknativo.blogspot.com.br.
Bom trabalho galera, continuem assim.
Sobre o significado de “wapuro”, foi mencionado no episódio que o “wa” seria o equivalente fonético ao “W”.
Na verdade wapuro é a contração de “WAdo PUROsessa”, forma como os japoneses pronunciam e se referem ao termo “word processor”.
Os japoneses costumam trazer palavras estrangeiras “preferencialmente” com pronúncia do inglês britânico.
Coisa semelhante acontece com o pasocom, que vem de personal computer, noto = notebook, terebi = televisão etc.