E o encontro de usuários de MSX em Leme? Como foi?

O encontro de usuários de MSX em Leme foi uma aposta em um formato um pouco diferente, numa data que não tinha ainda sido tentada: no Carnaval, durante 3 dias numa cidade do interior onde a “festa da carne” passou longe.

O local é ótimo. Ouso dizer que o melhor local que já vi para eventos retrocomputacionais: É grande e arejado, tomadas em quantidade, mesas grandes e confortáveis, cadeiras de sobra, bebedouro com água disponível a todo o tempo, Internet liberada e rápida… Comportaria um evento 2 a 3 vezes maior sem dificuldades. E o custo do aluguel, para o grupo de Leme (representado pelo Edison Pires e seu sobrinho, Jônatas), é muito baixo.

A recepção não podia ser melhor, já que todos os dias fomos presenteados com água, café, refrigerantes (inclusive a tubaína local, a Country Cola), bolo (gostoso!), uns panetones… Ninguém passaria fome, e alguns quebraram a dieta con mucho gusto.

Quanto ao encontro, infelizmente a maioria dos participantes fizeram um bate-e-volta. Logo, no sábado tivemos vários fudebas, e no domingo, mais alguns fudebas presentes. Mas houve representação da cambada fudebística MSXzeira de Campinas, Jaú, Bauru, São Paulo, Mogi das Cruzes… E é claro, os meliantes do Rio. De curiosidades que apareceram, vamos listar algumas:

  • O povo da Tecnobytes levou cartuchos OPL4 para vender, e fez promoção: 10% de desconto em Leme. O som é realmente fenomenal.
  • Tivemos um cartucho PLAYSONIQ rodando jogos de Master e fazendo outras coisas curiosas, como tocar sons do chip SID. Muito interessante!
  • O Luis Luca mostrou a placa 3 em 1 dele, ainda em desenvolvimento, mas está quase lá. A placa tem Ethernet, Serial e cartão SD. Todas as 3 tecnologias já comunicam com o MSX mas ele ainda não fez o software para ler os dados e jogar na RAM para startar o jogo, por exemplo. Mas já é possível via serial ou ethernet, mandar ou receber dados do MSX pro PC e vice-versa. Fantástico!
  • O Fábio Belavenuto levou o TK95 dele e demonstrou os clones da ULA feito por ele e pelo Victor Trucco, que falamos no Retrocomputaria.
  • O Ravazzi levou um MSX árabe! Um Al-Alamiah, um AX-350-II, MSX 2. Entre tentativas de ler o Alcorão, que estava num cartucho que só funcionava nele (sim, tentamos em outros MSXs), ainda pudemos jogar River Raid.
  • O Sturaro mostrou o retrofit que ele fez, com um mouse TPX. Agora, ele é ótico!
  • Fudebas que vemos pouco, mas lá estavam, como os amigos de Jaú (Wilson e Toni), Bauru (Werner Kai), e Campinas (Alfredo Henriquez). Outros que estão se aproximando da turma agora, como o Paulo Bola, o Emiliano Fraga (nosso ouvinte, segundo ele somos os responsáveis por fazer ele voltar a curtir MSX!), entre outros.

Uma coisa que acabou sendo chato é o povo fazer bate e volta. Logo, quem ficou por lá, acabou ficando sem ter muito o que fazer de noite, quando o pessoal ia embora. No final das contas, os últimos MSXzeiros encerraram o encontro na segunda da hora do almoço, e almoçaram juntos, celebrando a amizade e a fudebagem MSXzeira.

Encontros sempre são bons. Uns melhores, outros não tão bons. Mas sempre são bons. Recomendo que você sempre vá a um encontro de retrocomputação, caso possa. Afinal das contas, “é uma desintoxicação“, como já disse o Cardoso a respeito da MSXRio.

Abaixo seguem os links para as fotos. Divirtam-se… ou não.

Espero ver todos vocês, nossos ouvintes, em Leme 2014. Parece que eles gostaram da ideia de fazer no Carnaval, e vão repetir a dose. Se assim ocorrer, estaremos lá!

 

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.