Então… telas de toque já tem um tempinho por aí, e um exemplo é o HP 150 Touchscreen Personal Computer, de 1984.
O HP 150 é um clone de XT, rodando MS-DOS 2.11 e tudo, com uma porta IEEE 488, a possibilidade de adicionar HDs de 5 ou 15MB e uma tela de toque de fósforo verde, de 512×394, que utilizava diodos emissores de luz infravermelha para identificar o toque do usuário: a partir do bloqueio da luz infravermelha causada pelo dedo do usuário, era possível calcular a posição tocada.
Interessado? Tem mais na HP Journal de agosto de 1984, que anuncia o micro.
eu esperava algum 8 bit mais classico como o C64
O HP-150 era um dos muitos computadores compatíveis com MS-DOS que não eram clones do PC na época (1983). Por isso rodava programas como Wordstar e dBase mas não Lotus 123 ou Flight Simulator. Ao longo dos dois anos seguintes eles se tornaram tão raros que “compatível com MS-DOS” e “clone do PC” se tornaram sinônimos.
A resolução totalmente escalafobética, por si só, já levantaria suspeitas disso, mas sei lá, vai que ele tinha um modo Hercules-compatível e um BIOS com as chamadas certas… mas pelo visto não.
O HP-150 foi apareceu na capa da revista Byte de outubro de 1983. Isso era bem raro da época (as capas normalmente eram pinturas bem divertidas) e me fez prestar bastante atenção a este lançamento. Um detalhe interessante era o uso de disquetes de 3.5″ que depois se tornaram populares com o Macintosh.
“Para determinar quantos pares [de sensores ópticos] seriam necessários para obter a resolução desejada, presumimos que o espaço entre sensores adjacentes fosse pequeno o suficiente para que o dedo de uma pessoa bloqueasse [pelo menos] dois sensores. Esse requisito efetivamente fez a resolução ser o dobro do número de pares. Se o dedo bloqueou um número par de sensores, o ponto atingido fica entre os dois sensores centrais. Se for ímpar, fica no sensor central. Isso é facilmente calculado pelo [chip] 8041A.”
Eu amo, simplesmente AMO essas sacadas ovodecolombianas. Que ducagáio!