Na segunda metade dos anos 80 e início dos 90, a Apple estava decidida a assassinar a linha Apple II em nome do FUTUUURO, em outras palavras, o Macintosh. Mas a danada da arquitetura se recusava a morrer (ou, para ser mais exato, seus usuários se recusavam a deixá-la morrer). A parte não macintoshiana da empresa (ou seja, aquela que promovia a continuação do Apple II) teve seu canto de cisne numa versão do Apple IIgs que não chegou a ver a luz do dia.
O protótipo conhecido como ROM4, codinome Mark Twain, era mais rápido, vinha com mais memória, tinha um SuperDrive embutido, disco rígido e outras “cositas más”, porém a Apple não queria saber dessas coisas de retrocompatibilidade, Apple II, Woz, 6502, 65C02, 65C816 e o escambau. O Mark Twain não chegou a ser fabricado, e só alguns protótipos existem por aí…
Um deles pertence a Mr. Tony Diaz, com o qual nós temos um chapa em comum: o primeiro e único Blake Patterson. Pois o Tony foi fazer uma visitinha ao Blake pra pegar um monitor de NeXT, e olha só o que ele levou pra mostrar:
Justiça poética se faz presente com o ROM4 usando a caixa de um iBook como apoio.
A fonte teve seu tamanho reduzido para acondicionar tanto a unidade de disquetes quanto o disco rígido (SCSI), e a placa foi também remodelada para suportar memórias SIMM de 30 pinos (como nos PCs 386 e os primeiros 486).
E se você quiser saber um pouco mais, há um vídeo de 1996 onde Joe Kohn faz uma demonstração da máquina:
http://vimeo.com/18962803
( Flickr )
Este post foi enriquecido com vitaminas, proteínas e sais minerais por Giovanni Nunes.
A verdade destes fatos só vem afirmar o que eu sempre digo … a Apple poderia ter se tornado “o padrão” se tivessem tomado as decisões certas nas horas certas … o Macintosh deveria ter amadurecido o suficiente para tomarem a decisão de parar com a linha Apple II … A história seria outra … e eu odeio a Apple por isso!